O Código de ética dos Profissionais de Administração

PATRÍCIA NUNES NASCIMENTO FERREIRA

Itapetinga

2014

RESUMO

O texto mostrou como o código espelha um formalismo e uma burocratização da ética dentro do universo das organizações nas quais os profissionais de administração atuam.

As organizações em suas estratégias têm de considerar as suas responsabilidades perante todos os agentes com os quais se relacionam. Para tal, um modelo de gestão que contempla estas múltiplas responsabilidades organizacionais é a Teoria dos Stakeholders, proposta por Freeman (1984), que pode ser entendida como uma derivação prática do conceito weberiano de ética das responsabilidades.

A pesquisa busca analisar de maneira aprofundada o conteúdo do Código de Ética dos Profissionais de Administração. A análise mostrou também como o código de ética espalha um formalismo e uma burocratização da ética dentro do universo das organizações nas quais os profissionais de administração atuam.

A própria existência de um código de ética se encaixa no contexto do formalismo, uma vez que, inicialmente, ela não poderia ser prescritiva, já que estava baseada em uma reflexão sobre os valores morais.

O despertar crescente dos gestores para a necessidade de respeitarem códigos de ética na sua atuação está relacionado com a percepção igualmente crescente, entre os profissionais de administração, de que, no longo prazo, a postura ética pode resultar em importantes vantagens competitivas decorrentes de uma imagem positiva projetada na comunidade e do aumento da satisfação e da melhoria do desempenho dos trabalhadores.

Palavras-chave: Burocratização, Organizações, Código de Ética dos Profissionais de Administração, Formalismo.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................03

2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................................04

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................04

2.2 CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS.........................................................04 a 05

2.3A CONCEPÇÃO DA ÉTICA NA FORMAÇÃO DAS EMPRESAS E DOS PROFISSIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO...................................................................05 a 08

2.4 ANÁLISE TEMÁTICA..............................................................................................08 a 10

3. CONCLUSÃO....................................................................................................................11

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................12

1. INTRODUÇÃO

Como referência de conduta para os atos dos administradores no Brasil, há o Código de Ética dos Profissionais de Administração. Ele se propõe a “regular a conduta moral e profissional e indicar normas que devem inspirar o exercício das atividades profissionais”.

Este artigo traz um resumo sobre o Código de Ética Profissional do Administrador, extraindo os pontos básicos de cada parte considerada pertinente.

O objetivo do estudo é buscar esclarecer de que forma o código de ética se estabelece nesse instrumento regulador dos profissionais de administração no Brasil. Busca também atingir os objetivos propostos, onde será realizada uma análise qualitativa do código de ética dos profissionais de administração.

2.0 DESENVOLVIMENTO

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O estudo da ética apresenta grande pertinência, tendo em vista a crescente demanda da população brasileira por um maior respeito aos valores morais, principalmente em relação ao nosso quadro político. Ele busca evitar que as organizações adotem uma postura de lucro a qualquer custo, que provoque grandes problemas para a sociedade. A ética empresarial visa frear o impulso da organização em executar atividades prejudiciais à coletividade e até mesmo criminosas em busca do lucro, provocando a reflexão ética em seus gerentes.

Há uma forte presença do formalismo na concepção da ética empresarial, o qual se manifesta de duas formas. A primeira, salientada por Guerreiro Ramos (1987), leva em conta a definição de formalismo dada por Fred Riggs, que define como “a discrepância entre a conduta concreta e a norma prescrita que supõe regulá-la” (RIGGS, 1964 apud GUERREIRO RAMOS, 1987). Isso pode ser percebido na baixa efetividade dos códigos de ética, que não apresentam significativas mudanças de comportamento dos indivíduos. A própria existência de um código de ética se caracteriza em um formalismo, uma vez que a atitude eticamente positiva pressupõe o exercício reflexivo, que simplesmente não condiz com prescrições formalmente definidas.

A influência do formalismo na ética empresarial trouxe alguns conceitos como procedimentos definidos por normas, cargos e até mesmo departamentos