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ANÁLISE ORGANIZACIONAL, SISTEMAS E MÉTODOS

Por:   •  8/11/2018  •  Resenha  •  1.504 Palavras (7 Páginas)  •  265 Visualizações

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A Natureza entra em Cena

As organizações vistas como organismos

É possível pensar nas organizações como se fosse sistemas vivos.

Dessa forma, as organizações são concebidas como sistemas vivos, que existem em um ambiente mais amplo do qual dependem em termos da satisfação das suas várias necessidades. Assim à medida que se olha à volta do mundo da organização, percebe-se que é possível identificar diferentes tipos de organizações em diferentes tipos de ambientes.

A metáfora do organismo ajudou os teóricos organizacionais a identificar e estudar diferentes necessidades das organizações enquanto “sistema abertos”, o processo de adaptação das organizações aos ambientes, os ciclos de vida organizacionais, os fatores que influenciam a saúde e desenvolvimento organizacional, as diferentes espécies de organização, bem como as relações entre as espécies e a sua ecologia.

A descoberta das necessidades organizacionais

A teoria organizacional desenvolve a ideia de que os empregados sejam pessoas com necessidades complexas que necessitam ser satisfeitas a fim de levarem vidas plenas e sadias, bem como desempenharem eficazmente em situação de trabalho. Os empregados trabalham melhor quando se sentem motivados pelas tarefas que devem desempenhar e que o processo da motivação dependem de se permitir às pessoas atingirem recompensas que satisfaçam a suas necessidades pessoais.

Os teóricos da administração clássica foram capazes de ver o planejamento das organizações como um problema técnico, e a tarefa de encorajaras pessoas para que se sujeitassem às solicitações da organização-máquina foi reduzida a um problema de pagar o valor certo para a tarefa.

Teorias da motivação, tais como a do pioneiro Abraham Maslow, apresentaram o ser humano como um tipo de organismo psicológico que luta para satisfazer as suas necessidades numa busca de completo crescimento e desenvolvimento. Essa teoria sugeriu que os seres humanos são motivados por uma hierarquia de necessidades que progride através de diferentes tipos, a saber, fisiológicas, sociais e psicológicas e teve implicações muito graves, pois considerou que as organizações burocráticas, que procuravam motivar os empregados através do dinheiro ou simplesmente por oferecerem segurança no emprego, confinavam o desenvolvimento humano ao nível mais baixo da hierarquia de necessidades. A ideia de integrar as necessidades individuais e organizacionais transformou-se numa poderosa força.

Atenção especial foi dada a ideia de que, fazendo os empregados se sentirem mais úteis e importantes, dando a eles cargos significativo, bem como autonomia, responsabilidades e reconhecimento tanto quanto possível, isto seria um meio de envolvê-los mais no seu trabalho.

Essas ideias desenvolveram a base para o que chamamos atualmente administração de recursos humanos.

O reconhecimento da importância do ambiente: as organizações vistas como sistemas abertos

Os indivíduos e as organizações têm a necessidade de um ambiente amplo para se serem satisfeitos. O teórico Ludwig von Bertalanffy criou um sistema fundamentalista em que as organizações são organismos “abertos” ao seu ambiente, portanto a relação entre eles deve ser apropriada para a sobrevivência.

Os sistemas abertos possuem assuntos essenciais. O primeiro dá ênfase ao ambiente em que a organização faz parte, desde as interações diretas, como os clientes, até em interações com o ambiente de modo geral, levando em consideração que tanto o ambiente quanto a organização são sensíveis às mudanças. O segundo define a organização como um conjunto de subsistemas inter-relacionados, esses subsistemas são os indivíduos que fazem parte dos grupos que pertencem a organização e assim por diante. O terceiro aspecto é sobre estabelecer congruências entre os sistemas e eliminar as disfunções. O sistema aberto encoraja o balanceamento dos subsistemas.

Na análise organizacional é preciso dar importância à alguns conceitos:

Conceito de sistemas abertos: os sistemas orgânicos existem em um contínuo processo de trocas com o ambiente, fato importante para a sobrevivência e forma do sistema, por são considerados “sistemas vivos”. É uma contínua alimentação, transformação, saída e retro-alimentação.

Homeostase: capacidade de conservar o estado de equilíbrio. Regula e controla o funcionamento do sistema baseado na relação dos sistemas.

Entropia e entropia negativa: tendência a deteriorar, característica dos sistemas fechados. E sustentação para compensar as tendências entrópicas nos sistemas abertos.

Estrutura, função, diferenciação e integração: o relacionamento desses conceitos são importantes, já que o sistema aberto é bastante complexo. A estrutura é complexa, depende da existência das funções que são diferenciadas e especializadas.

Variedade de requisito: propõe que os mecanismos internos de regulação sejam tão diversos como o ambiente, e relaciona-se com a ideia de diferenciação e integração. O sistema que se isola tende a se atrofiar perder a complexidade.

Equifinalidade: é o princípio em que um sistema aberto podem existir meios diferentes de atingir o estado final.

Evolução do sistema: habilidade em lidar com desafios e oportunidades, considerando a diferenciação e integração com a interação com uma variedade de sistemas.

A Teoria contingencial: a adaptação da organização ao ambiente

Organizações são sistemas abertos que necessitam de cuidadosa administração para satisfazer e equilibrar necessidades internas, como adaptar-se a circunstâncias ambientais. Não existe a melhor forma de organizar, a forma adequada depende do tipo de tarefa ou do ambiente dentro do qual se está lidando. Essas são as principais ideias subjacentes ao enfoque contingencial da organização

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