APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

Fale sobre de que maneiras a APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL pode vir a ser um instrumento de grande valor para a gestão pública.

Segundo Camargo (2009) o mundo atual demanda contínua capacitação. Desta forma, espaços de qualificação dentro das organizações para o desenvolvimento de competências específicas para o trabalho com objetivo de maximização do capital intelectual se traduzem em melhor qualidade na entrega de produtos e serviços, ótimo retorno de investimentos e dá lugar a realização pessoal destes colaboradores.

A gestão pública, cujo objetivo não é o lucro mas o serviço à comunidade, também se beneficia de processos de aprendizagem, mas enfrenta obstáculos próprios:

Ao contrário do que prevalece no setor privado, ao se estudar o setor público, faz-se necessária uma argumentação mais sólida sobre a necessidade de mudança […] Na esfera pública, globalização, pressão competitiva e natureza variável do trabalho não são argumentos suficientes. Deve-se considerar, também, que os Estados nacionais estão perdendo poder de tomada de decisão, meios para o desenvolvimento suas políticas, bem como legitimidade perante a sociedade. Desafiadas a lidar com um novo contexto, as organizações públicas precisam desenvolver sua capacidade de aprendizagem coletiva. (BRAGA et al, 20018, p.2-3)

A aprendizagem organizacional tem o potencial de agregar a esta gestão pública a comunicação, transparência e integração interpessoal que a aprendizagem individual necessita para atingir o nível organizacional. A criação de novas formas de agir como produto para processos de institucionalização que melhoram o desempenho desta organização (BASTOS, GONDIM e LOIOLA, 2004).

A cultura organizacional das organizações públicas brasileiras são, em geral, uma das principais dificuldades nesse processo. Cabe ao administrador público, portanto, ser capaz de transpor a resistência à modificação desta cultura e o controle burocrático em prol de um planejamento integrado, implementação efetiva e estrutura de avaliação e suporte ao processo de aprendizagem organizacional (BRAGA et al, 20018).

Referências:

BASTOS, A. V. B.; GONDIM, S. M. G.; LOIOLA, E. Aprendizagem organizacional versus organizações que aprendem: características e desafios que cercam essas duas abordagens de pesquisa. Revista de Administração, v. 39, n. 3, p. 220-230, 2004. Disponível em: <http://www.spell.org.br/documentos/ver/16796/aprendizagem-organizacional-versus-organizacoes-que-aprendem--caracteristicas-e-desafios-que-cercam-essas-duas-abordagens-de-pesquisa/i/pt-br >. Acessado em: 07 mai. 2018.

BRAGA, R. E. C. et al. Aprendizagem Organizacional no Setor Público: Um Estudo Focado nas Contribuições da Área de Recursos Humanos. In: Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD, 5. 2008, Belo Horizonte. p. 1-16 Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EnEO191.pdf>. Acessado em: 07 mai. 2018.

CAMARGO, D. de. Psicologia Organizacional. Brasília, CAPES: UAB, 2009.