Fundação Florestal e a Responsabilidade Social
Por: Tamirys Souza • 24/5/2016 • Trabalho acadêmico • 7.961 Palavras (32 Páginas) • 139 Visualizações
1 APRESENTAÇÃO
1.1 Introdução
Este trabalho apresenta a Fundação Florestal e a Responsabilidade Social, relatará sua história e contemplará sua relação com o Governo e com a Sociedade, além de uma de suas práticas que é a reciclagem em especial. Pois diante de um cenário onde o consumo excessivo da sociedade Capitalista e a escassez dos recursos naturais, são fundamentais o desenvolvimento de ações que contemplem a reciclagem para gerar menores impactos ao meio ambiente.
A Fundação Florestal é uma empresa do Primeiro setor da economia "setor público" e atua com várias ações que contemplam a Responsabilidade Social Ambiental.
A função da Fundação Florestal é controlar e monitorar a preservação das reservas naturais do Estado de São Paulo bem como elaborar ações que reprimam a caça, pesca e exploração dos parques.
Neste trabalho serão destacados os principais objetivos da Fundação e sua atuação com a sociedade o com o Governo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Origem e Evolução da Responsabilidade Social
O conceito teórico de responsabilidade social teve origem na década de 1950, quando a literatura formal sobre responsabilidade social corporativa aparece nos Estados Unidos e na Europa. Neste período a ética e a responsabilidade social corporativa eram aceitas como doutrina e perdurou até o século XIX, quando o direito de conduzir os negócios de forma corporativa era função do Estado e não de interesse das organizações privadas.
Com a independência norte- americana passou a ser aprovada a legislação que permitia a auto incorporação da alternativa por ato legislativo específico que permitia a criação de canais, para negócios do ramo privado. No início do século XX a premissa fundamental da legislação sobre corporações era a de que tinham como propósitos a realização de lucro para os acionistas. (Patrícia Ashley, 2005).
Ainda de acordo com Ashley (2005) o conceito de Responsabilidade Social corporativa, com forte conotação normativa e cercada de debates filosóficos sobre o dever das corporações de promover o desenvolvimento social, passou a ser acompanhado na década de 1970. A partir desse conceito, houve a necessidade de construir ferramentas teóricas que pudessem ser aplicadas no meio empresarial de atuação.
A responsabilidade social corporativa tem como premissa para sua aplicação a não redução da racionalidade instrumental, um novo conceito organização, um novo modelo mental das relações sociais, econômicas e políticas.
A responsabilidade social das organizações tem sua interpretação relacionada com a cultura organizacional nacional, que é composta por um sistema específico de valores e visões em um determinado contexto em que está inserido.
A preocupação dos pesquisadores daquela década era com a excessiva autonomia dos negócios e o poder destes na sociedade, sem a devida responsabilidade pelas consequências negativas de suas atividades, como a degradação ambiental, a exploração do trabalho, o abuso econômico e a concorrência desleal. Para compensar os impactos negativos da atuação das empresas, empresários se envolveram em atividades sociais para beneficiar a comunidade, fora do âmbito dos negócios das empresas, como uma obrigação moral de atuação no mercado.
Conceito de Responsabilidade Social
Responsabilidade social é a forma de retribuir alguém, por algo alcançado ou permitido, modificando hábitos e costumes ou perfil do sujeito ou local que recebe o impacto, conclusão é o cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas com a sociedade como um todo.
As organizações que pretendem se manter competitivas no mercado tem que utilizar a responsabilidade social como uma de suas ferramentas de gestão.
Responsabilidade Social Empresarial
Forma de gestão ética e transparente que tem a organização com suas partes interessadas, de modo a minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. Isso quer dizer que ser ético e transparente é conhecer e considerar suas partes interessadas com objetivo de ter um canal de diálogo.
Responsabilidade Social Corporativa
É o conjunto das ações que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas organizações, levando em consideração a economia, a educação, meio ambiente, saúde, transporte, moradia, atividades locais e o governo. Essas ações melhoram ou dão origem a programas sociais, trazendo benefício para ambas as partes, beneficiados e a organização, melhorando a qualidade de vida dos colaboradores, quanto da atuação da organização e da própria população.
2.2 HISTÓRICO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL
Segundo Paulo Rogério S. Lima (2005) ética e Responsabilidade Social são temas em grande crescimento e discussão no Brasil. O cenário já sofreu bastantes alterações desde 1970, e em especial na década de 1990, graças a crescente produção acadêmica, lançamento de premiações e a fundação de organizações associativas promotoras do conceito, em especial o Instituto Ethos de empresas e responsabilidade social, fundão em 1998.
Com o surgimento de entidades como o Instituto Ethos, Núcleo de Ação Social (NAS), a Federação das indústrias no estado de São Paulo (FIESP), o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), demonstram a evolução deste cenário.
Outro exemplo que ilustra o tema são as premiações existentes no Brasil neste segmento: Selo Empresa Amiga da Criança (ABRINQ), Selo Empresa Cidadã (Câmara Municipal de São Paulo). Entre tantas outras existentes tanto no âmbito nacional quanto no regional ou estadual.
As organizações possuem grande expectativa em permanecer com esses selos ou premiações. Algumas organizações já possuem a responsabilidade social como pauta constante em suas agendas de negócio. E muitos empresários já conseguem verificar que contribuir para o bem estar de seus colaboradores, da comunidade em que seus Stakholders estão inseridos é um marco importante, um divisor de águas entre as empresas que se omitem e as que atuam positivamente respeitando e valorizando todos os envolvidos no processo.
Pode-se concluir que no Brasil existe uma dificuldade de criar culturas organizacionais fortemente demarcadas, o que torna a tarefa de difícil implantação. A promoção, entre os funcionários menos graduados, dos valores éticos, morais e culturais privilegiados pelos altos escalões de uma empresa. Eventualmente esse seja um dos motivos pelos quais apenas uma pequena parte das organizações e do empresariado brasileiro tenha declarado agir explicitamente de acordo com preceitos comumente associados à responsabilidade social corporativa como prática de ações sociais e filantrópicas. (J.B. Lopes Chaves, 2005).
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