TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

GESTÃO E DESENVOLVIMENTO POR COMPETÊNCIAS NAS EMPRESAS

Por:   •  7/8/2018  •  Artigo  •  5.482 Palavras (22 Páginas)  •  171 Visualizações

Página 1 de 22

GESTÃO E DESENVOLVIMENTO POR COMPETÊNCIAS NAS EMPRESAS

Autor: Edson de Oliveira Alfandega

Resumo

Resultado de pesquisa bibliográfica em manuais, documentos e textos de autores diferentes e de espaços geográficos distintos, o presente artigo objectiva compreender alguns pressupostos da competência na óptica da abordagem pesquisadores, principalmente aqueles voltados para a necessidade da empresa se aplicar e valorizar o seu capital humano. Debruçam-se aqui alguns aspectos da nova economia baseada no conhecimento, que entende a empresa como comunidade social, cujo principal papel é gestão e o desenvolvimento por competência formada pelos conhecimentos e recursos de que a empresa dispõe, de forma mais eficiente em relação aos seus concorrentes. A abordagem gestão e desenvolvimento do pessoal, pressupõe  que a competência não acontece de forma isolada das pessoas e que essa competência é formada pelos conhecimentos fundamentais da empresa, os quais são capazes de construir uma vantagem concorrencial, fica claro ainda que o processo de gestão e desenvolvimento por competência não deve ser visto isolado da avaliação de desempenho uma vez que este contribui para despertar as competências que realmente necessite de gestão e desenvolvimento. Neste trabalho são tratadas, ainda, algumas dimensões da gestão estratégica da competência, com relevância para a importância das pessoas nesse processo, uma vez que essa visão não se reduz apenas ao conhecimento organizacional, mas, especialmente às pessoas que, com seus saberes (individuais, grupais e organizacionais) executam as actividades empresariais e podem fazer a diferença de valor na luta de mercado cada dia mais acirrada.

Palavras-chaves: pessoas, gestão, desenvolvimento de competências.

  1. INTRODUÇÃO

Actualmente, são vários os autores que destacam a necessidade de uma definição de novos contornos para as políticas de recursos humanos (GRH), voltadas para a obtenção de resultados. Vale ressaltar que políticas são o termo utilizado para designar diferentes áreas ou sub-sistemas que compõem a estrutura de gerenciamento de recursos humanos. Nesse contexto, a gestão de RH evolui e enfatiza a formulação de políticas mais avançadas, que busquem acompanhar as mudanças cada vez mais frequentes no cenário mundial e organizacional.

Outros autores enfatizam em seus estudos que as empresas passam a dar mais atenção a outros elementos que não activos ou físicos, sendo estes: conhecimento, formação, capacitação, experiência, entre outros. Com isso, percebe-se uma preocupação maior com as competências do factor humano e com o desenvolvimento do factor humano e com a importância do desenvolvimento das pessoas para alcançar os objectivos e resultados organizacionais.

As exigências de crescimento, competitividade e qualidade dos mercados globalizados, estão impondo às organizações a necessidade de adoptar modelos de gestão centrados sobre a competência de seus profissionais, como forma da empresa poder se manter actuante em face da concorrência. Os colaboradores não podem mais ficar restritos somente a cumprir procedimentos pré-estabelecidos, mas igualmente serem capazes de saber agir com pertinência diante de situações que exijam competência. Mesmo diante de sistemas informatizados cada dia mais sofisticados, o ser humano continua a ser portador e produtor de conhecimentos que asseguram a competência e a qualidade de produtos e serviços. Hoje a concorrência não se limita às grandes empresas ou às grandes marcas, ela está por toda parte. Certamente que a empresa que vai sobreviver nesse mercado é aquela que souber reconhecer, investir e aproveitar as potencialidades de seus colaboradores aliada às condições oferecidas pela organização para realização de actividades com qualidade e que tragam satisfação aos clientes.

Autores como Dutra (2008), reconhecem a evolução do conceito de competências, mas questionam a sua aplicabilidade em determinados contextos, identificam resultados ainda incipientes e a necessidade de avançar os estudos de sua aplicabilidade na gestão de pessoas.

Portanto, este trabalho pretende verificar o resultado do modelo de gestão e desenvolvimento de competências em duas empresas. Logo, o objectivo deste estudo é de verificar as implicações da adopção do modelo e as mudanças nas práticas de recursos humanos, decorrentes do modelo de gestão e desenvolvimento por competências.

2. COMPETÊNCIAS: CONCEITUAÇÃO, DIFERENTES ABORDAGENS E INTEGRAÇÃO

Etimologicamente o termo competência existe há vários séculos e provém do latim competentia que significa “o que está para vir” ou “o que está para se manifestar” (Oliveira, 2008:159).

Este termo remonta à época medieval, onde o aprendiz, através dos conhecimentos do seu mestre, aprendia um ofício. Os resultados dessa aprendizagem, expressos em número e em qualidade das peças, ditariam a sua permanência na profissão.

Com a Revolução Industrial, surgem mais estudos associados às aptidões necessárias ao desempenho, não só relativamente à racionalização operada da mão-de-obra, como também às novas funções emergentes, que implicavam conhecimentos ao nível da literacia. Taylor (1911) foi um dos primeiros gestores e teorizadores dos tempos modernos a abordar a premência da eficiência no trabalho “com sistemas de gestão de pessoas”.

Com esta premissa, o princípio Taylorista assentava na selecção e na formação de pessoas, através do aperfeiçoamento das habilidades técnicas e específicas necessárias ao desempenho das tarefas operacionais da função. Em reacção à gestão científica, a Escola das Relações Humanas evidenciava o conceito de motivação como um factor determinante para o desempenho dos trabalhadores e no início da década de 40 Abraham Maslow (1954) criava a Teoria das Necessidades, onde identificava as necessidades básicas que os seres humanos têm por ordem de importância – necessidades fisiológicas; necessidades de segurança; e as necessidades de pertença, auto-estima e auto-realização.

Almeida (2002), afirma que,

No seguimento dos estudos efectuados por Maslow, David McClelland (1987), identificou três motivadores sucessos (achievements), afiliação (affiliation) e poder (power) que, independentemente do género, cultura ou idade, são transversais a todos os indivíduos, sendo um deles o motivador dominante (determinado pela cultura e pelas experiências de vida). 

Estes estudos consubstanciam que uma mão-de-obra segura, qualificada e principalmente motivada propícia uma maior adaptabilidade às mudanças o que permite uma grande flexibilidade funcional, constituindo um factor de competitividade.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (39 Kb)   pdf (325.9 Kb)   docx (320.5 Kb)  
Continuar por mais 21 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com