AS NOVAS ECONOMIAS, NOVOS VALORES E A EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES
Por: paulobuzzo • 4/9/2018 • Trabalho acadêmico • 2.352 Palavras (10 Páginas) • 1.043 Visualizações
NOVAS ECONOMIAS, NOVOS VALORES E A EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES
RESUMO
O objetivo deste projeto é destacar a importância da sustentabilidade e dos valores sociais colaborativos no surgimento de novos modelos organizacionais e formas de economia, analisando- se as características destas novas formas que se modelam de acordo com a necessidade imposta pelo ambiente de negócios da atualidade.
São abordados, também, o conceito e os aspectos que caracterizam os novos modelos de empresas, a função dos valores na orientação do comportamento humano nas organizações, o impacto da preocupação com sustentabilidade do ponto de vista do consumidor e do trabalhador nestes modelos.
A partir disso, utilizando as disciplinas estudadas neste primeiro semestre do curso de Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de São Bernardo do Campo – FATEC SBC, fazemos um estudo do modo pelo qual sustentabilidade e valores sociais colaborativos ganham maior importância e conduzem o surgimento destas novas economias e modelos de gestão.
INTRODUÇÃO
Thomas Malthus (1766-1834) dizia que a população cresceria mais que a capacidade de produzirmos alimentos e que, por isto, faltaria comida e haveria mortes. Já somos 8 bilhões, mas com tecnologia e criatividade a previsão não se concretizou. E novas previsões surgiram diante de novas crises como indisponibilidade de água potável, quantidade de lixo produzido, epidemias, aquecimento global e concentração de riqueza, por exemplos. Diante destes novos desafios, buscamos formas de vivermos neste mundo, assim surgem conceitos como sustentabilidade e colaboração.
Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável, ou seja, um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. Segundo BARBIERI (2007, p. 98-99): Organização sustentável é a que simultaneamente procura ser eficiente em termos econômicos, respeitar a capacidade de suporte do meio ambiente e ser instrumento de justiça social, promovendo a inclusão social, a proteção às minorias e grupos vulneráveis, o equilíbrio entre os gêneros etc.
O termo Economia Colaborativa é mais recente, mas a necessidade de repensar os modelos da economia tradicional gerador de um consumismo exagerado e crescente concentração de riqueza é mais antiga. O termo "Consumo Colaborativo" surgiu no ano 2000, com o maior acesso às tecnologias de informação e comunicação, o esgotamento de recursos naturais e o aumento da preocupação com sustentabilidade. Da união de três pilares Social, Econômico e Tecnológico surgem as empresas e grupos de consumo colaborativos. A Economia Colaborativa é forma de pensar e agir centrada na diminuição dos desperdícios, do aumento da eficiência, eficácia e produtividade e baseada no uso consciente dos recursos naturais.
A proposta apresentada neste estudo é analisar como estes dois termos: Sustentabilidade e Colaboração tem influenciado o surgimento de novos modelos de gestão e novas estruturas organizacionais, como as relações e comportamentos humanos tem se atualizado, ao mesmo tempo buscando grandes exemplos em empresas de diferentes tamanhos, como forma de compará-las entre si e ao modelos tracionais quanto a desempenho, eficiência e eficácia econômica e na construção de uma sociedade melhor.
NOVAS ECONOMIAS E VALORES E A EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES
MODELOS DE ORGANIZAÇÕES TRADICIONAIS
Nas organizações tradicionais, o poder e a influência não estão nas mãos dos trabalhadores. Numa hierarquia de cima para baixo, a responsabilidade está no topo da pirâmide: o gestor de topo detém o poder de decisão, cujas ordens fluem para as tropas até às linhas da frente.
Em Administração Geral, segundo Max Weber, suas características são: caráter legal das normas e regulamentos, caráter formal das comunicações, caráter racional e divisão do trabalho, impessoalidade nas relações, hierarquia da autoridade, rotinas e processos padronizados, competência técnica e meritocracia, especialização da administração, profissionalização dos participantes, completa previsibilidade do funcionamento.
Os pesquisadores Burns e Stalker observaram que as empresas que queriam atuar em mercados mais dinâmicos abandonaram as características das organizações mecanicistas. Enquanto no modelo mecanicista encontramos características como: busca por eficiência e aversão ao risco, elevado nível de especialização dos cargos, tarefas de escopo reduzido, centralização das decisões, estilo de liderança autocrático, regras e regulamentos bem definidos e por escrito, hierarquia rígida e as relações humanas formais. No modelo orgânico temos: busca por eficácia, adaptabilidade e propensão ao risco; ampla participação dos funcionários no processo de decisão; estilo de liderança democrático; reduzido nível de especialização; tarefas de amplo escopo, cargos definidos de modo impreciso e uma hierarquia imprecisa.
Para se adaptar a variáveis internas e externas, como estratégia, tecnologia, ambiente e recursos humanos, as organizações determinam o grau de afastamento ou a rigidez que aderem a estes dois modelos a fim de atingir seus objetivos.
Essas características vindas do método de produção Taylorista, ainda atuantes, estão sendo confrontadas pelas novas formas de organizações do século XXI. Como avanço tecnológico e a exploração exacerbada dos recursos naturais trouxeram muitos problemas colaterais ao meio ambiente e à sociedade, as empresas precisam se reinventar e valorizar seus recursos. As pessoas, na atual Sociedade do Conhecimento preocupam-se com bem-estar, valores éticos e não apenas no lucro.
OS NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS
Com as mudanças nas relações trabalhistas, o advento da internet, a valorização do bem-estar humano, preocupação com recursos naturais e o aumento da competividade com a globalização, foi imprescindível a busca por novos modelos de organizações, surgindo assim a Economia Colaborativa, Economia Compartilhada, Criativa e o cooperativismo. A cadeia de valor desses modelos mostra como empresas podem reavaliar seus negócios tornando-se “Prestadoras de Serviços”, “Fomentadoras de Mercado” ou “Provedoras de Plataformas”. (Portal E-Commerce, Cássio Krupinsk - 14/01/2014).
1. Economia Colaborativa
Relacionada ao social, parte do
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