A IMPORTÂNCIA DA EVIDÊNCIA EM AUDITORIA
Por: gabipmuniz • 11/5/2017 • Artigo • 3.297 Palavras (14 Páginas) • 1.481 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA EVIDÊNCIA EM AUDITORIA
RESUMO
A importância da evidência em auditoria, diz respeito aos pontos relevantes que relacionam a auditoria e a evidência. Este artigo aborda a origem e a evolução da auditoria, além de conceitos, classificação e normas, procurando sempre demonstrar a importância da evidenciação em todos. De maneira mais descritiva, procuramos abordar detalhes da evidência, como a necessidade para o bom desenvolvimento do trabalho do auditor. Chegando a conclusão que a evidenciação é um sustentáculo ao trabalho do auditor, pois torna-se elemento de convicção dos fatos observados.
Palavras-chave: Evidência, Auditoria, Sustentáculo.
INTRODUÇÃO
Evidência em auditoria são fatos ou situações suficientes e pertinentes, que representam a verdade sobre o que se esteja apurando e que sustenta as conclusões do auditor.
A evidenciação na auditoria determina o processo de auditoria como um todo. Dependendo da evidência encontrada define-se o risco da auditoria, a extensão dos trabalhos e a amostragem a ser utilizada. O trabalho do auditor tem que estar baseado em evidências satisfatórias e suficientes para que o seu parecer não seja questionado.
Utilizando-se de metodologia de pesquisa baseada na coleta de material bibliográfico, na busca de normas pertinentes e na pesquisa na internet, o presente artigo tem o intuito de demonstrar a pesquisa sobre a evidência em auditoria na literatura, identificando os conceitos, classificação, normas, e, sobretudo, as influências da auditoria nas organizações, analisando a importância da evidência em auditoria na execução do trabalho do auditor.
1 AUDITORIA
1.1 ORIGEM E CONCEITOS
A origem do termo auditor e da prática da técnica de auditoria são atribuídas aos ingleses e têm essência estritamente contábil por ênfase às evidências que relatam a utilização da técnica inicialmente, no século XIV, para o exame e conferência das contas públicas. Segundo Franco e Marra (2001, p. 39):
A auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra, que, como dominadora dos mares e controladora do comércio mundial, foi a primeira a possuir as grandes companhias de comércio e a primeira também a constituir a taxação de imposto de renda, baseado nos lucros das empresas [...] já se praticava na Inglaterra a auditoria das contas públicas, desde 1314, conforme nos relata a Enciclopédia Britânica [...]
Pode-se definir a auditoria como uma técnica que evoluiu através da especialização da Ciência Contábil, tendo como regra a observância ao cumprimento dos princípios e normas contábeis, que são confirmados mediante o exame de documentos, livros, registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, cujo foco é o controle dos processos e do patrimônio da entidade.
Conforme Ferreira (1986, p. 199), o termo auditor pode ser interpretado por diversos significados, dentre os quais: aquele que ouve, ouvidor e perito-contador encarregado de auditoria. A explicação realizada por Ferreira traduz de forma objetiva a atual posição que os profissionais de auditoria têm ocupado frente ao governo e empresas, que é a de atuar oferecendo também assessoramento à administração.
1.2 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA
Com a Revolução Industrial e conseqüente aumento da demanda de capital na Inglaterra, começaram a surgir problemas contábeis mais complexos e o interesse da economia popular pelos grandes empreendimentos, fortalecendo a necessidade da realização de auditorias com a exigência, por parte dos investidores capitalistas , de emissão de relatórios sobre a integridade de seus investimentos e dos resultados econômicos dos empreendimentos.
O crescimento econômico do Brasil, após a Revolução Industrial, foi um dos fatores que influenciou a evolução da auditoria no país. Firmas estrangeiras se instalaram no país trazendo consigo investimentos, o que possibilitou o crescimento das empresas nacionais e evolução do mercado de capitais.
O procedimento de auditoria se oficializou no país, quando em 1972, o Banco Central do Brasil em conjunto com o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IAIB e o Conselho Federal de Contabilidade – CFC criaram as Normas de Auditoria Geralmente Aceitas; e em 1976 foi criada a Lei das Sociedades Anônimas, através da qual, as companhias abertas passaram a ser obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários – CVM e a observar as normas expedidas por esta.
2 ÂMBITO DA AUDITORIA
2.1 AUDITORIA EXTERNA
Segundo Almeida (2003, p. 25), a auditoria externa ou auditoria independente nasceu como parte da evolução do sistema capitalista. No começo, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares. Com a expansão do mercado e a exasperação da concorrência, houve a necessidade da empresa ampliar suas instalações fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e melhorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução de custos e, deste modo, tornando mais competitivos seus produtos no mercado.
Segundo Jund (2005, p. 27), dentre as técnicas da ciência contábil, a auditoria externa é uma técnica autônoma, ou seja, desvinculada dos órgãos auditados, razão pela qual tem objeto perfeitamente identificado e definido, sendo este não apenas único, porém também múltiplo, conforme o entendimento unanimemente consagrado nos dias de hoje.
Deve ficar claro que cada autor pode limitar ou ampliar o objeto da auditoria conforme o seu entendimento. No entanto, de acordo com o autor Jund (2005), existe um certo consenso acerca de alguns itens básicos, como por exemplo:
Comprovação, pelo registro, de que são exatos os fatos patrimoniais;
Demonstração dos erros e fraudes encontrados;
Sugestão das providências cabíveis, visando à prevenção de erros e fraudes;
Verificação de que a contabilidade é satisfatória sob o aspecto sistemático e de organização;
Verificação do funcionamento do controle interno;
Proposição de medidas de previsão de fatos patrimoniais, com o propósito
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