O Empreendedorismo Cinema
Por: davidjnio • 30/10/2017 • Trabalho acadêmico • 5.963 Palavras (24 Páginas) • 211 Visualizações
1. Introdução O empreendedorismo é um estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades referentes à criação de um projeto que pode ser empresarial, científico e técnico. Sua origem está no termo empreender que significa fazer, realizar e executar, sendo assim o empreendedor aquele que mostra competências e habilidades para criar, abrir e gerir um negócio, com o objetivo de propiciar resultados proveitosos. Tendo como principio esta visão empreendedora, buscamos um mercado pouco explorado no Brasil, o mercado áudio visual. Esta área é o espaço no qual se dá a produção e a comercialização de conteúdos produzidos para serem exibidos, inicialmente em salas de cinema ou em canais de televisão. Observando a deficiência que temos em nossa região com relação a salas de cinemas, decidimos criar de forma fictícia um Cinema. Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostra que o público das salas segue em trajetória de alta, mesmo com a crise fazendo com que os brasileiros reduzam seus gastos com lazer.
2. Apresentação
Com o objetivo de levar entretenimento e proporcionar lazer a várias classes de pessoas, implementaremos um Cinema em nossa cidade. Esta região tem grande falta de salas de cinema, este mercado está em ascensão e necessita ser explorado a fim de proporcionar uma forma de diversão aos consumidores. As salas de cinema estão localizadas em cidades pequenas e médias, e fora das capitais em todo o país, impulsionada pela abertura de mais shoppings nas regiões metropolitanas e no interior dos estados, o número de pessoas que assiste filmes vem aumentando.
Quem não se encantou quando foi pela primeira vez ao cinema assistir a um filme? Imagine então como ficaram as pessoas que assistiram o primeiro filme do mundo. Até o início do século XVIII, as únicas formas encontradas pelo homem para conservar a imagem de uma paisagem ou pessoa era guardando-a na memória ou sendo retratada em tela por um pintor. Essa realidade mudou quando, na França, em 1826, o inventor Nicephóre Niepce conseguiu registrar uma paisagem sem pintá-la, demorou 14 horas para alcançar o feito. A imagem foi registrada com o auxílio de uma câmera escura numa placa de vidro. O filme fotográfico só foi inventado em 1879, por Ferrier e aperfeiçoado pelo americano George Eastman. Algum tempo depois os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, que era uma câmera de filmar e projetar imagens em movimento. Com o cinematógrafo em mãos, os irmãos Lumière começaram a produzir seus filmes, cuja apresentação pública foi realizada pela primeira vez em 1895, na França. Para o público que assistiu ao filme aquilo era algo maravilhoso e surpreendente, pois até aquele momento a fotografia ainda era novidade. Foi pelo fato dos filmes não terem sons que surgiu a expressão “cinema mudo”, os atores falavam e em seguida surgia a legenda na tela. Um dos grandes destaques do cinema mudo foi Charles Chaplin. O cinema com som surgiu em 1926, com o filme "The Jazz Singer", da Warner Brothers, recurso criado com o auxílio de um sistema de som Vitaphone, porém o som do filme não era totalmente sincronizado. Somente em 1928 a Warner Brothers obteve sucesso com a sincronização entre o som e a cena, no filme “The Lights of New York". A partir desse momento o cinema passou por um processo de evolução até chegar aos dias atuais, com todo seu glamour e encantamento aliado à sofisticação e modernidade.
Temos como objetivo mostrar uma visão geral de como o negócio se comporta no mercado. Não sendo um plano de negócio, mas um perfil do ambiente que o empreendedor enxerga a sua oportunidade de negócio.
3. Mercado
O mercado consumidor de cinemas é formado por quem busca nos filmes um momento de lazer e descontração. O público é composto por pessoas de todas as idades, faixas etárias, homens, mulheres e crianças. Nesse sentido, pode-se imaginar que todos os brasileiros sejam potenciais consumidores deste tipo de negócio. Porém, segundo estudo elaborado por EARP e SROULEVICH (2008), o mercado consumidor brasileiro tem oscilado ao longo dos anos, tendo no ano de 1991 um total de 95 milhões de expectadores, perto dos 123 milhões no ano de 1997 e, no ano de 2007. Reduzindo para cerca de 89 milhões. Diversos são os fatores que afetam este tipo de mercado, desde situações macroeconômicas, que influenciam no poder aquisitivo das pessoas, o surgimento de outros formatos de entretenimento, como os CDs, DVDs, internet e as televisões a cabo, e o próprio valor do ingresso. (EARP e SROLEVICH, 2008) Tendo em vista que o preço médio do ingresso de cinema no Brasil, no ano de 2007, estava na ordem de R$ 8,82 e uma quantidade de expectadores na ordem de 89 milhões, para o mesmo ano, estima-se que o mercado de exibição de filmes fatura algo em torno de R$ 800 milhões de reais somente com a venda de ingressos na bilheteria. Isso sem levar em conta os valores de produção, aquisição de direitos autorais para exibição, o faturamento com bombonieres e as propagandas, que presentam boa parte do faturamento do setor.
3.1. Concorrência
Tendo em vista que o perfil concorrencial de uma sala de cinema é bastante específico, exigindo não só um alto nível de investimento, sofisticação e qualidade, a concorrência se torna reduzida. Ademais, a diferenciação se dará no contato direto com o cliente, sendo, portanto a experiência do expectador o principal diferencial na hora da busca por este tipo de entretenimento. Ao final da década de 70 havia cerca de 3.000 salas de cinema no Brasil. Ao longo dos anos esse quantitativo sofreu bastante oscilação, chegando ao número reduzido de salas aproximadamente 1.000 salas ao final de 1997. Devido, principalmente, as política governamentais de incentivo promovidas no início da década de 2000, houve um crescimento no número de salas de cinema, estabilizando ao final de 2007 com um pouco mais de 2.000 salas e 417 mil assentos em todo Brasil. (EARP e SROLEVICH,2008) O mercado concorrencial brasileiro é bastante concentrado e acirrado, girando em torno de quatro grandes marcas que, em conjunto, representam cerca de 37% do total de salas de cinemas no Brasil. São elas: Cinemark com cerca de 17,1%, Grupo Severiano Ribeiro com 8,4%, UCI com 5,8%, Arcoíris com 5,1% e outros com 63,2%. Do ponto de vista da venda dos ingressos, essa concentração é ainda maior, visto que o Cinemark, Grupo Severiano Ribeiro e UCI representam, em conjunto, mais de 50% do total comercializado no Brasil. (EARP e SROLEVICH, 2008)Como visto, este é um mercado bastante concentrado e competitivo, onde o futuro empreendedor deverá estudar a região em que pretende abrir o seu negócio, sendo o grande diferencial a localização, isto é, se não há um cinema, principalmente, de grande marca para concorrer e a qualidade do som, imagem, assentos e serviços oferecidos. Além é claro de buscar sempre um diferencial, que pode vir dos tipos de filmes exibidos (cult, tipo B, documentários, etc.), da promoção de eventos de cinema e do preço competitivo. Dentre outros grandes concorrentes dos cinemas estão os canais de televisão fechados, que apresentam em seu conteúdo uma grande variedade de atrações e os filmes chamados pay-per-view onde estes são comprados diretamente no conforto das residências dos telespectadores. Além desses, há ainda os DVDs e os BlueRays, que possibilitam ao cliente alugar ou mesmo comprar filmes para assistir em casa. Porém, este tipo de produto possui um particularidade negativa, que é a grande demora entre o filme passado no cinema e o que está disponível nos canais fechados ou DVDs e BlueRays. Assim, entende-se que a concorrência deverá ser considerada em cada caso, de forma regional, principalmente pelo tamanho do público alvo e da concorrência existente no conforto das residências dos telespectadores. Além desses, há ainda os DVDs e os BlueRays, que possibilitam ao cliente alugar ou mesmo comprar filmes para assistir em casa. Porém, este tipo de produto possui um particularidade negativa, que é a grande demora entre o filme passado no cinema e o que está disponível nos canais fechados ou DVDs e BlueRays. Assim, entende-se que a concorrência deverá ser considerada em cada caso, de forma regional, principalmente pelo tamanho do público alvo e da concorrência existente.
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