HORÁRIOS FLEXÍVEIS DE TRABALHO
Por: Jana Amorim • 13/4/2015 • Abstract • 4.231 Palavras (17 Páginas) • 143 Visualizações
Horários flexíveis de trabalho
1. Os benefícios do horário flexível
Cada vez mais viável no ambiente de trabalho a jornada horária flexível entra na pauta trabalhista com a intenção de transformar a adoção por “horas móveis” em benefícios tanto para o funcionário quanto para a empresa. Esse ideal de flexibilidade nos horários trabalhados gera mais qualificação nos objetivos organizacionais. O projeto dessa jornada não é determinado por cláusulas trabalhistas, deixando a entender pelas partes envolvidas – patrão e empregado – uma conversação para implantar da forma mais adequada tal objetivo e assim manter o foco da organização sem prejudicar as metas da mesma. Em determinados cargos é possível consolidar horários diferenciados do habitual, esses geralmente estão ligados a escritórios e funções administrativas, onde algumas ferramentas de trabalho podem ser complementadas em casa ou ambiente de melhor conforto físico e emocional para o empregado. Com essas mudanças de rotinas horárias, funcionários demonstraram mais dinamismo, empenho e criatividade em suas funções. Para conseguir tal êxito a empresa deve planejar a “hora móvel” nos seus objetivos, sejam eles a qualidade de serviços prestados ou quantidade produzida de determinado bem, pois ao mesmo tempo em que precisa manter a produtividade, ela tem com essa proposta uma percepção de qualidade de vida e motivação para seus funcionários e com isso pode manter ou até mesmo aumentar suas produtividades. Estudos e pesquisas mostram resultados animadores para algumas empresas que adotam horários flexíveis. Seus funcionários tiveram diminuição no estresse, maior concentração e disposição no trabalho, criatividade ampliada nos projetos e com isso ritmo empresarial tem sido satisfatório, ao contrário da tradicional carga horária. A projeção de sucesso do ser humano aumenta quando este consegue aliar seu emocional, intelectual e regras de trabalho com o bem estar proposto com essa jornada. As oportunidades de “ganho de tempo” variam de acordo com cada caso, como a importância em resoluções psico-afetivas no âmbito pessoal e familiar e situações envolvendo necessidades de cidadania, lazer, saúde, dentre outros. Já as horas extras, previstas na legislação trabalhista, também entram como um tipo de opção de mobilidade horária, pois o funcionário acumula um banco de horas, gerando assim dispensa mais cedo em determinado dia de trabalho, sendo motivado pelo maior tempo de descanso que terá de sua rotina trabalhista com remuneração (valor sobre a hora) garantida conforme a lei. A mudança de rotina nos horários de trabalho implica compromisso e organização, geralmente a questão não seria horas a menos ou mais; e sim horas bem distribuídas, tendo o comportamento humano e suas necessidades físicas e psicológicas preservados pra que haja sucesso na implantação do programa.
2. A nova gestão aplicada na jornada de trabalho
No atual mercado de trabalho o horário flexível é uma forte tendência no ramo empresarial. O enfoque é o capital intelectual e os paradigmas dos recursos humanos mostram forças quando o funcionário exibe qualificação exigida pelas ânsias mercadológicas. Havendo essa coesão com boa experiência profissional, tecnologia de informação e estruturas modernas no ambiente organizacional, as rápidas mudanças econômicas e tecnológicas podem trazer grandes proveitos para os novos gestores e demais profissionais em desenvolver a capacidade de planejar, organizar, decidir e cooperar para manter empenho nas funções individuais e grupais – em vista sempre do crescimento da empresa sem perder o respeito à humanização de seus membros. A evolução do ser humano a nível trabalhista passou por grandes transformações na medida em que foram criadas idealizações, direitos, deveres, projeções e poderes. Esses conceitos e ideais despontados na Revolução Industrial do século 19 foram importantes conquistas e colocaram em evidência a dignidade humana a ser preservada. Desde então surgiram conceitos administrativos com base na psicologia e tal importância nunca estiveram tão presentes como nos conturbados tempos de globalização. O perfeccionismo cresce com os avanços tecnológicos e com isso a sobrecarga no trabalhador muda de esforço braçal para esforço mental, gerando impacto de estresse, ansiedade e outros transtornos comuns de caráter emocional. O trabalhador é altamente convidado a interagir socialmente dentro de sua organização, o que pode ser bastante proveitoso para seu crescimento pessoal e profissional, mas em decorrência desse esforço a pressão psicológica pode afetar negativamente seu desempenho. O grande desafio para os administradores é consolidar a nova gestão de pessoas dentro dos novos rumos intelectuais e econômicos onde há constantes mudanças na sociedade. Para uma boa liderança é preciso desenvolver atualidades para sua empresa em termos de condutas e normas adequadas, avanço de produção ou de bens de serviços gerando benefícios aos funcionários (clientes internos) e toda essa qualidade adquirida tendo impacto com os consumidores mais exigentes (clientes externos). Muitas conversações para aliar bem estar e bom desempenho mostram força quando empresa se interessa em estudos de psicologia de trabalho para amenizar conflitos e a disponibilidade de horários flexíveis no emprego tem sido grande aliada no cenário das organizações globalizadas.
3. Os conflitos na empresa Yahoo
Grandes empresas começaram a introduzir tais medidas de flexibilidade horária na última década quando o debate sobre o home office (trabalho em casa) ganhou força por mostrar-se promissor para o futuro das organizações. Muitas se mostram satisfeitas com os resultados, porém há grandes embates devido a essa nova prática exigir ajustes constantes conforme várias situações apresentadas nos cenários empresariais e como cada organização absorve essas mudanças. Na Yahoo, empresa especializada no ramo da informática, a medida de hora móvel ganhou força por aprimorar suas ferramentas de trabalho com a oportunidade de seus funcionários encontrarem mais ânimo e criatividade principalmente no ambiente de conforto do lar, fugindo um pouco de regras burocráticas e deixando a evidência de espontaneidade do indivíduo em criar ajustes para suas responsabilidades e prazer nas atividades do trabalho tendo como resultado boa qualificação em suas funções e assim mostrando novo fôlego para aprimorar metas organizacionais. A projeção da ideia mostrava menos custos para a empresa, já que determinadas funções exigem feedbacks, convenções e viagens e era necessário reduzir tempo de reuniões quando surgia necessidade de projeto em caráter de urgência; e geralmente havia perda de tempo com reuniões que nem sempre encontravam soluções rápidas para planos importantes. Isso daria mais liberdade para funcionários criar ideias focando na individualização artística – elemento fundamental para consolidar as novas diretrizes empresariais. Em pouco tempo de adoção de home office pela Yahoo, apareceram as divergências do programa que no início mostrava-se auspicioso mas agora precisa mudar o foco e voltar a utilizar uma gerenciamento mais tradicional devido as falhas e conflitos entre patrão e empregado. Surgiram problemas de comunicação presencial e a tecnologia como meio de informação não apresentou total resolução de interação de seus membros. A empresa percebeu descontrole nas suas negociações devido ao uso excessivo de comunicação virtual e com isso o comportamento “robotizado” de sua equipe trouxe queda na produção e nos serviços. O home office no caso da Yahoo surtiu efeito em pouco tempo. Em outras empresas a implantação do programa vem mostrando bons resultados, com ajustes para manter a noção de responsabilidades necessárias que seus funcionários precisam cumprir e, assim, a flexibilidade de local e horário de trabalho tenham êxitos dentro das expectativas do grupo.
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