A responsabilidade social é uma questão de estratégia?

Aluno: Felipe de Castro Sousa

Matrícula: 11711ADM209

Artigo Resumido: A responsabilidade social é uma questão de estratégia? Uma abordagem crítica

        O artigo em questão foca em trÊs importantes questões para desenvolvimentos na área da estratégia:

• A importância das grandes corporações na era da globalização, principalmente em países menos desenvolvidos;
• O aumento no número de escândalos corporativos - em paralelo à aproximação da área de estratégia do RSE;
• As críticas recentes em relação a área de conhecimento da estratégia e a importação - sem discriminação - do conteúdo produzido nos EUA;

        Com os recentes escândalos de grandes corporações - existe a necessidade de levar a estratégia como pilar da organização - mas o que é desconsiderado são os efeitos significativos sobre as sociedades - a execução da estratégia não está limitada às fronteiras da organização.

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        É demonstrado como a produção e disseminação dos discursos na área podem ajudar a legitimar práticas que são consideradas controversas. São identificados oito atores que realizam esse papel de legitimação: gurus, alta gerência, empresas de consultoria, instituições financeiras, escolas de negócios, imprensa, grupos de pressão (como investidores) e instituições públicas.

        Pela análise do artigo, as empresas de consultoria e a imprensa especializada são apontados como importantes produtores e consumidores de discursos de estratégia, para a formação da bolha de Enron que aconteceu ao longo dos anos 90.

        A terceira seção remonta a história da Responsabilidade Social Empresarial - desde 1900 até os dias atuais - passando pelos dilemas morais enfrentados por executivos nos primeiros anos da década - avançando para a segunda fase da responsabilidade social, que aconteceu entre 1960 e 1980 e ficou marcada principalmente pela tentativa de ressignificar a RSE de forma mais precisa.

Isso aconteceu, em parte, pelo cenário de contestações e de turbulência social da década de 1960, quando grandes empresas se tornaram alvos de reivindicações sociais. Em 70, os debates são voltados para a responsabilidade social das empresas para com a economia política - assim como os limites de crescimento.

Posteriormente, avançou até a terceira fase da RSE, que acontece desde 1980 - onde as preocupações com ajuste fiscal e diminuição do tamanho do estado, liberalização do comércio internacional e a globalização ganham a cena. É nesse período que várias potências mundiais tiveram governos de direita  cm o objetivo de reverter os problemas políticos e econômicos enfrentados pelos EUA.

A seção 4, posteriormente, explica em detalhes as três principais abordagens presentes na Responsabilidade Social Empresarial:

• A abordagem normativa;
• A abordagem contratual;
• A abordagem estratégica;

        A primeira baseia-se no argumento de que as atividades empresariais estão sujeitas a julgamento moral da sociedade. Segundo essa corrente, a estrutura decisória interna da empresa reflete nas intenções das pessoas que a comanda.

        A segunda abordagem (contratual), tem seu pilar na ideia de que existe uma interdependência entre empresas e sociedades - muito semelhante ao contrato social de Hobbes - onde a sociedade legitima a existência da empresa, que lhe reconhece concedendo autoridade para utilizar recursos, empregar pessoas e comercializar produtos.