Gestao de pessoas

Resenha: Aluna: Natália Vitória Souza

Relações Desumanas: Reflexões Sobre “Humanismo” e Controle na Relação Indivíduo-Organização

O artigo tem como objetivo debater sobre a racionalidade que envolve as teorias organizacionais. Nesse contexto o foco do estudo é o controle organizacional e como isso se relaciona com questões como humanismo, poder, vida e tempo dentro das organizações e as novas formas organizacionais.

Sobre o controle organizacional, o autor mostra que com o tempo, os métodos de controle vem se tornando cada vez mais sutis, em detrimento ao tipo utilizado antigamente, o chamado direto e coercitivo. Nas organizações, a perspectiva racionalista funcional é a base para a manutenção da estrutura organizacional, assim, para manter uma organização funcionando bem é necessário evitar conflitos, que podem causar prejuízos. Não existe preocupação em estudar as relações de poder e dominância.

Nas relações de poder dentro e fora das organizações, na maioria das vezes, são de tentar sobrepujar o outro em favor de si próprio. No caso das organizações, usar os funcionários para ter mais lucro e render mais de qualquer forma possível é ma forma de pensar nesse conceito. Hoje as empresas fazem de tudo para segurar seus colaboradores sentirem-se como se fossem essenciais no funcionamento da mesma, de forma a gastarem tempo, esforço para garantir o sucesso da organização. Ela usa instrumentos dos mais diversos para atingir a maior quantidade de pessoas e com isso, ter cada vez mais trabalhadores do seu lado.

Para muitos autores, controle é uma condição natural, é com ele que os comportamentos dos indivíduos são moldados para mante-los conforme os objetivos organizacionais. Para tanto, ele passa a influenciar em todas as outras esferas da vida daqueles envolvidos, não sendo mais um local físico de trabalho.

Com base nos estudos anteriores sobre as relações de poder na esfera dos indivíduos, é abordado pelo autor as formas atuais de mediação na tateia de evitar conflitos. Essas estratégias partem do princípio de doutrinar os indivíduos a viver as organizações, se tornando assim o sentido de suas vidas. É mostrado que esses mecanismos vem desde o processo de seleção, desenho de cargos e salários, treinamentos, políticas e cultura que em conjunto fazem que os funcionários tenham esse pensamento de ser e viver a organização.

Já as novas formas organizacionais trazem inovações de forma a questionar várias dos conceitos teóricos. Com elas, foi-se observada uma considerável melhora no funcionamento das organizações. Ao fazer uma analise prévia é fácil pensar que a ideia de controle fica mais fraca. Porém a realidade é que o controle dentro das organizações passou a ser mais idealizado e sutil.