A Mecanização Assume o Comando: Organizações vistas como máquinas
Por: diasrafael.92 • 15/6/2016 • Seminário • 968 Palavras (4 Páginas) • 526 Visualizações
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A mecanização assume o comando: Organizações vistas como máquinas
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A Promessa de Imagens da Organização
- Administrador moderno
- Análise Organizacional
- Mecânico x Biológico
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A mecanização assume o comando
- As máquinas não só aumentaram o limiar da nossa atividade produtiva, como passaram a influenciar cada aspecto da nossa existência;
- Os homens passaram de competidores com a natureza a senhores virtuais dela;
- Trabalho mecânico e repetitivo. “A vida organizacional é frequentemente rotinizada com a precisão exigida de um relógio.”
Máquinas, pensamento mecânico e surgimento das organizações burocráticas
- O termo burocracia é comumente utilizado para se referir às organizações planejadas e operadas como se fossem máquinas;
- Estas possuem uma tendência a operarem de forma eficiente, confiável, rotinizada e previsível, bem como as máquinas;
- Um dos principais desafios de grande parte das organizações modernas é o de substituir o modo de pensar mecanicista por ideias e enfoques novos.
As origens da organização mecanicista
- As organizações são instrumentos desenvolvidos para se atingir outros fins;
- Com a invenção e proliferação das máquinas, durante a Revolução Industrial, os conceitos de organização se tornaram, de fato, mecanizados;
- Crescente tendência a burocratização e rotinização da vida em geral;
- Intensa divisão e especialização do trabalho.
- Influência do militarismo de Frederico, O grande. O exército “mecanizado” tornou-se uma realidade nas fábricas e escritórios;
- No inicio do século XX, ideias e desenvolvimentos realizados por diferentes teóricos como Charles Babbage, Adam Smith e Marx Weber foram sintetizados numa teoria abrangente de administração e organização;
- Weber, sociólogo alemão, ao observar os paralelos entre a mecanização da indústria e a proliferação de formas burocráticas de organização desenvolveu a mais importante contribuição a essa teoria.
- Enquanto os teóricos clássicos em administração tinham como foco o planejamento da organização total, os administradores científicos visavam ao planejamento e à administração de cargos individualizados.
A Teoria Clássica da Administração: Planejamento das Organizações Burocráticas
- Teóricos clássicos procuraram sistematizar suas expectativas de organizações de sucesso para que fossem seguidas por outros.
- Crença no processo PODC (Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar).
- Definição de bases de técnicas administrativas (Ex: APO).
- Princípios militares e de engenharia como base para os princípios da teoria clássica da administração.
- Caso sejam implementados chega-se a um organograma empresarial: padrão definido de cargos com hierarquia por linhas de comando.
- Após estudo é possível perceber que os teóricos “projetaram uma máquina”.
“Rede de partes interdependentes, arranjadas dentro de uma sequência específica e apoiada por pontos de resistência ou rigidez definidos”.
- Em seu enfoque organizacional o projeto era semelhante ao de um engenheiro sobre qualquer maquina.
- Mudanças visando uma operação mais precisa dentro de padrões de autoridade (Ex: Responsabilidade nos cargos e direito de ordens).
- Princípios básicos da burocracia centralizada e organização em departamentos.
- Necessidade de conciliar elementos contraditórios da centralização e descentralização para preservar a flexibilidade em setores
- Ideias clássicas reforçadas sob o disfarce da administração moderna
- Reconhecimento da importância do equilíbrio entre aspectos humanos e técnicos.
Administração Científica
Frederick Taylor – “O maior inimigo do trabalhador”
Os princípios da Administração Científica:
- Tranferência de toda a responsabilidade da organização do trabalhador ao gerente;
- Uso de métodos científicos – forma mais eficiente de execução do trabalho
- Seleção da melhor pessoa para desempenhar o cargo
- Treinamento do trabalhador
- Fiscalização do desempenho para garantir que os procedimentos apropriados de trabalho sejam seguidos e que os resultados adequados sejam atingidos
- Desenvolvimento de “escritórios-fábrica”;
- Responsabilidades fragmentadas e altamente especializadas;
- Planejamento de trabalho e avaliação de desempenho;
- Aumento da produtividade;
- Trabalhador alienado, confiável, previsível e eficiente;
- Substituição do trabalhador por autômatos.
Forças e limitações da metáfora da máquina
“Estabeleça metas e objetivos e persiga-os.”
“Organize eficiente, racional e claramente.”
“Especifique cada detalhe de tal forma que cada um esteja certo do trabalho que deve desempenhar.”
“Planeje, organize e controle, controle e controle”
- Essas ideias influenciam na maneira de pensar sobre a organização;
- As pessoas devem se adaptar às estruturas da organização
- Treinamento e educação são fundamentais para o funcionamento da organização;
- A teoria da administração clássica e administração científica;
- Imagens e metáforas criam somente formas parciais de percepção;
- Complexidade das tarefas organizacionais;
As forças e limitações da máquina
Forças
- As forças podem ser caracterizadas como as condições nas quais as máquinas operam bem e são elas:
- Quando existe uma tarefa continua a ser desempenhada;
- Quando o ambiente é suficientemente estável para assegurar que os produtos oferecidos sejam apropriados;
- Quando se quer produzir sempre exatamente o mesmo produto;
- Quando a precisão é a meta;
- Quando as partes humanas da “máquina” são submissas e comportam-se conforme o planejado.
Modelo mecaniscista do McDonald’s
- Todos os pontos de fraquias mecanizados de maneira que todos produzam produtos uniformes;
- Atende ao mercado-alvo de maneira extremamente regular;
- Treninamento e educação;
- Princípios tayloristas na adoção de mão-de-obra não sindicalizada;
Uso de métodos científicos para determinar o trabalho a ser desempenhado
Limites
- Os limites podem ser:
- Criar formas organizacionais que tenha grande dificuldade em se adaptar a circunstâncias de mudanças;
- Desembocar em um tipo de burocracia sem significado e indesejável;
- Ter consequências imprevisíveis e indesejaveis à medida que os interesses daqueles que trabalham na organização ganhem precedência sobre os objetivos que foram planejados pela organização;
- Ter um efeito desumanizante sobre os empregados, especialmente sobre aqueles posicionados em níveis mais baixos da hierarquia organizacional;
- Maior dificuldade de adaptação e inovação das organizações mecanicistas;
- A flexibilidade e a capacidade de ação criativia tornam-se mais importantes do que a simples eficiência;
- A organização mecanicista torna-se vítima do segmentalismo.
- Muito da apatia e falta de orgulho tão frequentemente encontrado nos ambientes de trabalho moderno, são cultivados pelo enfoque mecanicista da organização.
- Por fim, o enfoque mecanicista da organização tende a limitar, em lugar de ativar, o desenvolvimento das capacidades humanas, modelando os seres humanos para servirem aos requisitos da organização mecanicista, em lugar de construir a organização em torno de seus pontos fortes e potenciais.
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