Empatia nos Tempos de Intolerância
Por: cguerras • 17/9/2018 • Resenha • 4.771 Palavras (20 Páginas) • 179 Visualizações
EMPATIA
A empatia é um dos pilares do relacionamento, é a ação de colocar-se no lugar do outro para entender seu ponto de vista, suas perspectivas, seus sentimentos. O uso da empatia é um tema cada vez mais comentado nas empresas e nas relações em sociedade, isso porque é imprescindível para manter um vínculo com o outro de forma a respeitar cada um dos lados e compreender profundamente a pessoa da qual está trocando experiências. Nas empresas é cobrado dos líderes e da área de RH o posicionamento empático em relação aos funcionários para criar um ambiente harmônico de trabalho e respeito, fazendo com que o colaborador sinta-se confortável emocionalmente e possa desenvolver seu trabalho de forma mais eficaz. O não compreendimento da empatia como uma ferramenta organizacional ou como um pilar do relacionamento interpessoal, traz barreiras importantes para a comunicação e até para o bem-estar geral das pessoas.
A empatia é divida em três tipos:
• Empatia cognitiva: a capacidade de compreender a perspectiva da outra pessoa;
• Empatia emocional: a capacidade de sentir o que a outra pessoa sente;
• Preocupação empática: a capacidade de sentir o que a outra pessoa precisa de você¹.
Entender as pessoas que gostamos é sempre mais fácil que entender alguém que você encontra na rua ou um cliente que você atenda apenas uma vez. Porém, é justamente para as pessoas que não conhecemos ou, eventualmente, as que não gostamos, que precisamos aplicar a empatia da forma mais profunda. Isso porque quando conhecemos alguém, geralmente sabemos pelo que a pessoa está passando naquele momento, compreendemos seu humor, seus trejeitos e sua forma de ver o mundo. Quando não conhecemos ou quando há uma inimizade logo no começo, criamos uma espécie de barreira e passamos a não enxergar o outro de forma empática.
No ambiente corporativo, é cada vez mais comum perceber funcionários reclamando da falta de compreensão dos líderes ou dos seus companheiros de equipe. Para clientes, é habitual receber avaliações sobre como a empresa ou seu produto não atendem suas necessidades. Em um artigo para o blog Desk Manager, o autor Rafael Fialho Teixeira diz: “uma empresa pode usar tecnologias de ponta, apostar nos melhores treinamentos e no mais completo modelo de negócio para obter destaque no mercado. Mas nada disso será suficiente se não há a valorização das pessoas. São elas que possibilitam o desenvolvimento de projetos e o avanço de qualquer técnica. Por isso, cada vez mais os gestores estão buscando compreender o que é empatia²”. A falta de empatia com os colaboradores pode refletir nas atividades de todos os profissionais envolvidos e acarretar baixa produtividade; já no atendimento, os clientes não voltarão a fazer negócios se não participarem de um diálogo mais personalizado.
Frente à competição tão acirrada no mercado consumidor, adquirir uma postura empática, pode ser a chave para o sucesso de uma empresa. Um modelo que atenda as expectativas do cliente e uma cultura organizacional que motive os colaboradores traz uma enorme diferença na construção dos relacionamentos empresa versus cliente.
Ainda citando Rafael Fialho Teixeira, “empatia significa ‘colocar-se no lugar do outro’. Consiste na habilidade de perceber o outro, sem que ele precise dizer algo acerca de sua situação emocional ou afetiva²”. Estar disposto a compreender o outro como se estivesse na mesma situação – demonstramos empatia quando somos sensíveis à alguém. Dessa forma, nossas decisões se mostrarão mais adequadas e coerentes, facilitando a comunicação e a resolução de conflitos, além de melhorar o clima.
Muitas empresas perdem grandes oportunidades de crescimento por falta de comunicação com os clientes e também pela comunicação interna precária. Estreitar relacionamentos no ambiente de trabalho e investir na compreensão das necessidades dos clientes impacta diretamente nos resultados comerciais e na credibilidade do seu negócio. A motivação é um dos principais combustíveis da produtividade. Uma relação empática entre gestores e colaboradores gera mais conforto no ambiente de trabalho e, por consequência, mais motivação e engajamento dos colaboradores com as atividades.
Esteja disposto a ouvir o que aflige a outra pessoa;
Tente deixar de lado os pré-conceitos e julgamentos;
Não faça comparações com outros casos e pessoas;
Elogie apenas se for com sinceridade;
Passe a conversar com pessoas diferentes;
Estabeleça um laço de confiança com as pessoas.
Aprender o que é empatia nos faz enxergar o mundo com outros olhos e, consequentemente, viver melhor em sociedade.
https://blog.deskmanager.com.br/o-que-e-empatia/
Rafael Fialho Teixeira
20/junho/2017
Empatia: uma transformadora forma de conexão.
Você já se sentiu calçando os sapatos de outra pessoa? Essa é apenas uma analogia para falar de Empatia, que vai muito além de se colocar no lugar do outro.
E tudo começa com a conhecida frase: “Você já se sentiu calçando os sapatos de outra pessoa?!”. Essa é apenas uma analogia usada para contextualizar o exercício da Empatia, que vai muito além do processo de se colocar no lugar do outro.
Recentemente São Paulo foi palco de uma experiência conduzida pelo Intermuseus, que teve a brilhante ideia de entrar em parceria com o Museu da Empatia de Londres para trazer a exposição “Caminhando em seus sapatos”, encabeçada pelo filósofo social e fundador do Museu; Roman Krznaric.
Instalada no Parque do Ibirapuera, a experiência teve como propósito “provocar o público a se colocar no lugar do outro, ver com os olhos do outro, pensar de outra forma sobre a realidade em que vivemos e promover o diálogo entre as diferentes pessoas e grupos sociais.” – nos contou Joana Tuttoilmondo, sócia do Intermuseus. O trabalho se iniciou com uma longa curadoria que resultou em 25 histórias reais de impacto, gravadas em áudio por seus protagonistas – todos brasileiros. Para exercitar a empatia, o público era convidado a trocar de sapatos, vestindo literalmente os calçados reais do dono da história escolhida para ser ouvida. Quando soubemos da iniciativa, eu e o Dan levamos um grupo de 50 pessoas para vivenciar essa experiência e propusemos em seguida uma roda de conversa para compartilhar os sentimentos gerados pela atividade.
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