Como implantar uma fraquia

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa analisar e tecer algumas considerações acerca da
viabilidade da implementação de uma franquia e o processo utilizado para atingir
este objetivo.
O interesse de estudar o referido tema surgiu de observações e
considerações sobre o crescimento continuo do franchising em todo mundo,
especialmente através de uma análise recente em que Pinto (2009), acrescenta que
o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de países franqueadores, com
uma elevação de aproximadamente 20% ao ano no segmento.
Para compreender o processo de implementação de uma franquia, foi
focado no estudo da rede de franchising Kumon, fundada em Julho de 1958 no
Japão, pelo prof. de Matemática Toru Kumon segundo o Kumon (2011).
Segundo a cartilha “O Que é Franquia?” do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (2005), o primeiro passo para a implementação de
uma franquia é a análise de oportunidades, o que pode acarretar certas dúvidas e
inseguranças aos franqueados, que somente serão sanadas mediante uma pesquisa
abrangente acerca das mesmas e do conjunto que envolve cada negócio
franqueado, sendo que o processo de implementação de uma franquia deve basearse nos seguintes preceitos: Conhecimento do sistema de franquias; Auto avaliação;
Avaliação do negócio; Avaliação do investimento necessário e no conhecimento da
empresa franqueadora.
Sendo, também, necessário enfatizar os fatos da rede de franchising do
Kumon ser a segunda em número de unidades no Brasil (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE FRANCHISING) e o crescimento superior a 60% da classe C no
país (IPSOS PUBLIC AFFAIRS), este último, fator que dá valência a uma maior
quantidade de pessoas passíveis a se matricularem a uma escola de um franqueado
do Kumon.

Sendo assim, através da análise de tais procedimentos, tem-se a

elaboração deste trabalho visando esclarecer como se estabelece o processo de
implementação de uma franquia, tomando como base o Kumon, inferindo também
as oportunidades quanto à rentabilidade do mesmo.

15

1.1 JUSTIFICATIVA

Este trabalho justifica-se pelo fato de que as franquias permitem aproveitar as
oportunidades com menores investimentos e com mais segurança, assim como
disse Bittencourt (2011 apud JONES; 2011, p.12), levando em consideração o
crescimento no mercado das franquias no Brasil, reflexo da mudança na estrutura
social do país, pelo processo de migração das classes D e E brasileiras para a
classe C. Ocasionando um crescimento de 62,1% da classe C (de acordo com o
instituto Ipsos Public Affairs) conseguintemente levando à nova classe média
brasileira a ter um maior poder aquisitivo, sendo um fator impulsionante à economia,
assim movimentando o mercado de franchising brasileiro, sendo que seu
faturamento no país alcançou um crescimento de 20,4% e teve concomitantemente
um aumento na quantidade de redes em operação de 12,9%, dados de 2010 da ABF
(Associação Brasileira de Franchising). E neste contexto este trabalho visa recolher
dados

prospectados sobre o processo de implantação de uma franquia do Kumon,
verificando as dificuldades enfrentadas no processo de implantação, e colhendo
análises do tema, a fim de refletir sobre a grande oportunidade de sucesso em que
consiste o mercado de franquias.
1.2 OBJETIVOS

1.2.1 GERAL
Analisar o processo de implantação das franquias do Kumon.
1.2.2 ESPECÍFICOS
Verificar as dificuldades enfrentadas no processo de implantação de franquias
do Kumon na região.
Analisar como o Kumon mantém- se ativo no mercado.
Pesquisar as oportunidades quanto à rentabilidade no processo de
implantação de franquias do Kumon.

1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA

16

A metodologia da pesquisa deste trabalho ocorrerá através de pesquisas
bibliográficas em livros, revistas, artigos e sites, assim como será aplicada uma
pesquisa de campo com perguntas abertas específicas pertinentes à realidade do
Kumon na região de Mogi das Cruzes, com a realização de uma entrevista com um
franqueado dessa organização.

17

2.

O

ESPÍRITO

EMPREENDEDOR

NA

IMPLANTAÇÃO

DE

FRANQUIAS

Segundo Bernard (2000) investir em uma franquia é algo bastante
aproximado de se investir em um negócio próprio, uma vez que, o espírito
empreendedor faz parte do perfil ideal do franqueado. Sendo o empreendedor nato,
assim como disse, Leite (1991) aquele que tem a visão para identificar
oportunidades de mercado, buscando tanto satisfazer ao consumidor em seus
desejos de novos produtos e/ou serviços, quanto atender às suas necessidades de
realização profissional.
Alguns franqueadores afirmam, segundo Bernard (2000), que o melhor
franqueado é aquele que montaria um negócio no

caso a sua
franquia não existisse. E nisso Bernard cita a ênfase do espirito empreendedor na
implantação de franquias, tendo em mente que este, definido por Drucker (2003)
trata-se de uma característica distinta, seja de um individuo, ou de uma instituição.
Não é um traço de personalidade, mas sim um comportamento, e suas bases são o
conceito e a teoria, e não a intuição.
Todavia, como discorrido por Bernard (2000) o comprador de uma franquia
não é um empreendedor ao extremo, pois caso o fosse, este assumiria o risco de
montar um negocio próprio sozinho, visando, provavelmente, um maior retorno.
Assim, é possível compreender este a partir da figura 1, que explica a posição do
comprador de franquia em relação ao seu nível de empreendedorismo.

Figura 1: Posição do comprador de franquia, em relação ao seu nível de empreendedorismo
(BERNARD, 2000, P.15)

18

Este contexto complementa-se com pensar de Chiavenato (1995) que faz
um questionário que por intermédio das informações obtidas, o empreendedor, no
caso um comprador de franquia, vem a ter uma visão das oportunidades de mercado
em seu negócio e com isso possa elaborar um planejamento, com vista nas
informações importantes proporcionadas para o processo empreendedor. Seguem
as indagações a serem respondidas:
Quais as oportunidades e os nichos de mercado a serem explorados?
Quais são os produtos ou serviços concorrentes que existem atualmente no
mercado?
Quais são os seus pontos fortes e fracos?
Quais serão os clientes? O que é de valor para eles?
Como criar valor para os clientes? Quais as vantagens competitivas?
Quem serão os meus concorrentes?
Quais os riscos do negócio?
Qual o potencial do negócio?
(CHIAVENATO, 1995, p. 13-14).

Elevando-se, então, a necessidade do

...