O PROCESSO DECISÓRIO APOIADO PELO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

EM TEMPOS DE CRISE: O PROCESSO DECISÓRIO APOIADO PELO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

FREITAS, Hannah Maria Soares de¹ OLIVEIRA, Tatiana Souto Maior de²

RESUMO

O planejamento estratégico se desenvolveu durante os anos com o propósito de auxiliar nas estratégias das organizações, adaptando-se as diversas situações, por isso é muito relevante sua importância no mundo dos negócios. A partir do planejamento estratégico, as organizações podem identificar e trabalhar as oportunidades e as ameaças em seus negócios. A elaboração de um planejamento deve começar a partir do levantamento de dados para que seja conhecido o ambiente de atuação em que a organização se encontra. A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer um mapeamento dessas condições. As decisões devem está de acordo com as informações retiradas do diagnóstico do problema, bem como da análise e avaliação das possíveis alternativas. Uma decisão de qualidade deve está pautada no uso adequado da informação. Sabendo disso, é possível afirmar que o fator determinante para o sucesso de uma organização é o planejamento adequado e da tomada de decisão com qualidade.

PALAVRAS CHAVE: Estratégia. Organizações. Planejamento. Processo decisório.

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1. INTRODUÇÃO

Nos anos 90 o Brasil implantou o Plano Real e começou a se reerguer em meio a imensas mudanças e a uma das maiores taxas de inflação da história. As organizações viviam a instabilidade e precisavam lidar com todos os obstáculos para elaborar um bom planejamento a longo prazo, apesar de todas as incertezas do cenário econômico, político e social.

Não obstante, nos dias atuais estamos na mesma situação, muitas são as incertezas e está cada vez mais complicado entender o desempenho econômico e consequentemente projetar o das organizações, tanto a curto, como a longo prazo.

Considerando essas circunstâncias, as ferramentas do planejamento estratégico são postas a prova, pois projetar medidas seja ela de melhoria ou de obtenção de novos mercados, é especialmente difícil, ainda mais não sabendo em qual mercado vamos atuar. Por isso é importante nos prepararmos para diversas possibilidades. Mercados turbulentos exigem competências maiores e profissionais capacitados para a formulação de estratégias.

Baseado nessas informações surge a seguinte problemática: Como as organizações devem reagir aos tempos de crise? Esse artigo pretende apontar a melhor resposta baseada na utilização do planejamento estratégico nos processos decisórios de uma organização.

2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo Silva (2001, p.89) “o planejamento, é a parte fundamental da administração, e tem suas origens nas mais antigas civilizações, desde o momento em que o homem necessitou realizar tarefas e organizar tudo o que havia disponível no meio em que habitava”.

Nos primórdios dos conceitos de planejamento, ainda nem reconhecidos como tais, provavelmente surgiram na pré-história, entre as primeiras “donas-de-casa”, que tinham que ter de alguma maneira conhecimentos de planejamento. Por não ter espaço e nem tecnologia para conservar os alimentos, era preciso programar o término do preparo da refeição para quando o companheiro estivesse próximo,

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saber o momento de enviar um dos filhos para recolher gravetos ou tirar leite de cabras e desta maneira desenvolver conceitos semelhantes ao que hoje chamamos cientificamente de planejamento, controle de orçamento, estoque, produção, logística etc.. (Hindle, 2002).

O planejamento estratégico foi se desenvolvendo durante os anos, com o propósito de ajudar nas estratégias das organizações, se adaptando as diversas situações, por isso tão grande é sua importância no mundo dos negócios, independente do rumo/ramo que a organização esteja.

Segundo Kotler (1992, p.63), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”.

Drucker, 1984(p.133- 136), afirma que:

Planejamento estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.

Sabendo disto os gestores devem pensar e agir estrategicamente, apoiados pelo planejamento, assim poderão tomar decisões cada vez mais assertivas, propondo as melhores opções para conduzir os interesses das organizações, sem esquecer de levar em consideração o ambiente interno e externo.

2.1 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA

Muitas organizações já perceberam que os desafios e ameaças, que se deparam diariamente, devem ser transformados em oportunidades. Diante de um cenário com muitas incertezas, buscar ferramentas que auxiliem no processo gerencial fortalecem a base de uma construção de um futuro promissor.

Para que aconteça a construção e melhoria dessas organizações é necessário entender onde a organização está inserida, seu mercado, seus

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concorrentes, isto se dá através de uma das ferramentas que complementam o planejamento.

De acordo com pesquisas feitas pelo SEBRAE/SP (2014), cerca de 46% dos empreendedores iniciam os negócios sem conhecer os hábitos e o número de consumidores que seriam seu publico alvo, bem como 39% ignoram qual o capital de giro necessário para abrir a empresa e ainda 38% não sabem quantos concorrentes (sejam eles diretos ou indiretos) terão que enfrentar.

Essa mesma pesquisa constatou ainda que, 55% dos donos de empresa não se planejaram e nem construíram um plano de negócios antes de abrir a mesma. Essa falta de planejamento, bem como as deficiências na gestão e o próprio comportamento errôneo do empresário, são as principais causas de fechamento em seus primeiros anos de atividade.

Ainda que a literatura existente sobre o tema apresente diversas explicações plausíveis sobre a importância de formalizar um planejamento estratégico, é comum encontrar no mercado, relatos de empresas que experimentaram o fracasso apenas por não fazer seu plano de negócios de maneira