Imagens da organização: A mecanização assume o comando

Resenha de “Imagens da Organização: A mecanização assume o comando”

Após realizada a leitura do livro “Imagens da Organização” o capítulo que mais se destacou foi “A mecanização assume o comando”, isto por que nele é explicado logo no início, o fato de que quando começamos a ver as organizações como máquina passamos a entender que se trata de empresas coerentes e organizadas que visam atingir seus objetivos a qualquer custo. Percebe-se que as empresas contratam pessoas para operar maquinas e que elas devem se portar como tal, realizando trabalhos operacionais e seguir um organograma para que possa atingir o objetivo proposto pela empresa, uma vez que esta pessoa (máquina) não consegue realizar o resultado esperado, a mesma acaba sendo trocada por outra pessoa.

Várias empresas tem utilizado estas teorias, isto porque ela tem aumentado e muito a capacidade de produção das empresas, porém não é sempre que está teoria acaba conforme esperado, as vezes alguns funcionários percebem e acaba se rebelando contra a empresa, acarretando uma rigidez que impedem as organizações de continuarem com as mudanças.

Muitos de nós ficamos aprisionados em pensamentos mecanicistas como por exemplo: “se não fizer determinada coisa serei demitido” ou até mesmo “preciso deste emprego, então não vou reclamar de determinada coisa”, porem ao não tomar posicionamento sobre os fatos acontecido acabamos gerando um certo desgaste pois é questão de tempo até se esgotarmos. Quando nos tornamos conscientes de como isto ocorre, passamos a aprender a tirar um certo proveito dos pontos fortes desta situação, e aprendemos a liberar a capacidade de organizar por diferentes maneiras, e sabem utilizar pontos fracos e fortes da situação.

No livro inclusive utiliza uma historia bastante conhecida que foi contada pelo sábio Chuang-Tzu, Onde descreve um camponês um pouco mais velho que estava buscando agua em um poço utilizando uma vasilha, ao ver o trabalha que estava sendo muito mais difícil um viajante Tzu-gung, disse ao camponês uma forma mais fácil de obter a agua, segundo ele seria possível utilizando uma madeira bem grande, o que criaria uma improvisada bomba d’agua, porem com raiva o camponês disse que não realizaria isto, pois seu professor informou que quando a maquina passa a realizar o serviço, automaticamente você passa a ser uma máquina, ele ainda disse que tem vergonha de usar as maquinas pois aquele que utiliza maquinas desenvolve coração de maquinas.

Penso que se este camponês estive-se no mundo que vivemos hoje, ele, provavelmente iria fica muito insatisfeito. As maquinas hoje realmente assumiram o controle de praticamente tudo e em todos os lugares, no livro mostra que elas estão ligadas na nossa linha de produção, no ramo industrial e ate mesmo na medicina. Penso que muitas pessoas principalmente as mais velhas pensam conforme o camponês, pois as máquinas trouxeram muitos benefícios à humanidade, na verdade em praticamente tudo, porém a qual preço? Hoje muitas pessoas não têm mais corações, muitas não pensam em ajudar o próximo e principalmente muitas acham que precisam apenas de maquinas para sobreviver.

Através da utilização das máquinas a natureza se transformou drasticamente, deixando inclusive uma marca de imaginação gigantesca, em todos os sentidos, seja nos sentimentos como até mesmo nos tempos de hoje. Isto esta mais que evidente em qualquer organização que temos hoje.

Temos um exemplo muito claro no livro que fala da precisão mecânica com que muitas instituições operam. Criamos certa rotina que acaba sendo exigida pelos relógios, e como diz Santo Agostinho “A rotina se não resistida logo se torna necessidade”. É sempre esperado que as pessoas cheguem a seus trabalhos no horário na hora correta, realizem o serviço, e após irão embora descansar para realizar a mesma atividade no dia seguinte. Isso sem falar que em algumas instituições o turno do trabalho substitui o outro, para que desta forma o serviço funcione em 24 horas por dia, um exemplo claro seria o ramo de telemarketing, hospitais, serviços de resgastes e seguranças dentre outros. Em muitos casos como, por exemplo: o telemarketing o serviço é muito mecanizado e repetitivo. Com o caso do telemarketing mesmo muitas vezes se tem a ideia que está conversando com um robô ao invés de atendente, pois eles são treinados e ensinados a trabalhar desta forma, e nem sempre quem esta escutando gosta.

As organizações que são criadas e trabalhadas como se fossem maquinas são conhecidas como “organizações burocráticas”. Acontece que praticamente todas as organizações hoje são burocráticas, isto acontece devido a burocracia já ter afetado ate nosso modo de pensar e agir. Quando falamos de organizações a primeira coisa que pensamos são partes ordenadas e programadas, em formas claramente definidas. Todos já falamos e esperamos que as empresas funcionem como maquinas, pois já esperamos a previsível rotina todos os dias que virão pela frente.

As organizações pouquíssimas vezes serão fundadas para fins nela mesma. Elas sempre são criadas em busca de outros objetivos.

Se pesquisarmos as mudanças nas empresas que acompanharam e presenciaram a revolução industrial, podemos notar que naquela época já havia um grande crescimento na burocracia e da rotina em modo geral. Diversas famílias e artesões decidiram deixam de trabalhar por conta própria para trabalhar em fábricas.

Podemos notar estas mudanças inclusive nas forças armadas e na automação humana onde tivemos a introdução de uniformes e escalões, começamos a utilizar equipamentos padronizados, criação de diversos sinais de comandos dentre outros.