Civilização que Concebeu o Impossível e Construiu o Inimaginável
Por: Giullia Vaz Masera • 18/3/2016 • Resenha • 679 Palavras (3 Páginas) • 154 Visualizações
Civilização que concebeu o impossível e construiu o inimaginável
O documentário Construindo um império – Egito produzido pelo History Channel, um canal de televisão americano cuja programação é focada essencialmente em conteúdos de teor histórico e científico. Apresentado pelo ator e professor Peter Weller da Universidade de Syracuse, enquanto ele viaja pelo mundo para mostrar os feitos de engenharia que levaram a ascensão de algumas das maiores civilizações já conhecidas. Desvendando grandes segredos do primeiro grande império da história da humanidade, os egípcios executavam verdadeiras obras primas da arquitetura, cuja escala, beleza e sofisticação espantam a todos ainda hoje.
Esse documentário remete-se ao antigo império e a sociedade egípcia com sua importância para a engenharia. Durante o império egípcio foram feitas diversas descobertas e avanços na engenharia, mas isso só foi possível graças à economia estável do estado e a sua administração que conseguia dividir as tarefas entre os trabalhadores.
O Egito se encontra nas margens do rio Nilo, e por isso sofria constantemente com as cheias anuais do rio, para conter as inundações foi criada a primeira barragem, pelo faraó Menés, ela protegia a capital Mênfis. O rio Nilo, apesar das cheias foi fundamental para o processo de construção do grande império e também de extrema importância para a expansão territorial do povo egípcio, pois utilizavam o rio como estradas fluviais. O rio corria do sul ao norte e podiam usar o vento do norte ao sul, eles também construíram uma rede de canais para poder se transportar um grande número de pessoas, comidas e pedras, possibilitando assim a circulação para qualquer direção. Os egípcios tinham a crença de vida após a morte, em que túmulos eram suas moradas depois que morressem. Esse conceito foi um fator determinante nos monumentos da arquitetura egípcia. No começo os templos mortuários eram simples estruturas feitas de tijolos denominadas mastabas. Conforme os túmulos ficavam mais sofisticados as simples mastabas passaram a serem estruturas mais complexas formadas por pedras chamadas de pirâmides. Foram necessárias varias tentativas para atingirem as proporções perfeitas. Os egípcios eram construtores qualificados, usando ferramentas simples, mas eficazes, os arquitetos egípcios podiam construir grandes estruturas de pedra com exatidão e precisão.
Para esses projetos enormes serem concretizados não bastava apenas a técnica de construção, mas também uma boa administração para organizar todos os trabalhadores. Os faraós, por sua vez, possuíam poderes políticos, militares, religiosos e administrativos, ofereciam ao povo comida em troca de mão de obra, muito parecido com o que temos hoje em dia nas empresas, na relação do empregado com o chefe. O faraó Menés, foi o responsável pela unificação do Egito, ele dispôs de muita habilidade humana ao unir o Alto e o Baixo Egito, mas é evidente que ele só alcançou sucesso porque havia uma demanda por isso. O Estado centralizado tornava-se necessário no Egito porque, sozinhas, as pessoas não conseguiriam vencer as enormes dificuldades impostas pela natureza, o esforço conjunto fazia-se indispensável. E, se o esforço conjunto é indispensável, indispensável também é a figura de um líder que aponte o caminho a seguir. O governo centralizado e forte era tão importante no Egito que o faraó foi promovido de rei a deus. Essas coisas não acontecem por acaso. As instituições só funcionam quando as pessoas precisam delas. Tudo que é convenção na sociedade, tudo que é subjetivo e que depende visceralmente de justificativa moral para existir. Assim a divinização do faraó. O Egito não existiria sem um poder central forte.
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