O Economia e Mercado
Por: Tatielle Cardoso • 22/4/2015 • Projeto de pesquisa • 6.944 Palavras (28 Páginas) • 167 Visualizações
Introdução
Economia pode ser dividida em duas visões básicas: a Microeconomia, que considera o comportamento dos agentes econômicos e dos mercados em que operam, por exemplo, sob a perspectiva dos preços de determinado produto (o café, o tomate, automóveis, etc.), e a Macroeconomia, voltada para o estudo de agregados mais amplos (inflação, desemprego, câmbio), os quais afetamo mercado de uma nação inteira, levantando questões como: por que os produtos estão ficando mais caros? O que fazer para alavancar o crescimento econômico desse país? Por que é tão alto o índice de desemprego? Enfim, em analogia, a Macroeconomia seria uma “floresta” da qual pertenceriam várias “árvores”, cada qual um pequeno universo analisado correspondente a cada perspectiva da microeconomia.
Nesta apostila veremos dois pontos básicos da Economia. O primeiro diz respeito às políticas econômicas que um governo pode praticar. O segundo, em quais estruturas de mercado um agente econômico pode operar.
Políticas econômicas
A intervenção estatal atende determinados objetivos macroeconômicos, como pleno emprego dos fatores de produção, estabilidade do nível geral de preços da economia (estabilidade inflacionária), distribuição da riqueza nacional, manutenção da relação da moeda nacional com moedas estrangeiras, além dos objetivos de mais longo prazo relativos ao crescimento e ao desenvolvimento econômico.
Para atingir esses objetivos, o governo conta com várias políticas públicas e seus respectivos instrumentos. Destacamos as mais importantes e a relação de seus diversos instrumentos sobre o produto de um país.
• Política monetária.
• Política fiscal.
• Política cambial.
• Política de rendas.
Dado o seu maior impacto na vida econômica de um país, veremos com maiores detalhes as duas primeiras políticas (monetária e fiscal), não descuidando, entretanto, da análise das duas outras políticas (cambial e de rendas).
Por fim, o aluno não deve esquecer que há outras políticas importantes, tais como:
• Política de investimentos.
• Política das relações econômicas internacionais.
Figura 1–As políticas econômicas
Fonte original: Assaf Neto.
Política Monetária.
Conceito.
A política monetária diz respeito à atuação sobre os chamados meios de pagamento, a oferta de títulos públicos e alterações nas taxas de juros, com o objetivo de influir em decisões de consumo, investimento e poupança da população.
A política monetária afeta, ademais, a taxa de desemprego, o nível de inflação, além de indiretamente afetar o valor da moeda nacional frente a moedas estrangeiras.
Figura 2 - Mecanismos de propagação da politica monetária
Fonte: O autor.
Em sentido restrito, meios de pagamento correspondem ao total de moeda em poder do público e os depósitos à vista nos bancos comerciais. É A QUANTIDADE DE DINHEIRO QUE UMA ECONOMIA NECESSITA PARA GIRAR A PRODUÇÃO DE UM PAÍS.
Aspecto importante sobre meios de pagamento é que eles devem existir em volume compatível com o Produto Interno Bruto (PIB) de um país. Pense no sangue humano: da mesma maneira que uma criança (um “país” de pequeno PIB) precisa de menos sangue que um adulto, um adulto (o país “maior”, de maior PIB) necessitará um volume de sangue compatível com seu tamanho. Assim, à medida que o PIB de um país cresce, deve também crescer o volume de pagamentos existente em sua economia.
Deve-se entender que volumes insuficientes de meios de pagamento reduzem, portanto, a capacidade de crescimento do PIB.
Por sua vez, volumes excessivos - maiores que a necessidade da economia naquele momento – geram inflação.
Você, aluno, deve entender bem o conceito acima: ele será essencial para o entendimento da influência da política monetária sobre a atividade econômica.
Oferta de títulos públicos.
Títulos públicos são documentos emitidos pelo governo (União, Estado ou município ) que pagam juros aos seus titulares. Servem para:
• Financiar um déficit do orçamento público (o ente federativo – União, Estado ou município – arrecadou menos que gastou).
• Antecipar receitas futuras com impostos (o governo sabe que irá receber impostos no futuro e antecipa o recebimento desses valores colocando títulos no mercado. Perderá, todavia, parte da receita futura com o pagamento de juros).
• Garantir uma oferta adequada de meios de pagamento ao mercado de um país.
O que é e como é formada a taxa de juros.
A TAXA DE JUROS É O CHAMADO CUSTO DO DINHEIRO, o que é cobrado para emprestá-lo.
A taxa de juros básica de uma economia é normalmente fixada pelo Banco Central do país, através da colocação de títulos do Governo (e não através de decretos, por exemplo).
Essa taxa de juros básica, entretanto, difere da taxa de juros cobrada por bancos e financiadoras. Essas instituições cobram uma diferença para a taxa básica, diferença condicionada ao risco que têm em emprestar dinheiro. Como o Governo é o mais confiável pagador INTERNO que um país pode ter, a taxa de juros que o governo paga é a menor no mercado (se assim não fosse, o país estaria em forte crise econômica). As taxas de juros de bancos e financiadoras, utilizadas em empréstimos para pessoas e instituições com perfis diferentes de risco, são maiores que a taxa básica de juros. Ademais, são condicionadas a impostos, seguros, entre outros itens que elevam seu montante.
A taxa básica de juros – paga pelo governo - é o patamar sobre a qual as outras taxas são formadas. Daí sua importância para o mercado.
Baixar muito as taxas de juros pode provocar, dependendo da situação do país, inflação.
Grosso modo, a redução das taxas de
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