João das Neves - Vida e Obra
Por: ieropa • 24/5/2018 • Bibliografia • 405 Palavras (2 Páginas) • 124 Visualizações
João das Neves - Vida e obra
Cenógrafo, figurinista, autor , Iluminador, autor, diretor de teatro, radialista e ator acumula ainda muitas experiências. Desde início da década de 1960, vem deixando sua marca na cultura brasileira.
Dirigiu o Teatro de Rua do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE até o golpe de 1964 e foi um dos fundadores do Grupo Opinião, marco da resistência contra a Ditadura. Fez um curso de Práticas em Ciências Teatrais, na Alemanha, estagiando no setor de peças radiofônicas da Westdeutscher Rundfunk. Dirigiu óperas contemporâneas como Continente Zero Hora, de Rufo Herrera e Corpo Santo, de Jorge Antunes. Roteirizou e dirigiu inúmeros shows com os nomes mais significativos da MPB. Escreveu e dirigiu O último carro, ganhador de mais de 20 prêmios, entre eles, o Golfinho de Ouro, três Molière, Bienal Internacional de São Paulo, etc. É autor ainda de Mural mulher; Café da manhã; O quintal, e A pandorga e a Lei.
Em 1986 fundou, no Acre, o Grupo Poronga, para o qual escreveu e dirigiu Tributo a Chico Mendes e Cadernos de acontecimentos, frutos de suas experiências com seringueiros e ribeirinhos. Em 1991, concorre a uma das Bolsas Vitae, dedicando-se então às pesquisas junto à Nação Kaxinawá, das quais resultou Yuraiá, o rio do nosso corpo. Como diretor, ator, professor, tradutor, escritor, iluminador teatral e radialista acumula ainda muitas experiências.
João das Neves, carioca, nascido em 1934 e casado com Titane, foi fundador do Grupo Opinião e diretor do CPC. Sua obra contribui profundamente para a história do teatro brasileiro. Sua trajetória é singular, tanto pela duração, quanto pela qualidade de suas obras. Ainda ativo, ele voltou aos palcos com a peça "Lazarillo de tormes", João das Neves produziu para um amigo uma versão da história para o teatro, incorporando inclusive a história de como ela foi achada. Como o projeto não foi para a frente, decidiu ele mesmo encenar a obra, assumindo inclusive o papel-título. A volta aos palcos, depois de quase duas décadas trabalhando somente como diretor, deu-se, portanto, por seu encanto com o texto e o trabalho. Como ele afirma: "'Estar no palco é uma experiência fascinante. Tem a adrenalina dos esportes radicais, como escalar uma montanha, mesmo sabendo do risco de cair''.
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