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CRISE ECONÔMICA MUNDIAL 2008

Por:   •  12/3/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.169 Palavras (5 Páginas)  •  220 Visualizações

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CRISE ECONÔMICA MUNDIAL 2008

A crise que iniciou no ano 2008 nos Estados Unidos se espalhou muito rapidamente para os países da Europa e logo afetou o resto do mundo. Anos antes dessa crise, diversos países vinham vivendo uma crescente econômica que parecia que nunca teria um fim. Porém, esse ritmo acelerado da economia global chegou a um nível que não foi possível ser mantido.

Dentre os principais motivos da crise econômica mundial estavam o endividamento público dos Estados Unidos e a fragilidade das instituições financeiras em vários países.

A economia já apresentava sinais de desaceleramentos em níveis mundiais visto que existia um quadro de desiquilíbrio em diversos setores da maior economia mundial – os Estados Unidos.

Os Estados Unidos estavam vivendo um momento em que importavam mais do que exportavam, e ao invés de conter gastos e despesas, os americanos passaram a receber ajuda financeira de países como China e Inglaterra. Com esse dinheiro vindo do exterior, os bancos americanos passaram a oferecer ainda mais créditos, inclusive aos clientes que eram considerados clientes de risco. Os bancos passaram a misturar dívidas de baixo  risco com dívidas de alto  risco e montaram diversos pacotes de créditos, as chamadas CDOs. Eles vendiam as CDOs para investidores do mundo todo, principalmente para o mercado europeu.

Com essa facilidade momentânea, aproveitando-se das baixas taxas de juros e da grande oferta de crédito, os consumidores americanos compraram e gastaram abusivamente, principalmente no mercado imobiliário, surgindo assim aquela que ficou conhecida mundialmente como ‘Bolha Imobiliária’. Ou seja, essa expansão de crédito financiou a Bolha Imobiliária, já que a grande demanda fez com que aumentassem os preços dos imóveis, supervalorizando-os a partir disso.

Entretanto, em um determinado momento as taxas de juros começaram a subir, o que desencadeou uma cadeia de consequências financeiras, causando um efeito dominó na economia mundial.

Com essa alta nos juros, diminuíram a procura pelos imóveis e caíram os preços deles. Essa evaporação do crédito resultou também numa rápida e profunda queda da produção industrial e do comercio internacional em todo o mundo.

A taxa de inadimplência começou a subir, visto que as pessoas já não concordavam em continuar pagando hipotecas com valores exorbitantes, quando as propriedades estavam com valores cada vez menores.

Com essa elevação na taxa de inadimplência, logo começou a faltar dinheiro aos bancos. Para tentar evitar grandes problemas, num primeiro momento o governo americano socorreu-os. Porém logo a Casa Branca decidiu que não iria continuar interferindo e encerrou essa ajuda aos bancos. Pouco tempo depois dessa decisão, no dia 15 de setembro de 2008, aconteceu a quebra de um dos bancos mais tradicionais dos Estados Unidos, o Lehman Brothers. Esse acontecimento ficou conhecido como “Segunda-Feira Negra”. Com isso, as Bolsas do mundo todo despencaram,
causando pânico e travou o crédito americano.

Nesse momento o mundo todo entendeu que estava vivendo uma situação de crise mundial. Com o passar dos dias, outros bancos foram anunciando perdas bilionárias. Foram meses de muita instabilidade no mercado.

Agravando ainda mais esse o quadro, a crise não ficou estacionada apenas no setor financeiro. Os Estados Unidos e outros países entraram em recessão, muitas empresas faliram no mundo todo e disparou assim a taxa de desemprego. A crise financeira se espalhou pelo mundo todo em poucos meses.

Países em desenvolvimento, que não possuíam problemas em seus sistemas financeiros, sofreram uma fortíssima queda na produção industrial e no Produto Interno Bruto (PIB). A produção industrial dos países desenvolvidos experimentou uma
redução bastante significativa no último trimestre de 2008, apresentando uma queda de mais de 10 pontos base com respeito ao último trimestre de 2007.

No fim de 2009, a economia americana começou a apresentar sinais positivos de recuperação, apontando para um modesto crescimento para 2010. Alemanha, França e Reino Unido saíram dessa recessão técnica em meados de 2009.

CRISE ECONÔNIMCA NO BRASIL

De acordo com os relatórios da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) detectam que existiu uma clara desaceleração da economia em quase todos os países do mundo. O Brasil não estava fora dessa listados países que entraram em ritmo de redução, o país deu claros sinais de que a atividade econômica estava estagnando. Sem crédito internacional, também diminuiu o crédito do Brasil, caíram as exportações e o preço das mercadorias brasileiras, aumentou o risco e a taxa de juros.

Em resumo, a economia, que vinha aquecida no primeiro semestre de 2008, levou um tombo. A produção industrial caiu quase 30% no ultimo trimestre de 2008 e o PIB apresentou uma contração de 14% nesse período. Os preços das commodities caíram rapidamente devido a muita oferta no mercado.

De imediato, o governo brasileiro tomou algumas medidas para amenizar os efeitos da crise: cortou impostos com o objetivo de injetar R$ 4,8 bilhões na economia, reduzindo assim o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras de automóveis, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o consumo e reajustando a tabela do Imposto de Renda. Para aumentar a liquidez dos bancos, o governo fez reduções sucessivas dos depósitos compulsórios e o Banco Central do Brasil começou um processo de redução da taxa básica de juros. No setor da construção civil o governo brasileiro liberou R$ 3 bilhões com recursos do FGTS. O então Presidente do País foi à rede nacional de televisão pedir para as pessoas continuarem consumindo para não perderem seus empregos.

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