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A UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Por:   •  3/10/2020  •  Seminário  •  4.684 Palavras (19 Páginas)  •  199 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANE

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO: ADMINISTRAÇÃO

Allan Pordeus da Silva

Antônio José Gonçalves Mendes

Arthur José Souto da Costa

Jéssyca Gomes Ferreira

Ramom Vale Estrela Guimarães

Valeria Pereira de Meneses

Unidade 5: A lógica

Sousa, PB

                                                             2018

Allan Pordeus da Silva

Antônio José Gonçalves Mendes

Arthur José Souto da Costa

Jéssyca Gomes Ferreira

Ramom Vale Estrela Guimarães

Valeria Pereira de Meneses

Unidade 5: A lógica

Trabalho apresentado ao Curso de Administraçao da UFCG - Universidade Federal De Campina Grande para a disciplina de Filosofia.

Prof. Epifânio Vieira Damasceno  

Sousa

2018

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

Capítulo 1: O nascimento da lógica        4

Capítulo 2: Elementos de lógica        8

Capítulo 3: A lógica após Aristóteles        12

Capítulo 4 - Lógica e Dialética        17

CONCLUSÃO        20

Referência        21

INTRODUÇÃO

O objetivo desse trabalho é apresentar uma síntese sobre “A lógica” filosófica, na perspectiva de Marilena Chaui, demonstrada em seu livro “Convite à filosofia”, na unidade cinco.

Demonstrando uma síntese do texto, de forma clara e objetiva, para que ocorra um maior entendimento sobre o tema por parte dos leitores.

Abordando o tema  de forma que se tenha uma compreensão mais fácil e acessível a todos.

Capítulo 1: O nascimento da lógica

“Ao usarmos as palavras lógica e lógico, estamos participando de uma tradição de pensamento que se origina da Filosofia grega, quando a palavra logos – significando linguagem-discurso e pensamento-conhecimento – conduziu os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não a regras, possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e funcionamento. A disciplina filosófica que se ocupa com essas questões chama-se lógica.”

Há vários exemplos, onde podemos perceber que as palavras lógica e lógico são usadas por nós com diferentes significados. Onde existem noções implicitamente pressupostas por nós, toda vez que afirmamos que algo é lógico ou ilógico.

Ao se estudar o nascimento da Filosofia, vê-se que os primeiros filósofos se preocupavam com a origem, a transformação e o desaparecimento de todos os seres, isso foi denominado Devir. Em oposição, se tem duas tendências, as dos filósofos Heráclito e Parmênides.

Enquanto Heráclito, diz que somente o devir ou a mudança é real, que o mundo é um fluxo perpétuo onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas tudo se transforma no seu contrário; e colocava que o logos é a mudança e a contradição. Como por exemplo: o dia que se torna noite; o quente que esfria; o pequeno que cresce. Parmênides, afirma que o devir e o fluxo dos contrários são aparências, uma opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e até lembranças; diz ainda que o devir dos contrários é uma linguagem ilusória, irreal; e o que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, é o Ser ; afirma que o “logos é o ser como pensamento e linguagem verdadeiros e, portanto, a verdade é a afirmação da permanência contra a mudança, da identidade contra a contradição dos opostos.”

“Parmênides introduz a ideia de que o que é contrário a si mesmo, ou se torna o contrário do que era, não pode ser (existir), não pode ser pensado nem dito porque é contraditório, e a contradição é o impensável e o indizível, uma vez que uma coisa que se torne oposta de si mesma destrói-se a si mesma, torna-se nada.

Para Heráclito, a contradição é a lei racional da realidade; para Parmênides, a identidade é essa lei racional.”

A Filosofia de Platão e Aristóteles oferece as duas soluções mais importantes para o problema da contradição-mudança e identidade-permanência dos seres.

  • Platão: considera que Heráclito tem razão com relação ao mundo material ou físico, ou seja, ao mundo dos seres corporais, pois a matéria é o que está sujeito a mudanças contínuas e a oposições internas; está certo também no que se refere ao mundo das sensações, percepções e opiniões: o mundo natural ou material (que Platão chama de mundo sensível) é o devir permanente. No entanto, para Platão, esse mundo é uma aparência (é o mundo dos prisioneiros da caverna), é uma cópia ou sombra do mundo verdadeiro e real, e agora quem tem razão é Parmênides. O mundo verdadeiro é o das essências imutáveis (que Platão chama de mundo inteligível), sem contradições nem oposições, sem transformação, onde nenhum ser passa para o seu contraditório. Então, para abandonar as aparências e conhecer as essências, Platão utiliza um método do pensamento e da linguagem chamado dialética.  “A dialética platônica é um procedimento intelectual e linguístico que parte de alguma coisa que deve ser separada ou dividida em dois ou duas partes contrárias ou opostas, de modo que se conheça sua contradição e se possa determinar qual dos contrários é verdadeiro e qual é falso... Superar os contraditórios e chegar ao que é sempre idêntico a si mesmo é a tarefa da discussão dialética, que revela o mundo sensível como heraclitiano (a luta dos contrários, a mudança incessante) e o mundo inteligível como parmenidiano (a identidade perene de cada ideia consigo mesma).”
  • Aristóteles: “considera desnecessário separar realidade e aparência em dois mundos diferentes – há um único mundo no qual existem essências e aparências – e não aceita que, a mudança ou o devir seja, mera aparência ilusória.” Ele diz, que existem seres cuja essência é mutável e seres cuja essência é imutável. Para ele, o erro de Heráclito foi supor que a mudança acontece sob a forma da contradição, ou seja, que as coisas se transformam nos seus opostos,

pois a mudança ou transformação é a maneira pela qual as coisas realizam todas as potencialidades contidas em suas essências e esta não é contraditória, mas uma identidade que o pensamento pode conhecer; como por exemplo: quando a semente se torna árvore, ela não se tornou contrária a si mesma, mas desenvolveu uma potencialidade definida pela identidade própria de sua essência. Ele concorda com Parmênides, em relação ao pensamento e a linguagem exigirem identidade. E concorda com Heráclito, quanto ao conceito de que as coisas mudam. “Ambos se enganaram ao supor que identidade e mudança são contraditórias. Tal engano levou Platão à desnecessária divisão dos mundos.” Aristóteles considera ainda, que “a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento e a linguagem da Filosofia e da ciência, pois tem como ponto de partida simples opiniões contrárias dos debatedores, e a escolha de uma opinião contra outra não garante chegar à essência da coisa investigada.”. Para ele, a dialética é adequada para os assuntos sobre os quais só cabe a persuasão (retórica), mas não para a Filosofia e a ciência, porque, nestas, interessa a demonstração e a prova de uma verdade.  Aristóteles criou a lógica analítica, um conjunto de procedimentos de demonstração e prova.

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