A Teoria das Organizações
Por: Wilson Enes • 25/9/2023 • Ensaio • 808 Palavras (4 Páginas) • 60 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS- UFMG.FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS -FACE.PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO/ PPGA
Disciplina: Teoria das Organizações- Turma: Única.
Professor: Dr. Alexandre Carrieri. Aluno: Wilson Machado Enes
Ensaio teórico: Modernidade e identidade. GIDDENS.A.
Considerações:
Este ensaio teórico objetiva a discussão do conceito de reflexividade na obra do sociólogo inglês Anthony Giddens. Ao que pese, tomemos como partida as condições de possibilidade de reflexão indicada pelo autor, embasando-se em sua ótica no que se refere à concepção de uma radicalização da modernidade, opondo-se ao sentido de uma pós-modernidade, analisando assim os seus reflexos, entre os quais podem ser evidenciados o sentido de deslocamento. A modernidade reflexiva, apontada por Giddens, mostra-se uma teoria da ação social na qual o papel do indivíduo não é visto como um acréscimo das estruturas que compõem a sociedade, mas compatível com a reflexão e recomposição das subjetividades e dos sujeitos.
O sociólogo inglês Anthony Giddens é um dos autores que tem se dedicado ao estudo da modernidade, refletindo tanto o seu sentido como os seus reflexos na diversidade das várias esferas da vida, indo desde a análise de classes, dos nacionalismos, questões referentes à sexualidade até as identidades pessoais. Conforme Giddens (1991, p. 11) “a modernidade trata-se de uma organização social que teve sua emergência na Europa a partir do século XVII, a qual tornou-se ulteriormente mais ou menos mundial em sua influência, proporcionando outros costumes e estilos de vida.” Com a modernidade, presume-se o sentido de deslocamento de um período histórico para outro, isto é, da tradição das sociedades medievais ou pré modernas para a modernidade.
A modernidade é a impossibilidade de permanecer fixo. Ser moderno significa estar em movimento. Não se resolve necessariamente estar em movimento – como não se resolve ser moderno. É ser colocado em movimento ao se ser lançado na espécie de um mundo dilacerado entre a beleza da visão e a feiura da realidade – realidade que se enfeitou pela beleza da visão. (BAUMAN, 1998, p. 92).
A compreensão de Giddens propõe que ao nos afastarmos da natureza e da tradição, passamos a ter de tomar decisões diversas, cada vez mais prospectivas. Neste sentido, é defendido pelo autor que temos vivido em um mundo muito mais reflexivo do que aquele das nossas gerações precedentes. A tradição, pode-se afirmar, perdeu o seu lugar até então privilegiado dando espaço para a noção de “reflexividade institucional”, termo entendido pela explicação de que é institucional por ser parte de todas as atividades sociais do momento corrente, e reflexiva por poder propiciar modificações no sujeito, levando-se em conta a possibilidade de escolha e decisão, seja com relação ao consumo, a sexualidade, enfim, nas mais corriqueiras e diversas ações.
Desde o final do século XX, alguns estudiosos (LYOTARD, 1990; JAMESON, 1996; LIPOVETSKY e CHARLES, 2004, et al) tem argumentado que o mundo como o conhecemos estaria no início de uma nova era, a qual estaria nos levando para caminhos além da modernidade. Alguns a definem como sociedade da informação ou de consumo, enquanto outros alegam a necessidade de pensarmos no sentido de uma ruptura ou encerramento da modernidade, para que vivamos em tempos pós-modernos, pós-industriais e até hipermodernos. De acordo com Giddens (1991), o primeiro autor responsável pela noção de pós-modernidade, foi Jean-François Lyotard.
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