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MOVIMENTOS SOCIAIS E A EDUCAÇÃO: EXPERIÊNCIAS E UMA CHAMADA AO SENSO CRÍTICO- REFLEXIVO

Por:   •  26/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PEDAGOGIA

VITÓRIA ROMANA GRAÇA

MOVIMENTOS SOCIAIS E A EDUCAÇÃO: EXPERIÊNCIAS E UMA CHAMADA AO SENSO CRÍTICO- REFLEXIVO

RIO DE JANEIRO

2018

VITÓRIA ROMANA GRAÇA

MOVIMENTOS SOCIAIS E A EDUCAÇÃO: EXPERIÊNCIAS E UMA CHAMADA AO SENSO CRÍTICO- REFLEXIVO

 

            Projeto de Monografia apresentado como requisito    Parcial para obtenção de grau na disciplina Pesquisa e Prática em Educação VI do curso de Pedagogia da UNESA.

                  Orientadora: Prof. Norma Kirsten

RIO DE JANEIRO

2018 


LINHA DE PESQUISA

Movimentos sociais e educação.

ASSUNTO: Abordagem acerca das influências das lutas sociais.

TEMA: Divergências educacionais, lutas e respectivas conquistas.

TÍTULO: Movimentos sociais e a educação: experiências e uma chamada ao senso crítico-reflexivo.

1.  INTRODUÇÃO   

      Os episódios sociais e políticos em meados dos anos 60 no Brasil foram enfaticamente consolidados pelo surgimento de uma das mais importantes e influentes formas de mobilização social da época: Os movimentos estudantis, no qual tinham por motivação a reivindicação de melhorias nas pendências dos setores sócio educacionais e o clamor a queda da ditadura (1964-1985). A estes movimentos do passado cabem reflexões e estudos, afim de que exerçamos de forma ativa e consciente a cidadania na atualidade vigente.

1.1. DIVERGÊNCIAS SÓCIAS EDUCACIONAIS E SUAS RESPECTIVAS REVOLTAS

     É sabido que não é a primeira vez em que o cidadão brasileiro é visto atrelado à cenária de lutas e reinvindicação por seus direitos, porém para entender melhor como o movimento estudantil universitário se tornou uma das mais importantes peças políticas dos pais, faz se necessário considerar algumas mudanças governamentais que atingiram o sistema de nível superior brasileiro. Chegado ao fim dos anos 50, começara um processo de pivô na construção de faculdades e universidades. Para um país em fase de desenvolvimento, seria um 'check match' à frente no mecanismo de modernização.

Nesse período, o aumento de vagas e consecutivamente de estudantes se tornou notório, em geral estudantes de classe média foram os privilegiados. Se de um lado o país avançava lentamente em questões de modernização, por outro se consolidavam grupos e correntes políticas estudantis que ficavam cada vez mais fortes e atuantes nos meios políticos. As correntes dos esquerdistas (assim conhecidos) tinha por base um modelo Marxista-transformador, sem demora foram conquistando seu espaço ao dirigir as deficiências do sistema de Ensino Superior.  Dentre muitas lutas e conquistas suas principais foram:

  • A Reforma da universidade 1960: Levou-se em pauta o seguinte questionamento: Qual seria o papel social da faculdade?

  • Golpe de 1964:Início de um período ditatorial e repressor no Brasil.

  • Diretas já (1983-1984):Luta pela democratização do voto e o não monopólio partidário
  •  Movimento dos Caras-Pintadas (1992): Manifestação onde os estudantes se caracterizaram com os rostos pintados de preto em forma de repúdio ao governo de Fernando Collor. Levando ainda como adicional uma onda de multiplicidade cultural para toda uma pátria.
  •  Redução do preço da passagem (2013): Manifestação em prol da redução da tarifa do transporte público e coletivo de R$ 3,20(três reais e vinte centavos) para R$3,00(três reais).

   Considerando a educação e seus recortes podemos afirmar que os movimentos sociais estudantis influenciam em demasiado para a nossa formação como seres críticos-reflexivos. Com ênfase também aos direitos de exercer cidadania e livre expressão. Nesta perspectiva, “espaços públicos de se fazer política”. Consideramos, assim, que as experiências ou experimentos de participação social na atualidade têm trazido à política um novo significado: a política entendida como forma de sociabilidade (TELLES, 2000), e têm provocado mudanças, inclusive, no sentido da democracia, desenvolvendo “a ideia de que a democracia não é só um regime político, mas é um regime de vida” (RIBEIRO, 2000).

      Contudo, o que se pode conotar atualmente é um contraste social no modo de movimentação por parte dos manifestantes. De um lado, as conquistas sangrentas das ruas nos movimentos passados, de etnias, de gênero, educacionais, do trabalho e políticas que nos cercam e soam como troféus empoeirados aos olhos nacionais; de outro, os grupos sociais da modernidade que optam (em sua grande maioria) por se manifestar, peculiarmente pela internet, formando redes que reivindicam o direito à expressão plena de suas identidades, sejam elas quais forem.

 Tal fragmentação consolida debates incansáveis e desgastantes que, por sua vez qualifica uma forma de manifestação e em contrapartida denigre a outra. Em exemplo desta prática etnocêntrica, em uma entrevista informal concedida a empresa Veja (2007) duas candidatas foram entrevistadas, afim de se obter e comparar as diferenças de pensamento de ambas. Pergunta chave: Quanto aos movimentos sociais educacionais no Brasil e suas evoluções, você como cidadão se sente privilegiado(a) ou insatisfeito (a)?.

 Vejamos as respostas abaixo:

  • Candidata A - 38 anos:" Insatisfeito, pois os jovens do passado eram mais ativos e fervorosos com as questões sócio governamentais, hoje se encontram adormecidos/presos pelas 'selfies' e futilidades nas redes sociais, não vão mais as ruas como antigamente";

  • Candidata B- 20 anos: "Acredito que seja uma pessoa privilegiada, porque foram tantas conquistas honradas como: Diretas já, 'Fora Collor',' A queima de sutiã', Redução do preço da passagem, 'Fora Temer', entre outras. Embora não tenha participado diretamente nas ruas, utilizei-me de outras ferramentas tecnológicas para fazer também minha manifestação. Acredito que uma ferramenta de manifestação não anula a outra"

Diante destas duas falas podemos observar a presença de um termo muito utilizado pelos estudantes do curso de licenciatura em pedagogia, o etnocentrismo (pensar e agir validando apenas a sua própria cultura em detrimento das demais) impregnado na fala da Candidata A., no entanto estes movimentos educacionais devem vir a meio de proporcionar acordos, estímulos éticos e melhorias para seus usuários, não a caracterização de disputas ideológicas uma em detrimento das outras. Paulo Freire aponta sobre esse tal senso ético e cuidado que a educação em relação a movimentos sociais deve ter. Vejamos: " assim, o respeito é autonomia e a dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos conceder ou não uns aos outros ".

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