AS DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E DIFERENÇAS SOCIAIS
Por: Jennifer Ortega • 26/7/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 623 Palavras (3 Páginas) • 142 Visualizações
Introdução
AS DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E DIFERENÇAS SOCIAIS
Uma das principais marcas negativas da sociedade brasileira é a desigualdade social. Deste modo usaremos a cidade do Rio de Janeiro como exemplo.
Além de conter particularidades como a beleza marcante dos pontos turísticos e a diversidade de lugares e pessoas, onde classes altas e baixas dividem o mesmo espaço geográfico, nossa cidade tem como divisão as zonas (Oeste, Sul, Norte e Central), onde há favelas por todas essas zonas citadas.
Segundo pesquisa feita pelo IBGE “no ano de 2010 foi constatado que existem 763 favelas na cidade, que afirma que 22% da população do Rio de Janeiro mora em favelas.” [1]. Com isso vemos que ainda existe um “muro” que nos separa.
Apesar das pesquisas, como por exemplo a citada acima, podemos ver com nossos próprios olhos que existe sim a desigualdade social e econômica, é só sair de casa e andar pela cidade que vemos como se diferem de forma “sutil ou escancarada”.
VIVENCIA EM AMBIENTE DE DESIGUALDADE E EXCLUSÃO SOCIAL
Eu por exemplo vivi desde que nasci até os meus vinte anos em uma comunidade chamada “Vila Vintém” em Padre Miguel RJ. Cresci vendo coisas que outras pessoas talvez viveriam uma vida inteira e não presenciariam.
Uma história que vivenciei e na qual me marcou foi um dia em que dormi na casa de uma amiga que morava a 5 ruas da minha, pela manhã eu voltando para a minha casa houve uma operação da polícia onde fiquei em meio a um tiroteio, e o que mais me surpreendeu foi que havia pessoas que ficavam na rua mesmo com o “fogo cruzado”, sem demonstrar medo, algumas saíram de casa para ver a rua, principalmente alguns donos de comércio que não fecharam. Percebi como era normal para essas pessoas tais situações, já eu que nunca havia estado na rua em uma operação policial, fiquei muito assustada, mas consegui me abrigar em uma garagem de uma casa, que por sorte estava aberta.
Uma bala já atingiu a janela do meu quarto, minha sorte e da minha família foi que não tinha ninguém em casa nesse dia. Quando enfim tive a oportunidade de sair da comunidade, eu aproveitei, não esquecendo nem deixando de lado as minhas raízes, tudo que vivi e aprendi, mas para ter mais segurança e cidadania, poder ter um futuro melhor e filhos em um ambiente em que haja mais segurança e liberdade sem tanto medo, tive que sair daquela realidade.
DESIGUALDADE EDUCACIONAL
Para moradores de favela como eu, creio que muitos se não todos já passaram por essa situação de ter que deixar de ir à escola inúmeras vezes por conta de operações policiais. Sempre estudei em escolas públicas e por conta disso hoje vejo com muita clareza como não investem no ensino básico merecido por todos, desde os materiais necessários para os professores e alunos, uniformes, higiene básica e a estrutura estética do ambiente que muita das vezes não é nada agradável. Muitos alunos não almoçavam em casa porque almoçar na escola era uma forma mais viável para famílias de baixa renda, e com isso só jantavam e poupavam a comida para que não acabasse rapidamente .
CONCLUSÃO
A desigualdade deve ser problematizada e combatida, nós queremos ser vistos como iguais pela sociedade apesar das nossas diferenças. Periféricos, religiosos ou não, independente da sexualidade, todos temos os mesmos direitos, mas não cabe só a nós essa luta.
O governo deve criar mais projetos de inclusão para as pessoas que vivem em favelas, periferias e possuem baixa renda. Usando a internet, televisão como formas de comunicação com toda a cidade e país, trazendo conteúdos de conhecimento e conscientização geral em cima da realidade que temos vivido, mostrar que o diferente não precisa ser tratado de forma desigual.
...