ESTADO, GOVERNO E MERCADO
Por: danielareis.bm • 5/12/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.397 Palavras (6 Páginas) • 138 Visualizações
Especialização em Gestão Pública Municipal
Disciplina: Estado, Governo e Mercado
Professor Coordenador: Profª Drª Priscila Riscado
Aluna: Daniela C. da Silva Reis
Atividade I
Questão I – Explique como é possível observar a relação entre Estado, Governo e Mercado, no contexto contemporâneo.
A relação entre Estado, Governo e Mercado, segundo Coelho (2009), é uma “reflexão socialmente acumulada”, “com forte viés ideológico, alimentadas por diferentes visões de mundo, concepções e valores dos quais os indivíduos das sociedades contemporâneas, sem exceção, são portadores, conscientemente ou não.”
O autor nos afirma que as relações entre Estado e Mercado nunca se repetem no tempo, renovando-se constantemente. O autor usa a dinâmica pendular para explicar as relações entre Estado e Mercado. Para ele, quando o pêndulo social chega ao seu ponto máximo à direita e os mecanismos de mercado mostram-se insuficientes para estimular o investimento privado, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social, a sociedade começa a inclinar-se à esquerda, buscando cada vez mais a intervenção do Estado como forma de corrigir as falhas de mercado, sanar as suas insuficiências e recriar as bases para a retomada dos investimentos, a expansão da economia e o aumento do bem-estar.
De outro modo, quando o pêndulo social atinge o seu ponto máximo à esquerda e a intervenção do Estado na regulação da vida social e econômica não se mostra mais capaz de promover o crescimento econômico e o bem-estar dos indivíduos – passando a ser percebido como um empecilho ao investimento privado, que é a condição necessária para a expansão econômica nas sociedades capitalistas, tem início o movimento oposto da sociedade em direção à direita, com a retração do Estado em favor dos mecanismos de regulação de mercado.
O autor complementa ressaltando que a alternância contínua entre os princípios opostos explica-se pela impossibilidade de se encontrar o ponto de equilíbrio entre ambos e pelas virtudes e vícios de cada um, além das transformações do pensamento sociopolítico de cada sociedade em determinada época. Nesse sentido, o Estado se dá como o contraponto indispensável ao mercado nas sociedades capitalistas.
Questão II - Em linhas gerais, como se constituiu a teoria Marxista?
A teoria marxista procura explicar as relações entre governo, estado e o mercado, se inspirando no pensamento do filósofo alemão Karl Marx. Sendo assim, a corrente marxista se forma, combatendo as ideias e a ordem vigentes e propondo novas e mais justas formas de organizar a sociedade.
Na corrente marxista a dinâmica das sociedades passa a ser compreendida e analisada a partir das relações estabelecidas entre os seus grupos sociais concretos e não mais indivíduos abstratos. Portanto, sob a ordem liberal dominante na sociedade capitalista – aparentemente livre e igualitária e pretensamente fundada nas leis da natureza – existiria de fato uma ordem burguesa, ou seja, que atenderia, antes de tudo, aos interesses econômicos da burguesia, assegurando o seu lugar de classe dominante na sociedade.
A matriz marxista defende a história da humanidade como a história das lutas de classe. De acordo com essa concepção, o movimento da história não seria aleatório ou indeterminado, nem tampouco contínuo, mas se desenvolveria por meio de contradições, isto é, dialeticamente.
Questão III - Como se explica, a luz da teoria Marxista, a categoria (ou o conceito) Trabalho?
Para Marx a base da sociedade eram as condições materiais, sendo a partir dela que se constrói a sociedade, e a compreensão destas condições que se consegue transformá-la. A produção pelo trabalho destaca-se entre o pensamento de Marx, diferencia a explica o homem, enquanto ser histórico e social o que leva este homem a transformar a natureza, suprir as suas necessidades que num processo dinâmico vão se tornando cada vez mais sofisticadas, sendo o trabalho uma atividade vital.
O trabalho teria uma conotação positiva, no entanto quando o processo de trabalho dá-se como fim a relação de exploração do capitalista, na qual o trabalhador aliena o produto e a sua força de trabalho, este torna-se negativo.
Marx analisa explicitamente a forma antinômica do trabalho. Entende que haveria então, uma contradição dialética inerente ao processo de trabalho: miséria absoluta enquanto objeto e possibilidade absoluta de riqueza, enquanto sujeito e atividade. Considerando que “o trabalho” seria a coisa principal, o poder acima dos indivíduos nas condições historicamente determinadas da divisão do trabalho, nas condições descritas na economia política de alienação do trabalhador, sendo a ele prejudicial, nocivo, estranho ao homem e a natureza e a consciência e a vida.
Para Marx o trabalho é a necessidade natural e eterna de efetivar o intercâmbio material entre o homem e a natureza, o trabalho contextualizado seria, assim, na realidade da nossa sociedade capitalista, segundo Marx, produtivo de valor necessário à reprodução da força de trabalho do trabalhador, além de mais-valia, ou seja, o valor excedente (tempo de trabalho produzido excedente) do qual se originam os lucros do capital. Devemos considerar, então, o trabalho como produto de valor, sendo estes materiais ou não.
Neste sentido, a relação do homem com a natureza que tem por fundamento o trabalho, os homens não apenas constroem materialmente a sociedade, como também lançam as bases para que se construam como indivíduos. Diferenciando-se da natureza, por serem seres que possuem a capacidade de idealizar, de serem conscientes, e de objetivar. O homem consciente é capaz de refletir sobre a realidade e transformá-la pelo trabalho, caberia a estes superarem a alienação proveniente do domínio do capital.
Questão IV - Em quais ideias principais se baseia o liberalismo?
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