A Planilha de Projeto
Por: AristotelesFerna • 19/7/2021 • Projeto de pesquisa • 1.501 Palavras (7 Páginas) • 160 Visualizações
Título do Resumo (Nome da Disciplina – Centralizado, Arial ou Times New 12, Negrito e Letras MAIÚSCULAS)
(Nome do autor)
Exigências:
De 2 a 4 laudas (páginas)
Deverá ser realizado em formato Word;
Espaçamento entre linhas de 1,5 cm, conforme as exigências da ABNT.
O texto deverá ser corrido, isto é, não devem ser feitas separações físicas entre as partes do Resumo (como a subdivisão do texto em síntese, análise e julgamento, por exemplo).
Exemplo de Referência:
Ao final do resumo, você deverá fazer a referência. Por exemplo:
EDITORA PROMINAS E ORGANIZADORES. Curso. In: NOME DA DISCIPLINA, Módulo (coloque aqui o número do seu módulo). Página (p.).
EDITORA PROMINAS E ORGANIZADORES. Administração Escolar e Planejamento. In: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, Módulo 3. P.3 – 55.
Abaixo apresentamos um modelo para auxílio.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Renata Campos
Na apostila sobre a Sociologia Brasileira o objetivo central do autor é fornecer uma concepção geral sobre esse saber enquanto ciência, quais foram os seus principais expoentes e como a sociologia se relaciona com a análise social da realidade brasileira. Na parte inicial, portanto, conceitua a formulação da sociologia como uma resposta cognoscitiva aos fenômenos sociais tal como foi a das ciências da natureza para os fenômenos naturais. Isto é, a sociologia se caracteriza por ser um saber científico que pretende tratar com rigor a investigação sobre a sociedade. Nesse empreendimento, para dar corpo à sociologia como ciência, foram fundamentais Augusto Comte, Émile Durkheim, Max Weber e as correntes teóricas provenientes do Marxismo.
No que diz respeito ao contexto brasileiro, destacam-se os sociólogos Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso. Até o fim da ditadura militar, a crítica sociológica concentrou-se nas grandes questões político-econômicas. Embora elas não tenham desaparecido, após a deflagração da redemocratização, a ênfase passou a ser o estudo dos movimentos sociais que objetivavam a transformação da política e a busca pela liberdade e superação das desigualdades sociais.
Os contornos introdutórios da sociologia moderna atribuem-se a obra de Comte (198-1857), cujo pensamento ficou conhecido como "positivista", devido ter se baseado nos critérios emprestados das ciências positivas, a saber, as ciências naturais e exatas, afastando as crenças, superstições ou quaisquer espécies de subjetivismo. Dessa doutrina se sobressaem a lei dos três estágios, a doutrina da ciência e a sociologia como física social. Se na natureza há leis, na sociedade também há. Os três estágios de Comte visam demonstrar caminhos distintos para tentar assimilar essas leis, quais sejam: teológico ou fictício, no qual as circunstâncias sociais são associadas ao sobrenatural; metafísico, no qual se parte de essências ou princípios impessoais, porém ainda assim supranaturais; científico, no qual a explicação natural do que acontece é mais fundamental do que o porquê as coisas acontecem. Nesse último estágio, a sociologia pode como ciência compreender as leis sociais porque as estuda de maneira criteriosa e limitada àquilo que o saber científico pode conhecer. Assim, a sociologia se define como física social.
Émile Durkheim (1855-1917) também deu contribuições à sociologia, tanto que a partir dele se fala em “Sociologia científica”. Em As regras do Método Sociológico (1895), sua magnum opus, Durkheim intenta constituir a sociologia como ciência autônoma e, para tal, dizia ainda ser necessário definir com maior precisão o objeto da sociologia. Ele o definiu como sendo o estudo dos "fatos sociais" (modos de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo). Três características podem ser discernidas dos fatos sociais: generalidade, comuns aos indivíduos de um grupo; exterioridade, o fato social decorre independente da vontade de um indivíduo em particular; coercitividade, os indivíduos se sentem pressionados a seguir o comportamento socialmente estabelecido. A questão do suicídio, por exemplo, enquanto objeto sociológico, deve ser entendida não como uma idiossincrasia, mas como impulsionada por circunstâncias sociais específicas, como as condições ambientais e econômicas, as quais, como reza a definição de fato social, são externos e gerais, não restritas ao indivíduo.
Dentre as principais obras de Max Weber (1864-1920), pensador relevante para o aprofundamento da formulação da sociologia como ciência, sobreleva-se a “Ética Protestante e o Espírito Capitalismo” (1905). Em linhas gerais, a reflexão weberiana se desenvolve como alternativa a compreensão marxista de que as condições materiais é que são determinantes e não à cultura, donde provém a noção de “espírito”. A tipologia usada por Weber, no contexto de sua teoria da ação social, que a enxerga como multifacetada (racional com relação a um fim, racional com relação a um valor, efetiva - ditada pelo humor e ânimo do sujeito -, tradicional - guiada por hábitos, costumes e crenças), entende a ética protestante como influenciando o desenvolvimento capitalista e não apenas o sistema capitalista como se impondo em via única como força material subversiva e constituinte da super estrutura. Subjacente à essa análise de Weber, portanto, está a sua concepção de "Tipo Ideal" que se constitui como um instrumento metodológico cuja função é comparar os casos particulares dos fenômenos sociais e o modelo representado pelo tipo ideal. É nessa perspectiva que Weber entende que a ética calvinista influenciou o progresso do capitalismo, porque a tipologia das crenças se acopla às necessidades concretas do sistema econômico então emergente.
O já citado pensamento marxista, cuja origem retoma Karl Marx (1818-1883) e de recepção posterior em autores como Lois Althusser e Antonio Gramsci, faz da sociologia não apenas um recurso compreensivo de como funciona a sociedade, mas institui um saber capaz de denunciar a exploração do trabalhador, desvelando na dinâmica das relações sociais uma relação de permanente conflito entre classes oprimidas e classes opressoras. Essas últimas, por sua vez, por controlarem o sistema de produção material, acabam por controlar também as consciências e subjugar aqueles que trabalham, mas são expropriados em suas riquezas, ficando alienados ao que realmente é produzido e o que se obtém de lucro. Nesse sentido, a sociologia expõe a gênese da revolução burguesa como a apropriação dos meios materiais, no contexto de um sistema capitalista. O caso brasileiro não difere muito do quadro geral instalado na Europa, trata-se apenas do aprofundamento daquelas desigualdades sociais. Por isso, o pensamento marxista estimulou uma série de movimentos sociais a contestarem a ordem social estabelecida.
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