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Definição do capital próprio e de terceiros, impactos no balanço patrimonial e custos das operações para as empresas no Brasil.

Por:   •  7/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.634 Palavras (7 Páginas)  •  723 Visualizações

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Definição do capital próprio e de terceiros, impactos no balanço patrimonial e custos das operações para as empresas no Brasil.

  1. Capital Próprio

Capitais próprios são recursos aportados nas empresas pela via do Patrimônio líquido, quer através da autogeração de recursos e respectivo reinvestimento, quer pela subscrição de capital social.

O uso de capitais próprios, via aumento de capital social, para financiar ativos circulantes, não é comum nas atividades quotidianas das empresas. Ocorre em circunstâncias especiais, como quando da implantação de grande projeto que exige, além de investimentos em ativos permanentes, também investimentos em capital circulante. Pode ocorrer também como atendimento a pedido de socorro da administração com o objetivo de sanar ou amenizar dificuldades financeiras.

A utilização de recursos gerados pela atividade econômica, mais especificamente os lucros retidos, é mais frequente, já que o seu uso nem sempre é justificado por plano de aplicação, caindo os recursos nas atividades operacionais da empresa.

Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do capital social, suas variações, os lucros e as reservas. Ou seja, é aquele que se originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros, reservas de capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida).

  1. Capital de Terceiros

Corresponde ao passivo real ou passivo exigível (obrigações) da empresa e representa os investimentos feitos com recursos de terceiros. Por exemplo: compra de um imóvel financiado pelo banco em 12 vezes (Financiamentos a pagar) ou compra de mercadorias (estoque) com pagamento a prazo (Fornecedores).

Os capitais de terceiros são representados pelo endividamento da empresa. Pertencem a terceiros e são utilizados por períodos de tempo definidos, justificando por isso o pagamento de encargos financeiros que seriam uma espécie de aluguel pela sua utilização.

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As fontes de recursos de curto prazo utilizadas para financiar o capital de giro das empresas estão divididas em duas categorias:

  • Crédito comercial
  • Crédito bancário
  1. Capitais de terceiros de curto prazo – crédito comercial

O crédito comercial decorre de condições negociais entre a empresa e seus fornecedores de materiais e serviços.

São fontes expontâneas de financiamento que são originadas de créditos comerciais, que podem ou não ter custos financeiros explícitos e que têm origem nas operações mercantis da empresa.

O crédito comercial pode originar-se de fontes como:

  • Crédito de fornecedores
  • Crédito de impostos e obrigações sociais
  • Outros créditos operacionais

A seguir serão estudadas diversas fontes de crédito comercial.

Crédito de Fornecedores

É a fonte mais importante de crédito comercial utilizada para financiar o capital de giro. Decorre do fato, de que o prazo para pagamento tem grande efeito motivador nas vendas e é utilizado com muita intensidade na comercialização de materiais e serviços.

Comprar a prazo faz parte das negociações entre clientes e fornecedores como um dos componentes das condições de venda.

São enumeradas diversas vantagens na utilização do crédito comercial. As principais são:

  • Adequação

O valor do crédito comercial é estabelecido de acordo com nível de atividade da empresa. Maior volume de vendas gera, como consequência compras e maiores volumes de créditos obtidos junto aos fornecedores, adequando os recursos às necessidades da empresa.

  • Fonte de crédito

A concessão do crédito faz parte das principais estratégias de vendas, ou seja, para que os fornecedores possam vender mais precisam conceder crédito. Há sempre a possibilidade de se conseguir recursos através do crédito comercial.

  • Agilidade

As empresas são mais fáceis, menos burocratizadas e menos rigorosas na concessão de crédito do que as Instituições Financeiras. São também menos rigorosas em penalidades em caso de atrasos de pagamentos.

  • Custos financeiros atrativos

Em termos de custos financeiros, o crédito comercial compete em condições mais favoráveis com o crédito bancário. As compras a prazo podem conter condições explícitas de custos financeiros ou não. Quando não especificado, é quase certo que há custo financeiro inserido no preço do produto.

O maior problema para quem utiliza o crédito comercial é descobrir esse custo para compará-lo com as práticas do mercado financeiro. Entre as formas de identificação está a comparação do preço a vista com o preço a prazo, isso no caso de os dois preços serem conhecidos. Em épocas de grande incerteza econômica, os fornecedores procuram proteção agregando elevadas taxas de juros em seus preços.

  1. Capitais de Terceiros de curto prazo- crédito bancário

A captação de recursos de curto prazo através de crédito bancário é operação de empréstimo e pode ser feita junto a bancos comerciais, sociedades de crédito financiamento e investimentos, as chamadas financeiras e os bancos de investimento. Há também as empresas de Factoring, que não são consideradas instituições financeiras, como instituições financiadoras.

Como são operações de empréstimos, não há destinação específica para os recursos objeto da operação. No entanto, elas se caracterizam por condições que são definidas em termos de negociação com o emprestador. As operações são formalizadas através de contratos firmados entre o emprestador, o tomador do empréstimo e os eventuais avalistas. Como exigências prévias à assinatura dos contratos, há uma série de providências impostas pelos emprestadores a serem cumpridas, em termos de documentação legal, informações cadastrais e financeiras.

  1. O valor da operação de crédito é expresso em moeda nacional. O valor poderá ser definido como um teto a ser utilizado de acordo com as necessidades do tomador do empréstimo, ou a ser liberado conforme esquema previamente acordado. É possível que o empréstimo envolva também um valor a ser caucionado, em espécie ou em títulos, para garantia adicional ou principal da operação.
  2. Os custos da operação, ai incluídos os juros (nominais ou efetivos), comissões, taxas e demais despesas cobradas pela instituição financeira. Esses custos podem ser cobrados antecipadamente ou não, influenciando o custo total da operação.
  3. Os encargos tributários são custos da operação de crédito, geralmente, de responsabilidade do tomador do empréstimo.
  4. São também definidos os prazos de operação, que devem estar adequados às necessidades da empresa. Os prazos podem ser distribuídos ao longo de determinado período de tempo, ocorrendo pagamentos parcelados de juros e amortizações. Em certas operações de crédito bancário pode ser estabelecido o denominado período de carência, no qual são feitos pagamentos somente de juros e encargos, sem amortização do valor do principal.
  5. Nas condições das operações de crédito são estabelecidas as garantias que são exigidas pelo emprestador e irão contribuir para que o risco da operação seja diminuído.

Fatores a serem examinados na tomada de decisões para utilização de capitais de terceiros, de curto prazo:

  • Os custos do empréstimo devem ser inferiores às margens de contribuição ou lucros ou economias adicionais geradas pela utilização dos recursos.
  • O prazo de pagamento do empréstimo deve estar ajustado às disponibilidades financeiras da empresa, preferencialmente, geradas com a utilização do valor emprestado.
  • Os empréstimos, geralmente, são contratados com taxas de juros pré ou pós-fixadas.
  • A possibilidade de obtenção de empréstimo dependo do valor das garantias (comuns ou reais) que a empresa, os acionistas ou os dirigentes podem oferecer. O valor das garantias exigidas pode chegar a 50% acima do valor emprestado.
  • Normalmente, os limites de crédito bancário situam-se entre 30% a 40% do valor do Patrimônio Líquido da empresa, apurado por critério definido pelo banco.
  • As reciprocidades exigidas pelos bancos, comissões, taxas de abertura, impostos, juros cobrados antecipadamente e outros artifícios, tornam os custos efetivos superiores aos nominais.

  1. Impactos no balanço patrimonial e custos das operações para as empresas no Brasil.

Em geral de 50 a 60% do total dos ativos de uma empresa representam a fatia correspondente a este capital. Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço para ser gerido pelo administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo.

O capital de giro precisa ser acompanhado e monitorado permanentemente, pois está sofrendo o impacto das diversas mudanças no panorama econômico enfrentado pela empresa de forma contínua.

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