Caso granjeiro Conceitos Básicos de Gestão
Por: danielnogueiravn • 4/6/2016 • Resenha • 704 Palavras (3 Páginas) • 457 Visualizações
O texto nos apresenta um granjeiro sob a ótica da Era Industrial, onde apenas a produtividade era a ambição. O granjeiro mesmo tendo se especializado em administração e possuindo o doutorado em criação de galinhas, não caminhou os passos dos ensinamentos, ignorando-os e seguindo o caminho de uma administração obsoleta e antiga, mas que ainda muito utilizada.
O granjeiro não possuía habilidades conceituais, nem humanas, nem técnicas. Não tinha a capacidade de analisar e interpretar os fatos que ocorriam na granja e nos relatórios, também na falta de interação com o ambiente, resultando assim na tomada de decisões incorretas, desastrosas, bloqueava sua visão e suas estratégias para o sucesso e impossibilitava a identificação de oportunidades futuras. Não tinha a capacidade de motivação e liderança.
“Para garantir a qualidade total de sua granja, o granjeiro estabeleceu um rigoroso controle”. Exatamente como a Era Industrial. Controle rigoroso de produtividade. O granjeiro era o chefe da empresa (não o líder), por isso ele decidia com mãos firmes o que prestava e o que não prestava, o que ajudaria ou o que não ajudaria na produtividade cega de sua granja (empresa). As galinhas que ele achava que não iriam mais produzir, ou que já não produziam, ele as descartava sem a possibilidade de uma reciclagem, aprendizado ou aproveitamento em outras funções.
No conceito matemático as galinhas tem que bater a meta de ovos, colocando assim as galinhas poedeiras como funcionários padrão. Funcionários que fazem tudo sem questionar, realizam suas tarefas além do seu limite, não recebem pelo além que fazem, somente seguindo o padrão, somente o que a empresa quer, sem chances de se mover para nenhum dos lados.
O granjeiro não tinha conhecimento técnico da situação e apesar de diversos relatórios com números ele não sabia criar galinhas, que era o mais básico. Consultar relatórios não vale de nada se o consultor de tais relatórios não tiver um conhecimento mesmo que parcial da atividade. O granjeiro estudou administração, é doutor em criação de galinhas, recebe o relatório com uma informação X, mas por não ter conhecimento técnico da situação, acaba fazendo sempre as mesmas escolhas erradas. O granjeiro não conhece o galo, consulta os relatórios de produtividade (Era Industrial), percebeu que o galo não colocava ovo, constatou que ele não era produtivo, por fim ordenou que todos os galos fossem transformados em cubinhos.
“Os números escritos nos relatórios não deixavam margem de dúvidas”. Os relatórios que não deixavam margem de dúvidas novamente não adiantaram de nada sem o conhecimento técnico do granjeiro.
"Deles não saíam pintinho. Se ali continuassem por muito tempo, estourariam e, de dentro deles sairia um cheiro de coisa podre. Coisa morta". Na Era Industrial, as pessoas eram tratadas como máquinas, como objetos de trabalho, sem vida, não importava o que elas sentiam. No momento que o texto cita que os ovos por fora podem estar lisinhos e por dentro podres deixa claro o interesse da Era Industrial em quantidade e não qualidade, diferente da Era do Conhecimento, onde a preocupação é com a qualidade e com os funcionários.
O granjeiro por atuar de acordo com a Era Industrial termina por aprender com a derrota que existem coisas que não cabem números, utilizando a centralização, hierarquia, estrutura, dividiu o trabalho, padronizou as galinhas para obter apenas o resultado, apenas para obter um número. O pensamento do granjeiro foi Taylorista, racionalista e utilitarista, onde deveria ser um pensamento humanista que visa a valorização do homem, neste caso galos e galinhas.
Na Era Industrial existia o paradigma racionalista, hierarquia, imposição de regras, a posse do pensamento como o do granjeiro de que o que é improdutivo se elimina, sem a chance de buscar conhecimento, bloqueando o crescimento de sua granja.
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