Artigo Contrato Performance
Por: Christian Ferraz • 7/11/2015 • Trabalho acadêmico • 4.827 Palavras (20 Páginas) • 206 Visualizações
2 DESENVOLVIMENTO
No mundo globalizado, competitividade e eficiência são essenciais, o que exige um maior planejamento pessoal e/ou organizacional, visto que o número de variáveis envolvidas nos processos é cada vez maior. Saber reconhecer/identificar e valorar essas variáveis pode determinar o sucesso ou não de uma organização ou projeto, definindo sua viabilidade e os “riscos” envolvidos. Muito se tem investido em ferramentas que contribuem na identificação, controle e monitoramento desses riscos. O PMBOK é uma dessas ferramentas mais conhecida, utilizada em âmbito mundial e de reconhecida eficiência no que se refere a “Gerenciamento de riscos em projetos”. Ao associar o PMBOK a outras ferramentas de gestão é possível maximizar resultados, gerenciar os riscos em contratos de performance e sobreviver em um mercado cada vez mais exigente, competitivo e com margens de lucro menores.
2.1 PROJETOS
Há algum tempo que a palavra projeto vem sendo utilizada de forma corriqueira no meio empresarial em âmbito mundial, o crescente estudo e a preocupação no seu tratamento também é evidente.
Vargas define projeto da seguinte forma:
Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade. (2009, pg.56)
Um dado comum encontrado em vários conceitos de projetos é a característica de ser único e talvez por essa singularidade, cada projeto merece ter uma gestão específica.
2.1.1 GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Gerenciar projetos tornou-se necessário para todo empreendimento que quer se destacar, independente da área de atuação ou dimensão do projeto. Para isso, se faz necessário a aplicação de metodologias e práticas para tentar garantir esse sucesso esperado.
Sobre os benefícios do gerenciamento de projetos, Vargas relata que:
A principal vantagem do gerenciamento de projetos é que ele não é restrito a projetos gigantescos, de alta complexidade e custo. Ele pode ser aplicado em empreendimentos de qualquer complexidade, orçamento e tamanho, em qualquer linha de negócios. (2009, pg.96)
No cenário mundial, existem organizações voltadas para certificações em gerenciamento de projetos, dentre elas estão: Internacional Project Management Association (IPMA) fundada na Suíça, Project Managment Professional (PMP) e Certified Associate in Project Management (CAPM) do Project Managment Institute (PMI) e por fim, a certificação do Australiam Institute of Project Managment (AIPM). Apesar das semelhanças nas abordagens do gerenciamento de projetos em seus conceitos, cada um tem sua particularidade em descrevê-los.
O PMBOK está dentro das metodologias propostas pelo PMI que se resumem em dez áreas de atuação conhecidas como áreas de conhecimento.
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Cada área do conhecimento citado anteriormente é gerenciável. Dentro de um projeto, gerenciar risco talvez exija o maior esforço, pois a partir do momento em que se assume gerenciar um projeto, o risco se torna eminente.
2.1.1.2 GERENCIAMENTO DE RISCO
2.1.1.2.1 Riscos
Saber como gerenciar os riscos é fundamental dentro dos processos de um projeto.
O Dicionário Aurélio define que o risco é um “Perigo ou possibilidade de perigo. Situação em que há probabilidades mais ou menos previsíveis de perda ou ganho.”; o que é corroborado pelo PMBOK (2004, pg. 327) quando afirma ser o risco um “evento ou uma condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo nos objetivos dos projetos”.
É interessante notar nos conceitos acima a ambiguidade no que se diz respeito de que o risco pode trazer tanto um ponto negativo quanto um ponto positivo, perda ou ganho, ao contrário do senso comum de que o risco é apenas algo ruim.
Mulcahy (2009, pg. 375) dá ênfase a respeito dos riscos positivos afirmando que “um risco é algo que pode ou não ocorrer. Se ocorrer pode ter um impacto positivo ou negativo no projeto. Não se esqueça de que podem ocorrer os impactos positivos, os riscos bons, chamados de oportunidades”.
Os riscos considerados como ponto negativo, são chamados de ameaças.
A matriz SWOT é uma das ferramentas utilizadas no gerenciamento de riscos que associada ao PMBOK possibilita fazer uma análise mais precisa do ambiente do projeto em questão. Ela é utilizada para arranjar ou averiguar o estado e o posicionamento estratégico de um empreendimento (MCCREADIE, 2008). Através de uma análise de ambientes internos e externo, mostra os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças.
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É fato que os administradores estão mais preocupados com os pontos negativos, pois isso pode comprometer todo um trabalho. Caso um risco com influências negativas no projeto não seja identificado, ou mesmo se identificado, não seja tratado, todo o projeto poderá fracassar.
O PMBOK (2004, pg. 227) diz que “o risco do projeto tem origem na incerteza existente em todos os projetos.” PMBOK (2004, pg.228) afirma ainda que “As organizações percebem o risco como efeito da incerteza nos objetivos organizacionais e do projeto.”.
Uma das principais diferenças entre risco e incerteza está na precisão da probabilidade de acontecimentos do evento. Para o risco, são tomadas decisões oriundas de possibilidades já conhecidas. No caso das incertezas é impossível atribuir estimativas numéricas, devido a não existência de informações decorrentes de um evento. Isso é o que defende Perminova, Gustafsson e Wikstrom (2008), que os riscos e incertezas se diferem.
No tratamento do risco, segundo o PMBOK (2009), sugere que sejam tomadas decisões, que nem sempre são tarefas simples para o gestor. Este deve dar atenção especial a este ponto, pois não deve contar com a sorte, principalmente se o risco for ocasionar pontos negativos ao projeto.
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