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O Acolhimento de bebês em abrigo - Educar e cuidar de bebês

Por:   •  13/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.468 Palavras (6 Páginas)  •  233 Visualizações

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Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG

Faculdade de Educação – FaE

Disciplina: Psicologia da Educação para a Educação Infantil

Docente: Viviane Alvim

 Entre o singular e o coletivo: o acolhimento de bebês em abrigo

  Educar e cuidar de bebês

Belo Horizonte

2017

Aretha Laila

Agnes Luisa

Danúbia Pereira

Fernanda Braga

Leidomar Mariano

Simone Santos

Thaina Luiza Matos

 Entre o singular e o coletivo: o acolhimento de bebês em abrigo

  Educar e cuidar de bebês

[pic 1]

Belo Horizonte

2017

Educar e cuidar de bebês

Flávia Montagna


   A autora aborda a importância que o adulto confie na capacidade do bebê de se expressar, e que a criança não seja cuidada simplesmente por técnicas impessoais. O brincar, por exemplo é considerado forma de cuidado, pois promove o desenvolvimento.
   Winnicott (pediatra e psicanalista inglês 1896-1974) chamou de Holding a maneira de segurar o bebê de forma que ele se sinta seguro; essa experiência desenvolve a percepção da integração de seu corpo e de sua identidade. Em instituições que atendem bebês, nem sempre é possível oferecer o colo às crianças, é comum a advertência de um choro ser considerado manhã, entretanto, é importante reconhecer e nomear a necessidade do bebê sempre que possível. Muitos profissionais recorrem à idéias criativas como contação de histórias, músicas e brincadeiras como alternativas acolhedoras e substitutas ao colo. Desta forma, considera-se bom o bebê não ficar somente no colo, pois através dessas situações ele observa a alternância entre o seu corpo e o corpo do adulto.

        A questão da educação e dos cuidados com os bebês e com as crianças que ficam/permanecem uma parte de seu dia separadas de seu âmbito é uma discussão recente no campo da educação infantil. E no caso das instituições de acolhimento? Como podemos pensar a educação nesses espaços?

        Segundo o Referencial Nacional de Educação Infantil: “Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis...”

        “Para cuidar é preciso estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado.

        Em 1996, foi sancionada a nova LDB que modifica o lugar da Educação Infantil, tornando-a a primeira etapa da Educação Básica. Antes a educação infantil era mais assistencialista pois visava sanar as supostas carências das crianças e suas famílias. Ao incluirmos as ações de cuidar e educar no contexto do acolhimento de bebês e crianças pequenas, temos que ter em vista uma educação que não se limite apenas à prática do ensino de conteúdo. E como podemos pensar essa educação?

        O educador é quem será responsável pela primeira educação da criança onde entrarão em jogo as funções materna e paterna e os momentos lógicos de alienação e separação.

        A autora aborda a importância do cuidado materno para o desenvolvimento emocional do bebê e de que forma o abrigo poderá suprir a ausência da mãe ou mesmo acolhê-lo num quadro específico como o caso de mães adolescentes que também carecem de serem assistidas.

        A chegada de uma criança a uma instituição é positivamente comparada a preparação de uma família para o nascimento de um bebê e da mesma forma, deve-se haver um preparo para o recebimento, no abrigo quanto ao espaço físico e também psicológicos, preparando crianças e educadores para recebê-lo. Algo inovador colocado é conversar com o próprio bebê, para explicar que ele será cuidado, falar de sua história, buscando trazê-lo se situar nesse novo espaço.

        A autora traz como exemplo prático a chegada de duas gêmeas, Anita e Camila, que foram levadas ao abrigo devido ao encarceramento da mãe, tal situação exigiu tempo para preparar o local e gerou muita expectativa sobre a chegada dessas crianças. Observa-se, nesse caso a relevância do tempo de preparo e também de mobilização em prol de duas crianças.

        A questão que envolve receber bebês que foram separados da mãe é muito delicada e exigirá muito empenho do educador, pois, a criança não encontra nele a voz e o calor maternos. O educador, sabendo a história das crianças, como no caso da mãe que estava presa, causa neles a sensação de estar “autorizado” a cuidar e que a mãe está sofrendo pela ausência da criança.

        Os bebês serão tratados por diferentes educadores, devido a troca de plantões. Por esse motivo é fundamental uma boa comunicação entre eles, afinando o discurso, elaborando um plano pré-estabelecido, com a mesma rotina. Tais procedimentos, deverão ser unificados através do PIA (Plano Individual de atendimento), o que nos permite observar a importância de seguir esse padrão para formação do bebê e correto desenvolvimento nessa fase. Sendo que esses educadores devem estar dispostos a seguir uma forma unânime, independentemente das diferentes relações que o bebê criará com cada pessoa.

        É necessário que os educadores das instituições de acolhimento troquem informações sobre os diferentes turnos para que assim possam manter a mesma maneira de cuidado com a criança. Cada criança precisa ter um educador-referência, esse será o responsável pelos cuidados daquela determinada criança. A escolha desse cuidador deve levar em consideração o consenso coletivo além de analisar como o bebe responde aos cuidados do educador.

        É importante ressaltar que mesmo o educador estabelecendo um vínculo afetivo com a criança, esta relação foi criada a partir de seu trabalho diferente dos pais. Essa diferença se torna necessária pois é o educador quem trará suporte a criança acolhida.

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