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A historiografia da industrialização brasileira

Por:   •  30/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.329 Palavras (6 Páginas)  •  197 Visualizações

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A historiografia da industrialização brasileira

     O artigo de Saes faz um estudo sobre a industrialização no Brasil desde seu início na transição do século XVIII para o século XIX, tem como objetivo mostrar a formação da indústria no país desde seus primórdios.

      O autor começa delimitando desde o governo de Vargas, através dele é visto que a economia passa a abranger o mercado interno, atendendo a população nacional, no decorrer da delimitação do texto é possível acompanhar o crescimento da industrialização no país conforme o crescimento do capitalismo e a ideia da divisão social do trabalho.

      Conforme citado no texto, foi em meados dos anos 70, que Fernando Henrique Cardoso propôs um estudo mais sistemático, estudando os níveis de importação e exportação, para que assim acompanhasse o desenvolvimento capitalista, analisando a fundo a história passada do Brasil para transformar a mão de obra escrava da época do café para o trabalho livre, em meados dos anos 80, começa a surgir diversas ideias de outros autores que agregam conhecimento à história da industrialização no país. É exposto vários estudiosos que foram benéficos para a interpretação do crescimento industrial no Brasil.

ESTADO E ECONOMIA NO BRASIL: 1930-1964. FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO DE UM CAPITALISMO URBANO-INDUSTRIAL PERIFÉRICO

          O autor nesse texto explicita as transformações do Estado e da economia das décadas de 30 e 60, demonstrando a conjuntura sócio-econômica da organização burocrática capaz de mobilizar ações racionais, ou instrumentais, muito distintas das existentes até a década de 30, logo após compôs e efetivou políticas de intervenção que implicaram mudanças no aparelho produtivo, pelo menos no tocante à redefinição da sua dinâmica intersetorial. É exposto também pelo autor a desvalorização da moeda, relacionada à crise do café no qual fazia com que os produtos importados subissem, tal condição fez com que instaurasse grandes oportunidades de investimentos internos aumentando a capacidade produtiva.

          É mostrado a ineficiência do Estado como regulador, e desenvolvedor de uma economia primário-exportador, e a falta de engajamento nas adaptações do mercado internacional da época. Por fim, o autor mostra todo o processo de ascenção urbano industrial das decádas de 30 à 60.

        É importante ressaltar que para se construir uma esfera pública consistente demanda de um trabalho bastante árduo no qual leva-se anos para construir, levando em conta as condições modernas e pós-modernas, onde as diferenciações de interesses, devido as diferentes posições de classe, tendem a potencializar fragmentações sistemáticas entre elas mesmas, mas também levando em conta a políticas poderia sair importantes alianças em torno de estratégias divergentes.

Brasil (1955-2005): 25 anos de catching up, 25 anos de falling behind

O Artigo faz uma crítica, demonstrando que o Brasil teve 25 anos em recuperação possuindo uma parcela de crescimento e os outros 25 anos de atraso, essa conclusão se deu através de estudos com materiais e ideias neo-schumpeterianas em uma discussão acerca do desenvolvimento industrial brasileiro.

De 1950 até 1980 o ganho de participação no PIB teve como destaque o desempenho da economia brasileira. Nesse período 75% do ganho de participação latino-americano no PIB global deveu-se ao Brasil. Os 25 anos posteriores revelaram uma dinâmica extremamente distinta: praticamente todo o ganho de participação dos países em desenvolvimento no PIB global coube apenas à Ásia em desenvolvimento, com destaque para o desempenho dos NICS (Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura) e da China.

O Autor cita o modelo histórico-analítico de Perez sobre ondas de desenvolvimento, a partir dos estudos desse autor concluiu-se que os últimos 50 anos foram influenciados pelas dinâmicas particulares das duas últimas revoluções tecnológicas e pelo padrão típico dos fluxos internacionais de capitais dessas duas revoluções. Por intermédio desses fluxos internacionais que foi possível alcançar o paradigma em maturação na quarta revolução, e através dele que foi possível identificar as falhas para a entrada no processo tecno-econômico da quinta revolução.

Nas últimas duas ou três décadas de um paradigma, a onda de crescimento geralmente se difunde para a periferia, que, até então, havia tido poucas oportunidades de se industrializar. A opção pela estratégia de catching up ancorada na internacionalização produtiva, no período 1955-1980, obteve elevado êxito no que concerne à convergência nacional ao paradigma tecnoeconômico da quarta revolução tecnológica. O peso cada vez maior das empresas multinacionais na dinâmica econômica nacional internalizou indústrias emblemáticas do paradigma tecnológico em via de maturação. Por fim, após a leitura do texto, conclui-se que a estratégia de desenvolvimento internacional levou o Brasil a um baixo dinamismo econômico por muito tempo.

A experiência brasileira de planejamento econômico governamental federal: análise dos planos implementados e suas conseqüências.

Nesse texto, o autor expõe as experiências governamentais e econômicas no Brasil, ele analisa o planejamento econômico de quatro décadas, passando por relatório Simonsen (1944-45), nos diagnósticos da Missão Cooke (1942-43), da Missão Abbink (1948), da Comissão Mista Brasil ~ EUA (1951-53) e no Plano Salte (1946), no qual consistia em práticas de coordenação global, porém não foram efetivas, pois restringiram-se em, medidas setoriais e de racionalização.

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