O ASSÉDIO MORAL EM UM SEMINÁRIO RELIGIOSO

[pic 1][pic 2]

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ [pic 3] Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Divisão Centrais de Apoio à Pesquisa

RELATÓRIO FINAL

Título: ASSÉDIO MORAL EM UM SEMINÁRIO RELIGIOSO

1. DADOS DO COORDENADOR
Nome:	Aparecida do Rocio Freitas
Departamento: Administração - DAD	Centro: Ciências Sociais Aplicadas - CSA

2. DADOS DA EQUIPE EXECUTORA*
Nome:	Augusto Cesare de Campos Soares
Departamento: Administração - DAD	Centro: Ciências Sociais Aplicadas - CSA
Período de participação: de 01 de fevereiro de 2010 a 31 de janeiro de 2011

*Se necessário, reproduzir.

Nome:	Vinicius Marcelo de Jesus Fagundes
Departamento: Administração - DAD	Centro: Ciências Sociais Aplicadas - CSA
Período de participação: de 01 de Fevereiro de 2010 a 31 de Janeiro de 2011

Nome:	Johnny Toshio Hoshino
Departamento: Administração - DAD	Centro: Ciências Sociais Aplicadas - CSA
Período de participação: de 01 de Fevereiro de 2010 a 31 de Julho de 2010

3. DADOS DO PROJETO
Início: 01 de Fevereiro de 2010	Término: 31 de Janeiro de 2011
Período de abrangência deste relatório:	de 01 de Fevereiro de 2010 a 31 de Janeiro de 2011

4. RELATÓRIO FINAL -  ASSÉDIO MORAL EM UM SEMINÁRIO RELIGIOSO

4.1. Introdução

O assédio no trabalho, como a agressão e a perversidade, embora haja 25 anos presente no cenário internacional como objeto de pesquisa e intervenção profissional, ainda é envolto de imprecisões conceituais. No Brasil, o tema começa a ser debatido a partir do ano 2000, articulado com as discussões sobre saúde no trabalho. Dado seu caráter recente e a vertente da medicina do trabalho e legal que foca o indivíduo e ainda permeia a maioria da produção acadêmica nacional, esses estudos refletem com maior intensidade as dificuldades encontradas pelos estudiosos estrangeiros para sua caracterização e estudo.  Atualmente, o assédio, em todas as suas modalidades, sexual ou moral ou como perversão, ou violência explícita, é considerado um fenômeno multidimensional e multidisciplinar muito mais complexo que apenas o âmbito jurídico e psicológico ou psicossomático.

Justifica-se essa pesquisa como uma forma de contribuição para desvelamento, em um espectro abrangente, as estruturas subjacentes aos atores, suas relações e inter-relações e ao cenário em que e como se desenrolam as patologias relacionadas ao assédio moral. Assim o seu pressuposto discorre sobre o preceito de que as organizações em geral enfrentam o problema do assédio moral.

Especificamente, a pesquisa é centrada na Instituição Religiosa vista como Instituição Total segundo Goffman (1957 apud ETZIONI, 1973), lócus quase inexplorado na produção brasileira. Esse tipo de instituição caracteriza-se por ser fechada e isolada, mantendo estereótipos antagônicos entre líderes e subordinados, com liderança centralizada e autoritária, onde a moral e a ética prevalecem aos direitos e preceitos mais básicos do indivíduo. Os autores que tratam do tema de assédio moral estuda-o em aspecto social, familiar, pessoal e nas esferas profissionais, onde delineiam sobre organizações públicas ou privadas sobre um ponto de vista psicológico e jurídico. Entretanto não foram encontradas referências que tratam especificamente do assédio moral em seminários religiosos sobre o ponto de vista da administração, mas toma-se como ponto de referência para condizer com a realidade que pode ser encontrada em instituições totais, onde suas estruturas hierárquicas com características centralizadoras se assemelham com aquelas existentes nos seminários religiosos.

Neste sentido, os objetivos da pesquisa abrangem a definição do assédio moral em suas várias configurações, a apresentação, descrição e interpretação das relações entre o assédio moral e a instituição total – seminários religiosos através da discussão dos conceitos teóricos buscando evidenciar a percepção de seus membros.

 Parte-se da correlação do conceito de assédio moral e das características da instituição religiosa, enquanto instituição total identificado pelos diversos autores da literatura corrente, para demonstrar de que modo às práticas existentes nas instituições religiosas permitem supor a possibilidade de existência do assédio moral e se esse pode ser considerado um instrumento de gestão.

4.2. Desenvolvimento

4.2.1. O ASSÉDIO MORAL

4.2.1.1. O CONCEITO DE ASSÉDIO MORAL E SUAS CONFIGURAÇÕES

Na perspectiva de entender o assédio moral é relevante a exposição de seus conceitos e configurações a partir dos principais estudiosos na literatura corrente.

O assédio moral segundo Hirigoyen (2002), é uma forma de perseguição e degradação de uma pessoa em um ambiente familiar, social ou organizacional que ocorrem de maneira sutil e gradativa. O foco da pesquisa é nas conseqüências do assédio dentro do âmbito organizacional, analisando e discutindo suas motivações por parte do agressor e suas conseqüências para as vítimas.