As determinações do trabalho no modo de produção capitalista
Por: inerg • 21/5/2015 • Artigo • 5.069 Palavras (21 Páginas) • 366 Visualizações
As determinações do trabalho no modo de produção ca
pitalista
Amanda Larissa Magalhães Ferreira
1
Luciene de Barros correia Teotonio
2
Sanney Karoliny Calixto Barbosa
3
Resumo:
O presente artigo tem como objetivo
analisar as determinações do trabalho no modo de
produção capitalista, para tanto, partimos da discu
ssão acerca do trabalho como categoria universal,
necessária a qualquer formação social
. Essa pesquisa ocorreu a partir de uma investigaçã
o
bibliográfica, com referencial teórico marxiana e d
e autores alinhados a perspectiva crítico-
histórica.
Ao adentrar na discussão sobre o modo de produção
capitalista focamos no fato de que a
partir deste contexto o trabalho ganha uma nova car
acterística, pois, os valores de uso resultado do
processo de trabalho, passam a ser subordinados pel
os capitalistas ao serem transformados em
valores de troca. Esta afirmação não significa dize
r que no capitalismo os valores de uso deixem de
existir, mas que sua produção será subordinada a ló
gica do mercado. Diante dessa discussão
inerente ao modo de produção capitalista é enfatiza
do aspectos gerais acerca das contradições e
desigualdades inerente ao modo de produção capitali
sta que caracteristicamente possui desde sua
gênese até os tempos contemporâneos a priori reduçã
o do seu objetivo que se resume na garantia do
lucro capitalista e na diminuição dos homens a mera
mercadoria.
Palavras chaves: Modo de produção capitalista
,
trabalho, trabalho abstrato.
1.
INTRODUÇÃO
Toda sociedade necessita produzir sua riqueza mater
ial e para que essa produção aconteça,
faz-se necessário que o homem transforme a natureza
em valores de uso. Ao converter a natureza
em meios de subsistência ou de produção, o homem at
ua de forma consciente e intencional,
controlando e executando sua ação através de seus m
embros corpóreos contra os elementos da
natureza. O desenvolvimento desta ação consciente r
esulta em algo necessariamente novo, atuando
de formas variadas conforme suas necessidades, o qu
e implica numa distinção da ação humana de
qualquer atividade natural. Sendo o trabalho uma ca
tegoria universal e pertencente a todas as
formações sociais, ela também ocorrerá na sociedade
burguesa, entretanto, em razão da necessidade
do capital gerar lucro, o trabalho e a produção de
valores de uso encontra-se submetido a lógica da
produção da mercadoria. Assim sendo os imperativos
da lucratividade estarão num patamar
superior aos da produção voltadas para o atendiment
o das legítimas necessidades humanas. A
totalidade da riqueza social no modo da produção ca
pitalista, embora tenha seus fundamentos
inelimináveis na produção material realizada no int
ercâmbio orgânico do homem com a natureza,
sua reprodução se dá pela apropriação da mais-valia
. O interesse do sistema capitalista volta-se para
o retorno que os valores de uso trarão ao serem tro
cados, mercantilizados, ou seja, será produzido
aquilo que for lucrativo. Estando os valores de uso
submetidos a lógica dos valores de troca, o
próprio trabalhador não produz apenas mercadorias,
ele também é uma mercadoria, entretanto,
diferentemente das demais mercadorias, essa é a úni
ca capaz de gerar a riqueza apropriada pelos
detentores dos meios de produção, a burguesia. Atra
vés do trabalho assalariado e da exploração da
classe trabalhadora, ocorre a apropriação da riquez
a, que ao ficar concentrada nas mãos de poucos,
1
E-mail: amandamagalhaesf@hotmail.com - Aluna gradu
ada do Curso de Serviço Social da Faculdade Integra
da
Tiradentes
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