A visibilidade da mulher na ciência e seus desafios
Por: Brenda Ribeiro • 19/9/2022 • Relatório de pesquisa • 923 Palavras (4 Páginas) • 126 Visualizações
Nona redação, 19/07/2022
A visibilidade da mulher na ciência e seus desafios
Marie Skłodowska Currie não teve seu nome indicado ao Nobel, pelos benefícios da descoberta da radioatividade, mesmo após seu marido dizer que só iria receber o prêmio junto da esposa, da qual teve tanta participação quanto ele. Infelizmente, a cultura patriarcal que implicou na entrega tanto do primeiro, quanto no segundo Nobel da cientista, atormenta mulheres na área da ciência até os dias de hoje, deixando claro o quanto é necessário aumentar sua representatividade no campo.
A comunidade científica acredita que o patriarcado surgiu ainda na Idade da Pedra, quando os primeiros povos nômades começaram a dividir suas tarefas. As mulheres, encarregadas da agricultura e cuidar dos filhos. Enquanto os homens, a caça, enfrentando os animais ferozes e trazendo comida para casa. Essa ideologia reflete nos dias de hoje, trazendo a ideia de que as mulheres só são bem-sucedidas em atividades domésticas, enquanto os homens, devem ser responsáveis pelo mercado de trabalho. E daí então, a superioridade masculina. Contudo, na área da ciência, esse caso reflete na história de Margaret Rossiter, que apontou no início da década de 80, os preconceitos impostos as mulheres no trabalho. Sendo delegadas a tarefas repetitivas e consideradas “femininas”, isso as deixavam fora dos círculos de decisão, e dessa forma, as impossibilitava de subir na carreira, não acompanhando seus colegas homens.
Entretanto, a sociedade vem trazendo mudanças com a crescente força dos movimentos feministas, que com a imposição de inclusão e representatividade feminina, trouxe a criação do primeiro banheiro feminino no plenário do senado brasileiro, inexistente até 2016. Contudo, em 2015, o Censo da Educação Superior apontou que 60% dos concluintes de curso superior são mulheres, todavia, no ramo da ciência, o número cai para 41%. O que implica que o comportamento ausente das mulheres ainda vem se repetindo.
Portanto, o Governo deve incentivar o público feminino, através de campanhas educativas nas escolas e projetos interativos, tais como feiras e olímpiadas científicas. A fim de garantir o contato dos alunos com a área desde pequenos, e mostrar as mulheres que há várias possibilidades dentro do ramo. Além de, o comprometimento do Ministério da Educação e do Ministério do trabalho, para o direcionamento das unidades de ensino e do mercado de trabalho proporcionais a demanda feminina, através da criação de uma legislação restrita, e assim, certificando a igualdade de oportunidades.
Marie Skłodowska Currie não teve seu nome indicado ao Nobel pelos benefícios da descoberta da radioatividade, mesmo após seu marido dizer que só iria receber o prêmio junto da esposa, da qual teve tanta participação quanto ele. Infelizmente, a cultura patriarcal que implicou na entrega do prêmio da cientista, atormenta mulheres na área da ciência até os dias de hoje, deixando claro o quanto é necessário prezar por sua representatividade no campo.
A definição de patriarcado se dá pela forma de organização social em que predomina a autoridade paterna. Naturalmente, esses padrões são gerados desde a educação, trazendo logo quando criança, o entendimento do comportamento pertencentes à homens e mulheres, como se deve “gostar de rosa ou de azul”. Contudo, na ciência, esse caso se demonstra no estudo realizado pela UNESCO em 2018, onde foram entrevistadas crianças entre 6 e 10 anos, além de pais e professores de São aulo, Buenos Aires e da Cidade do México, de nível socioeconômico médio e baixo, para saber o que pensam sobre Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (sigla STEM, em inglês). E, infelizmente, constatou-se que nove entre dez meninas associam engenharia a afinidades masculinas, mesmo após afirmarem que as quatros áreas STEM podem ser desenvolvidas por homens e mulheres
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