A GESTÃO DE ESTOQUES
Por: Candido de Abreu • 26/9/2018 • Artigo • 3.382 Palavras (14 Páginas) • 242 Visualizações
GESTÃO DE ESTOQUE
(autor) Candido de Jesus Rodrigues de Abreu
(orientadora) Raquel Elisa Lermen
RESUMO:
A gestão de estoque é atualmente uma ferramenta indispensável e fundamental para manter o equilíbrio econômico de uma empresa, diretamente ligada a quase todos os processos e setores dentro desta, tanto operacionais quanto financeiros, pois representa uma parcela respeitável do investimento previsto no orçamento de qualquer organização e o controle efetivo dos estoques permite estabelecer que quanto melhor for o nível, menores serão seus custos de produção. Definir perfeitamente quanto deve manter em estoque e quando ressuprir cada produto, são desafios constantes daquelas instituições que instigam os gestores a evitar rupturas e excedentes de recursos. Neste sentido, a gestão eficiente de estoques surge como principal fator para alcançar estes objetivos, ao contribuir para a redução das despesas e dos prazos de entrega dos produtos, além de maior eficiência produtiva e melhor atendimento aos clientes. A metodologia de pesquisa aplicada neste trabalho compreende um estudo da literatura relativa à gestão de estoque e alguns dos sistemas de controle mais comuns, que permitiram elaborar o referencial teórico que evidencia a importância do tema no âmbito empresarial.
PALAVRAS – CHAVE: Gestão de estoque. evitar rupturas. redução das despesas. eficiência produtiva.
1. INTRODUÇÃO:
O fracasso ou o sucesso de uma organização no atual cenário mundial, pode também ser justificado entre outras razões, pelo modo como esta gerencia seu estoque de materiais, recursos humanos e financeiros.
Martins e Alt (2009) esclarecem que administrar estoques constitui uma série de ações que permitem ao gestor apurar se estão sendo bem usados e alocados corretamente em relação aos setores que os utilizam, bem como se ocorre um bom manuseio e controle dos mesmos.
Uma gestão de estoques eficiente permite as empresas ganhos importantes, ao estabelecer o aumento significativo da rapidez, confiabilidade e capacidade de rastreamento, além da redução das falhas, perdas e custos inerentes ao processo produtivo.
A aparente complexidade dos métodos aplicados nos sistemas de controle de estoque, abrange duas particularidades presentes em qualquer negócio: o custo dos recursos e a sua disponibilidade, ambas com impacto direto no resultado ou na rentabilidade.
Assim, se o modelo adotado aumentar o nível de estoque, a fim de assegurar a disponibilidade de um produto, eventualmente poderá provocar impacto nos custos relativos à sua manutenção, como armazenamento e capital de giro, no entanto, se os estoques forem diminuídos em virtude de uma política de corte de custos, o atendimento ao cliente pode ser ameaçado, afetando a credibilidade da empresa.
De acordo com Dias (2011, p.114):
“(...) descobrir fórmulas para reduzir estoques sem afetar o processo produtivo e sem o crescimento dos custos é um dos maiores desafios dos empresários”.
Neste contexto, cabe salientar que a busca pelo equilíbrio é o grande desafio proposto pelo mercado, que está cada vez mais competitivo, contudo quando o encontramos, invariavelmente o resultado deste planejamento são indicadores expressivos de lucratividade.
2. DESENVOLVIMENTO:
2.1 Definição de Estoque
Estoque é uma expressão usada em quase a totalidade das empresas e representa um investimento em itens com valor econômico, comumente armazenados, que são destinados a incrementar as operações e servir aos clientes. Viana (2011), nomeia o estoque simplesmente como uma reserva para ser utilizada em tempo oportuno, que aguarda a venda ou despacho.
Viana (2011) também diz que o alcance do termo estoque é muito elástico, podendo ser aplicado a estoques de informação e a estoques de pessoas, geralmente chamados de filas, porém na perspectiva mais tradicional, podemos considerar que estoque representa as matérias primas, produtos acabados e não acabados, materiais administrativos e suprimentos variados.
De acordo com Ballou (2012), estoques são acumulações de matérias‑primas, suprimentos, componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas.
Já sob a perspectiva da produção, Slack, Chambers e Johnston (2007), afirmam que estoque também pode ser definido como uma acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação e ressaltam que ele é usado também para descrever qualquer produto armazenado.
Chiavenato (2005), diz que os estoques são compostos de materiais em processamento, acabados e semiacabados, que podem não ser empregados em determinadas ocasiões na empresa, contudo precisam existir em função de necessidades futuras, pois os mesmos participam do processo produtivo em diversos momentos.
Logo, estoques são acúmulos de matérias primas e componentes que aguardam a sua utilização em fases especificas dos processos de transformação.
Os estoques são de grande importância no processo de gestão das empresas e a decisão de manter produtos armazenados também pode ser decisiva para a estratégia de uma organização. Além disso, este pode apresentar diferentes características e formas de controle, dependendo do tipo de empresa.
Machado (2004) salienta que os estoques são ativos que por sua magnitude e características próprias exigem grande complexidade em seu planejamento, administração e controle, cujas falhas podem determinar riscos financeiros as empresas.
A sincronização perfeita entre a oferta e a demanda seria a situação ideal para as organizações, de modo que estas tornariam seus estoques dispensáveis.
Contudo, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como os suprimentos não estão disponíveis a todo momento, ainda deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição (BALLOU,2012).
Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2013), como propriedade fundamental, esses acúmulos de materiais são uma arma que pode ser usada tanto de forma positiva, quanto negativa, pois em níveis adequados, são fatores preponderantes para a continuidade da
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