MIGRAÇÃO, URBANIZAÇÃO E OCUPAÇÃO DAS CIDADES
Por: Matheus Torres • 21/11/2019 • Tese • 2.337 Palavras (10 Páginas) • 160 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Caio Vinícius de Lima e Silva
Gabriell Duarte
João Almeida Pinheiro
Matheus Torres de Oliveira
Pedro Henrique Soares do Nascimento
William Resende Shaw
MIGRAÇÃO, URBANIZAÇÃO E OCUPAÇÃO DAS CIDADES
BELO HORIZONTE
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO..............................................................................................................................3
2- PROCESSO HISTÓRICO DA MIGRAÇÃO POR UM VIÉS ECONÔMICO NO BRASIL...............................................................................................................................................4
3- URBANIZAÇÃO............................................................................................................................5
4- TIPOS DE MIGRAÇÃO...............................................................................................................6
5- PROBLEMAS DA MIGRAÇÃO E URBANIZAÇÃO...............................................................7
6- CONCLUSÃO..............................................................................................................................11
7- REFERÊNCIAS...........................................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO:
Migração é entendido como o processo de deslocamento, seja de entrada ou saída, de indivíduos dentro de um determinado espaço geográfico. De modo geral, esse processo é em busca de uma melhor qualidade de vida podendo ser temporário ou definitivo. E pode ser desencadeado pelos mais diversos e distintos motivos, como por exemplo: motivos econômicos, culturais, religiosos e naturais.
Já urbanização é definido como o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Mas pode ser entendida também, como o processo de transformação de uma área rural, através de tecnologia, luz, internet, saneamento, indústrias e máquinas.
Dada essa introdução de contextualização do tema vamos para a discussão principal: migração, urbanização e ocupação das cidades.
2. PROCESSO HISTÓRICO DA MIGRAÇÃO POR UM VIÉS ECONÔMICO NO BRASIL
Nossa história é uma história de migrações. A migração interna no Brasil, ou seja, entre estados ou regiões provêm em maior parte de motivos ecológicos ou econômicos e não de guerras ou conflitos religiosos, como em outros locais do mundo.
Inicialmente podemos citar o fim do ciclo da cana-de-açúcar e início do ciclo-do-ouro, provocando migração para Minas Gerais e Goiás. Outro exemplo foi o ciclo-da-borracha que atraiu número relevante de pessoas para a região Amazônica. E por fim o ciclo-do-café que atraiu pessoas para o estado de São Paulo e sudeste de modo geral. O êxodo rural é a forma de migração mais presente no histórico brasileiro, a saída do campo em busca de oportunidades melhores de vida na cidade no âmbito de emprego e de consumo, motivadas também pela precariedade do campo, ou seja, falta de itens básicos como saúde e educação, além da concentração de terras na mão dos latifundiários e mecanização da atividade agrícola.
Temos outros exemplos como a seca no Nordeste e o polo industrial, único, naquele momento, na região sudeste nos anos 70.
Historicamente a região sudeste foi a que recebeu maior número de migrantes e devido à isso há alguns anos apresenta um declínio nos números de migração, devido a estagnação da economia local. Ou seja, a região já não é mais promessa de vida melhor aos de fora, já não consegue suportar e acolher todos com qualidade. Serviços não suportam a quantidade de pessoas e o desemprego aumenta. Com isso o ciclo migratório se transferiu à região centro-oeste, exemplos disso foi a construção de Brasília e a construção de Goiânia. Como reflexo, dados divulgados pelo PNAD/2008 mostram que 30% da população dessa região é oriunda de outras regiões.
Falando de migração internacional, se for abrir em detalhes todo o fluxo histórico de entrada e saída do Brasil levaríamos muito tempo, pois temos desde os portugueses e europeus que vieram colonizar e povoar, os escravos africanos que vieram forçados, passando por comunidades italianas, japonesas até os dias de hoje com haitianos e venezuelanos que enxergam o Brasil como uma opção de vida dada a situação humilhante que vivem devido à um desastre ambiental e à uma crise política. Do lado inverso temos na história a saída frequente de brasileiros em busca do sonho americano, ou de uma vida melhor na Europa em países como Portugal.
3. URBANIZAÇÃO
O processo migratório está indiscutivelmente atrelado a processos de urbanização, industrialização e êxodo rural. Em uma primeira análise é fundamental apresentar a questão de políticas governamentais como fundamentais para o incentivo a fluxos migratórios. Os governos de Getúlio Vargas e JK apresentaram políticas de grande incentivo a industrialização e a incentivos trabalhistas, principalmente na região Sudeste do Brasil. Em decorrência dessas políticas e da concentração industrial no país foi possível observar um intenso fluxo migratório no país, principalmente da região Nordeste para a Sudeste. Em decorrência desses fluxos foi possível observar nesse contexto um fluxo de cerca de 30% dos moradores do campo para as cidades, principalmente entre as décadas de 70 e 80.
No entanto, no contexto atual o que se observa é um movimento contrário. Em decorrência da descentralização industrial que tem como objetivo alcançar regiões com baixos custo de produção, incentivos fiscais e baixos custos da mão de obra, é possível observar uma crescente tendência de movimentos de migração de retorno (assunto que será abordado adiante) principalmente devido a instalação de empresas na região Nordeste do país, o desenvolvimento de rodovias e da Zona Franca de Manaus e a expansão do agronegócio na região Centro Oeste do Brasil.
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