Trabalho Alienado E Modo De Produção Capitalista
Dissertações: Trabalho Alienado E Modo De Produção Capitalista. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: juh_guedes • 13/3/2014 • 1.000 Palavras (4 Páginas) • 989 Visualizações
O trabalho, genericamente falando, é o processo através do qual o homem produz as coisas necessárias à sua existência através da transformação da natureza. É uma atividade social, constituindo formas de relacionamentos com outras pessoas.
Para executar o trabalho, o homem passa a exercer relações de produção, constituídas pelo conjunto de relações estabelecidas na sociedade na qual os homens estão inseridos, não apenas por relações no local de trabalho. É importante observar que o trabalho não se limita à produção de bens materiais, mas sim a produção de condições que permitam aos homens relacionar-se entre si e com o meio em que estão inseridos. Essa característica cíclica das relações sociais de trabalho não é natural, e sim histórica, desenvolvida ao longo do tempo, que se altera conforme a época, a cultura e a sociedade em questão.
Para a execução do trabalho é necessário que haja os meios de produção (os objetos e os meios de trabalho). Mas a existência dos meios de produção é insuficiente para a obtenção do produto; necessita-se, ainda, da força de trabalho, que determina a produtividade do trabalho.
A expressão “modo de produção” refere-se ao modo de vida vigente de uma sociedade num dado momento. Assim, pode-se perceber que as relações sociais realmente não são intrínsecas ao ser humano, mas sim historicamente apreendidas da sociedade e mantidas por esta.
Marx compreende que o único tipo de trabalho produtivo é aquele que gera/agrega valor a um bem material. Assim, o trabalho de prestação de serviços, por exemplo, de um professor, é dito improdutivo pela teoria Marxista.
Marx ainda atribui aos objetos os conceitos de valor de uso e valor de troca. O valor de uso é aquele que está atrelado ao objeto e sua utilidade (por exemplo: uma calça serve para vestir os membros inferiores e seu valor de uso refere-se a sua utilidade). Já o valor de troca é muito mais abstrato e não mensurável, atribuído pela sociedade (por exemplo, a calça da Levis tem um valor de troca agregado por conta da marca que traz, apesar de ser uma calça com a mesma utilidade de uma calça de outra marca). É interessante observar que o valor de troca é atribuído pelo trabalho humano incorporado na mercadoria.
O sistema capitalista surge quando a soma de riquezas não se destina simplesmente à satisfação das necessidades reais ou imaginárias, mas sim a geração de mais riqueza. O valor de uso passa a ser apenas uma forma de alcançar a forma principal do produto: o valor de troca.
No capitalismo, o operário vende a sua força de trabalho, a única mercadoria que possui, para que possa “sustentar” o sistema capitalista, e o faz sem perceber essa característica. Por outro lado, o detentor dos meios de produção compra a força de trabalho vendida pelo operário, também “sustentando” o sistema capitalista, mas, neste caso, ele compra a força de trabalho por um valor bem menor do que ela realmente custa, caracterizando a exploração social.
A teoria de Marx baseia-se na fundamentação de que no capitalismo a injustiça social estaria sempre presente, e que o único jeito que o detentor dos meios de produção encontra para obter cada vez mais lucro, mais-valia e assim expandir mais seus negócios gerando um ciclo sem começo, meio e fim seria explorando os trabalhadores. O capitalismo, de acordo com Marx, é selvagem, pois o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e se apresenta necessariamente em um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema. A mais-valia é constituída pela diferença entre o preço pelo qual o empresário compra a força de trabalho (6h) e o preço pelo qual
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