O Empreendedorismo

Ao longo de poucas décadas, o mercado sofreu grandes avanços, abrindo oportunidade para novos nichos, públicos e interesses, incitando as inovações, melhorias e adaptações. Empresas consolidadas e amplamente conhecidas perderam o seu espaço, gerando espaço para novas empresas e negócios que melhor foram aceitos pela época e população. Nesse contexto mutável, o empreendedorismo surge como uma alternativa aos trabalhos formais e como uma oportunidade para aqueles que desejam abrir seu próprio negócio, provocando mudanças na economia, na concorrência e na produtividade.

Dessa maneira, encontramos dois tipos de empreendedorismo: por necessidade e por oportunidade. O primeiro tipo refere-se ao empreendedorismo como solução para o sustento, como alternativa ao emprego formal ou ao desemprego. O segundo, por sua vez, refere-se ao empreendedorismo motivado por uma chance de mercado, pela percepção de uma necessidade não atendida, por uma melhoria que poderia ser feita, por uma oportunidade de ganhar dinheiro e status.

Considerando que há profundas divergências entre os países abordados pelo GEM, as nações são classificadas em três grupos distintos a partir do desenvolvimento econômico, atitudes, atividades, condições estruturais e sociais, além de outros requisitos. As economias factor-driven adentram no primeiro estágio dos três grupos. Os países participantes apresentam como característica baixos níveis de desenvolvimento, um setor agrícola expressivo na economia, baixo nível educacional e uma alta taxa de empreendedorismo por necessidade. O segundo nível, efficiency-driven, no qual se encontra o Brasil, é o nível intermediário, oferecendo grandes oportunidades para empreendimentos, mas com um índice de empreendedorismo por necessidade expressivo. A camada superior é a innovation-driven, economias baseadas em inovação, com empreendedorismo impulsionado, principalmente, pela oportunidade, com altas taxas educacionais, forte investimento em P&D, sofisticação e complexidade nas suas indústrias.