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A INFLAÇAO NA ECONOMIA BRASILEIRA

Por:   •  29/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.254 Palavras (10 Páginas)  •  162 Visualizações

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POLO: BOM JESUS DO ITABAPOANA

NOME: TERESINHA DA CONCEIÇÃO MENDES

DISCIP: ECONOMIA BRASILEIRA

MATR: 13113110007

A INFLAÇAO NA ECONOMIA BRASILEIRA

Neste sentido, há uma série de particularidades como a inflação inercial, a memória inflacionária, a chegada do Plano Real, dentre outros aspectos, que são objetos de estudo para a compreensão da trajetória da inflação no Brasil. O trabalho ainda destaca o pósPlano real que desencadeou um boom no consumo das classes média e baixa desde então. Obviamente, este crescimento da demanda em muitos momentos foi a causa de uma elevação nos índices de inflação. Do modo mais simples, a inflação pode ser definida como um aumento no nível geral de preços da economia. Na definição de Moreira (2011), a inflação pode ser apresentada como um processo generalizado de aumento dos preços que faz com que o poder aquisitivo da moeda diminua. Como destaca Moreira (2011), produtos básicos da cadeia produtiva, como por exemplo, o petróleo, quando os seus preços aumentam, os preços de todos os seus derivados sobem, bem como os preços dos produtos que dependem dessa matéria-prima. Segundo dados do IBGE, em 2010, a inflação fechou com alta de 5,91 no acumulado do ano. De acordo com Saraiva (2010), segundo dados do IBGE, 40% da elevação do IPCA deve-se ao item alimentos, com destaque para o feijão e a carne. Para 2011, a meta a ser perseguida pelo BACEN é 4,5%, embora a previsão de especialistas do mercado seja que a inflação feche o ano em 6,37%.

Neste ano, no acumulado dos quartos primeiros meses, a inflação alcançou o patamar de 3,23%, valor que compromete a mete de 4,5 por cento mesmo considerando as bandas. Este trabalho buscou apresentar alguns pontos essenciais para entender a inflação no contexto da economia brasileira. Em seguida, mostrou-se a metodologia de construção de um índice de preço, enfatizando algumas das particularidades de cada tipo de índice, como o IPC, IGP, entre outros. Também se colocou um breve histórico da inflação brasileira nos anos 80 em que o processo inflacionário estava completamente fora de controle até a introdução do Plano Real que trouxe a estabilidade dos preços para a economia brasileira, um fator importantíssimo numa economia aberta e globalizada.

A DESCOBERTA DA INFLAÇÃO INERCIAL

Este artigo apresenta a minha versão da história da inflação inercial. A primeira formulação completa dessa teoria está num artigo meu e de Nakano, de 1983; e o primeiro artigo que propôs um choque de preços combinado com uma tabela de conversão é de 1984, também dos mesmos autores. A decisão de indexar a economia brasileira foi tomada em 1964, no quadro de uma inflação relativamente alta, em torno de 70 por cento ao ano, que o governo militar herdou do governo Juscelino Kubitschek e da grave crise econômica e política de 1961-64. Entretanto, o segundo choque do petróleo e o choque dos juros internacionais desse ano, somados à política de crescer com poupança externa dos anos 1970 e uma política monetarista de prefixação da taxa de câmbio para mudar as expectativas de inflação adotada em 1979/80, levaram o Brasil à grande e tríplice crise econômica: à crise da dívida externa dos anos 1980, à crise fiscal do Estado, e à alta inflação inercial.1 A inflação que durante os anos 1970, girara em torno de 40 por cento ao ano, saltara para 100 por cento em 1980 devido ao choque externo de 1979 e à política monetária equivocada de 1979.2.

GOVERNO LULA: CONTRADIÇÕES E IMPASSES DA POLÍTICA ECONÔMICA

O presente texto trata da dinâmica macroeconômica da economia brasileira nos dois Governos FHC (1994/2002) e no primeiro ano do Governo Lula (2003), à luz das políticas econômicas que foram implementadas, tendo por objetivo responder a seguinte questão central: com a manutenção da mesma política econômica, há possibilidade real de se reduzir, estruturalmente, a vulnerabilidade externa do país e a fragilidade financeira do setor público. A adoção do câmbio flexível, a partir de 1999, juntamente com a implementação da política de metas de inflação e a obtenção de elevados superávits primários, não conseguiu remover as principais restrições para o crescimento sustentado da economia brasileira.

O presente texto trata da dinâmica macroeconômica da economia brasileira nos dois Governos FHC (1994/2002) e no primeiro ano do Governo Lula (2003), à luz das políticas econômicas que foram implementadas, tendo por objetivo responder as seguintes questões:

1) O que mudou no cenário internacional e na política e na economia do país, a partir do Governo Lula, que permita acreditar que a estratégia até aqui seguida, de manutenção e aprofundamento das mesmas políticas econômicas anteriormente adotadas, possa obter a estabilidade macroeconômica necessária para a retomada do crescimento sustentado; compreensão mais geral aqui adotada, acerca do processo em curso desde o início do Plano Real, pode ser resumida nos seguintes pontos:

i) A relativa estabilidade monetária, até aqui conseguida com grandes dificuldades e permanentemente ameaçada por sucessivas crises cambiais, vem se fazendo às custas de uma grande instabilidade macroeconômica, que se expressa na vulnerabilidade do balanço de pagamentos, na deterioração das finanças públicas, em taxas de crescimento diminutas – com flutuações reiteradas do nível de atividade econômica – e em elevadas e persistentes taxas de desemprego.

ii) A partir de 1999, com a adoção do câmbio flexível, a âncora cambial foi substituída pelas âncoras monetária e fiscal, através, respectivamente, da implementação da política de metas de inflação e da obtenção de elevados superávits primários nas contas públicas.

iii) A herança deixada por dois Governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) aprisionou o que viria a ser o novo Governo ainda no período eleitoral, quando Lula, expressando a aliança política que o estava levando a vencer as eleições, divulgou a

“Carta ao Povo Brasileiro”, se comprometendo a dar sequência às mesmas políticas econômicas adotadas até ali, bem como a respeitar todos os contratos firmados pelo governo que estava saindo.

A obtenção

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