A RIQUEZA DAS NAÇÕES
Por: Macielmelo • 1/6/2015 • Artigo • 2.028 Palavras (9 Páginas) • 282 Visualizações
2.1 Introduções
O consenso da Teoria Econômica de forma sistematizada, iniciou se com o trabalho dos fisiocratas na França, mais publicada com a Obra do escocês Adam Smith com A RIQUEZA DAS NAÇÕES, em 1776. Anteriormente a atividade de econômica era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética. Os conceitos de troca, em Aristóteles, e preço juto, em SÃO Tomás de Aquino, a condenação dos juros ou da usura encontravam sua justificativa em termos morais, não existindo um estudo sistemático das relações econômicas. Que no século XIX, a ciência econômica era conhecida como Econômica Política, designação que tendeu a desaparecer a partir do início do século XX.
2.2 Precursores da Teoria econômica
2.2.1 Antiguidade
Na Grécia Antiga, as primeiras referencias conhecidas à Economia aparecem no trabalho de Aristóteles (384 – 322 a.c.), encontramos também considerações da ordem econômica nos escritos de Platão (427 – 347 a.C.) e de Xenofonte (440 – 335 a.C.).
2.2.2 Mercantilismo
A partir do século XVI observa se o nascimento da escola econômica:
O mercantilismo, com alguns princípios de fomentar o comercio exterior e entesourar riquezas, acumulando metais preciosos, aumentando o poder e tendo o aparecimento de relatos da moeda.
2.2.3 Fisiocracia
No século XVIII, os fisiocratas em uma escola francesa sustentavam que a terra seria a única fonte de riqueza, para a felicidade dos homens. O trabalho de maior parte foi do Dr. François Quesnay, autor da obra Tableau Économique, o primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre eles. Pode se dizer que o Tableau Économique de Quesnay está na origem do sistema de circulação monetária input-output criado no século XX (anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily Leontief, da Universidade de Harvard.
Para os fisiocratas, a riqueza se consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza (fisiocracia significa “Regras da Natureza”) em atividade econômicas como lavoura, a pesca e a minerações. Somente a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza. Os (Fisiocratas) associaram conceitos da Medicina à Economia (o Quesnay, era médico): Circulação, fluxo, órgãos, funções.
2.2.4 Os Clássicos
Adam Smith (1723 – 1790)
Considerado o percursor da moderna teoria econômica, Smith já era um renomado professor quando publicou sua obra A Riqueza das Nações, em 1776. Em uma visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, como que guiada por uma “Mão Invisível”.
Seus argumentos baseavam se na livre iniciativa, no laissez-faire. Considerava se que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano (chamada teoria do valor –trabalho) e que um dos fatores decisivos para aumentar a produção é a divisão de trabalho, isto é, os trabalhadores deveriam especializar se em algumas tarefas. Assim é necessário que os mercados e as iniciativas privadas para que a produtividade e a riqueza sejam incrementadas e o papel do estado na economia, deveria se corresponder apenas na proteção da sociedade, contra eventuais ataques.
David Ricardo (1772 – 1823)
Parindo das ideias de Smith, Ricardo desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial políticos. Com a tese que todos os custos se reduzem a custo do trabalho, e mostra que a acumulação do capital acompanhada de aumento populacionais provoca uma renda da terra (período neoclássico).
A teoria das vantagens comparativas, com o comercio entre países dependeria das dotações relativas de fatores de produção. Com os estudos de Ricardo, deu se origem a duas correntes antagônicas: A corrente neoclássica, por suas abstrações simplificadoras, e a corrente marxista, pela ênfase dada a questão distributiva e aos aspectos sociais na repartição da renda.
John Stuart Mill (1806 – 1873)
Sua obra consolida o exposto por seus antecessores e avança ao incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.
Jean-Baptiste Say (1768 – 1832)
Retomou e ampliou-a a obra de Adam Smith, criando a lei de Say “sua oferta cria sua própria procura”, ou seja, o aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços. A lei sendo um dos pilares da macroeconomia clássica, sendo contestada apenas em meados do século XX.
Thomas Malthus (1766 – 1834)
Malthus deu apoio à teoria dos salários de subsistência, pois para Malthus, a causa de todos os males da sociedade residia no excesso populacional: Enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção de alimentos seguia em progressão aritmética. Malthus advogou o adiamento de casamentos, limitação voluntária de nascimento nas famílias pobres, e aceitava a guerras como solução para interromper o crescimento populacional. Deixando de lado as possibilidades de crescimento na agricultura nem as técnicas de controle de natalidade que se seguiriam.
2.3 A teoria neoclássica
Os neoclássicos sedimentaram o raciocínio matemático explícito inaugurando por Ricardo, procurando isolar os fatos econômicos de outros aspectos da realidade social.
Alfred Marshall (1842 – 1924)
Com seu livro, Princípios de economia, publicado em 1890, serviu como obra básica até a metade do século XX. Outros teóricos importantes foram: William Jevons, Léon Walras, Eugene Bohm-Bawerk, Joseph Alois Shumpeter, Vilfredo Pareto, Arthur Pigou e François Edgeworth.
Evoluindo muito, pois o comportamento do consumidor era analisado em profundidade, assim como o do produtor (medidos por curvas, o grau de satisfação do consumidor e a capacidade de produção). Essa corrente é chamada de Teoria Marginalista.
Deve se destacar também a analise monetária, com a criação da teoria da moeda, que relaciona a quantidade de dinheiro com níveis gerais de atividade econômica e de preços.
2.4 A Teoria Keynesiana
A era Keynesiana iniciou se com a publicação da Teoria Geral do Emprego, dos juros e da moeda, de John Maynard Keynes (1883 – 1946), em 1936. Muito autores descrevem a contribuição de Keynes como a revolução Keynesiana, tamanho o impacto de sua obra.
Para entender o impacto da obra de Keynes, é necessário considerar sua época. Na década de 1930, a economia mundial atravessava uma crise que ficou conhecida como a Grande Depressão. O principal fator responsável pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia, determinado, por sua vez, pela demanda agregada ou afetiva. Invertendo a lei de Say (a oferta cria sua própria procura). Fim da crença no laissez-faire como regulador dos fluxos real e monetário da economia, e é chamado princípio da demanda afetiva. Debates teóricos sobre aspectos de seu trabalho duram até hoje, destacando três grupos: Os Monetaristas (Privilegiam o poder da moeda e o baixo grau de intervenção do Estado), os Fiscalistas ou Keynesianos (Recomendam o uso de políticas fiscais ativas e acentuado grau de intervenção do Estado) e os Pós – Keynesianos (Enfatizam o papel da especulação financeira e, como Keynes, defendem um papel ativo do Estado na condução da atividade econômica.
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