A Evolução do Conceito de Planejamento Territorial
Por: Gabriel Carvalho • 26/3/2020 • Resenha • 742 Palavras (3 Páginas) • 257 Visualizações
Resenha
Questões de Organização do Espaço Regional
Lauro Bastos Birkholz: Evolução do Conceito de Planejamento Territorial
Gabriel Carvalho de Almeida RA: 5143126
Devido as mudanças da relação do homem com seu abrigo, seus meios de vida e o seu tempo, o planejamento territorial passou várias alterações no decorrer da história. Sobre tal mudanças, o urbanita austríaco Camilo Sitte, vai contestar o planejamento territorial idealizado do final do século XIX, pois argumenta que o sistema instalado, possuía um viés rígido no desenho urbano visando muito a técnica e pouco o caráter artístico do traçado urbano, ao contrário do que se tinha na Idade Média e no Renascimento, isto é, arte e simbolismo por todo o traçado urbano.
Esse novo pensar é justificável, pois o crescimento desordenado das cidades da Revolução Industrial, geraram grandes problemas sanitários, adotando o saneamento dessas cidades como foco principal do planejamento territorial. Saturnino de Brito, engenheiro sanitarista brasileiro, afirma que as questões estéticas não devem se sobrepor as exigências técnicas dos projetos das redes sanitárias, mas podendo ter colaborações artísticas, desde que essas ações não dificultassem a execução dos projetos sanitaristas. Surge, então, um novo pensar do planejamento territorial, com base em três funções: ordenar, embelezar e sanear as cidades.
Já no início do século XX, os arquitetos modernos repensam uma nova forma de urbanismo. Usando como base, quatro princípios da Carta de Atenas: a cidade como parte de um sistema, considerando sua área de influência; o interesse coletivo prevalece sobre o interesse privado; estudos profissionais sobre os aspectos sociais, culturais, econômicos e naturais antes de uma aplicação de um plano de fato; as quatro funções do Urbanismo. Sendo assim, o planejamento territorial moderno se apresenta mais amplo do que apenas ordenar, embelezar e sanear as cidades.
Mais à frente no tempo, em La Tourrette-Rhone, o Grupo Economia e Humanismo abriu novos conceitos para o Planejamento Territorial: organização do espaço; implantação de equipamentos; aproveitamento do território; desenvolvimento humano. Para o grupo, o planejamento era uma ação gradual que iria se desenvolvendo com o tempo por meio de quatro agentes: eclosão do planejamento; análise das necessidades para a realização de um plano; execução; averiguação dos programas. Portanto, o Planejamento deveria coordenar e organizar suas ações para colocá-las em prática, também aproveitar os recursos da região, e, ainda, considerar o fator humano. A grande contribuição dessa Carta deve-se, então, ao entendimento do território, ou seja, de uma área mais ampla, que considera regiões, áreas rurais, redes urbanas e cidades.
A Carta dos Andes, por sua vez, é um documento sobre Planejamento Territorial contemporâneo, sendo de grande importância, não só pelos seus conceitos, como também, pela sua visão voltada para países em desenvolvimento, chegando a algumas conclusões: o planejamento é um processo que visa, por meio de um método, a utilização racional e inteligente dos recursos de uma sociedade. A carta aborda também os problemas referentes
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