A Teoria das Relações Humanas por seu Romantismo Ingênuo.

Surge a partir dos estudos de MAX WEBER a respeito das grandes organizações da sua época. Foi chamada de TEORIA DA BUROCRACIA, devido a sua ênfase estruturalista.

A Teoria Clássica é criticada pelo seu mecanicismo.

A Teoria das Relações Humanas por seu Romantismo Ingênuo.

A Abordagem Estruturalista é uma Teoria da Organização, que por sua vez complexa e abrangente. Ela surge para fornecer orientação ao trabalho do administrador.

A Burocracia foi uma invenção social aperfeiçoada no decorrer da Revolução Industrial. Baseia-se na RACIONALIDADE, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.

Como forma de organização humana, a burocracia remonta a antiguidade; tal como ela existe hoje, como base do moderno sistema de produção, teve sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento.

Para Weber, o sistema moderno de produção, racional e capitalista, não se originou das mudanças tecnológicas, nem das relações de propriedade, como afirmava o velho Marx; mas de um novo conjunto de normas sociais e morais... “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO”. Do trabalho duro e árduo como dádiva de Deus, no ato de poupar recursos financeiros e o ascetismo que proporcionaram a reaplicação das rendas excedentes, em vez do seu dispêndio e consumo em símbolos materiais e improdutivos de vaidade prestígio.

Para compreender a burocracia, Weber estudou os tipos de sociedade e os tipos de autoridade, que segundo ele são:

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TIPOS DE SOCIEDADE

I – SOCIEDADE TRADICIONAL

Onde predominam características patriarcais e patrimonalistas, como a família, o clã, a sociedade medieval, entre outras.

II – SOCIEDADE CARISMÁTICA

Onde predominam características místicas, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, nas nações em revolução.

III – SOCIEDADE LEGAL, RACIONAL OU BUROCRÁTICA

Onde predominam normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos Estados modernos, nos exércitos, entre outros.

TIPOS DE AUTORIDADE

Para Weber cada tipo de sociedade corresponde a um tipo de autoridade. A autoridade proporciona PODER, ter autoridade é ter poder. E o poder que emana da AUTORIDADE depende da LEGITIMIDADE, que é a capacidade de justificar seu exercício.

A autoridade é legítima quando é aceita. Se a autoridade proporciona poder, o poder conduz à DOMINAÇÃO.

Dominação significa que a vontade manifesta (ordem) do dominador influência a conduta dos outros (dominados) de tal forma que o conteúdo da ordem se transforma em norma de conduta (obediência), para os subordinados.

I – AUTORIDADE TRADICIONAL

Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como certas, porque essa sempre foi à maneira pela quais as coisas foram feitas.

O poder tradicional não é racional, pode ser transmitido por herança e é extremamente conservador. Toda mudança social implica rompimento mais ou menos violento das tradições. Pode ocorrer em empresas familiares bem fechadas.

A legitimação do poder provém da crença no passado eterno, na justiça e na maneira tradicional de agir.

O líder tradicional é o senhor que comanda em virtude do seu status de herdeiro ou sucessor. Suas ordens podem ser pessoais e arbitrárias, seus limites são fixados pelos costumes e hábitos de tal sociedade.

II – AUTORIDADE CARISMÁTICA

Quando os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas, por causa da influência da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam.

Weber definiu carisma usando o termo como o sentido de uma qualidade extraordinária e indefinível de uma pessoal.

O poder carismático é um poder perigoso, sem base racional sustentável, a legitimação da autoridade carismática provém das características pessoais do líder e da devoção e arrebatamento que impõe aos seus seguidores.

O aparato administrativo na dominação carismática envolve um grande número de seguidores, discípulos e subordinados LEAIS e DEVOTOS. A contratação se da segundo a confiança que o líder deposita nos subordinados, por isso ela é inconstante e instável.

A seleção não se baseia na qualificação ou capacidade técnica, mas na devoção, autenticidade e confiabilidade no

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subordinado; se deixar de merecer a confiança é substituído.

O aparato administrativo na dominação legal é a burocracia.

A burocracia tem seus fundamentos nas leis e na ordem legal. Tudo é definido por regras impessoais e escritas, direitos e deveres de cada posição ocupada, métodos de recrutamento e seleção.

III – AUTORIDADE LEGAL, RACIONAL OU BUROCRÁTICA

Quando os subordinados aceitam as ordens como justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimas.

É o tipo de autoridade Técnica, Meritocrática e Administrativa. A legitimidade do poder racional e legal se baseia em normas legais, racionalmente definidas.

Na dominação legal, a crença na justiça da lei é o sustentáculo da legitimação.

“Marx chama a dominação legal, de dominação Ideológica dos detentores do capital. É o direito legal, a maior ferramenta para a sustentação da Ideologia dominante. Através dos aparatos da Lei, da propaganda ideológica social”.

CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA SEGUNDO MAX WEBER

Segundo Weber a Burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a burocracia detalha nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas, tendo assim as seguintes características:

Caráter