O Príncipe" de Nicolau Maquiavel

Resenha crítica da obra "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel

A obra "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel podemos dizer que se trata de um pequeno manual sobre a conduta de principes, descreve a maneira que se deve conduzir nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente como conquistar e manter um principado. Neste livro surge a famosa frase que diz que os fins justificam os meios, siginificando que não importa o que o governante faça em seus domínios para manter o poder como autoridade.

Começa o livro com uma dedicatória ao Magnífico Lourenço de Médicis, oferecendo-lhe o livro e as faculdades de toda sua sabedoria adquirida durante anos de experiência das coisas e incomodos perigos. Valorizando a sua obra para que o príncipe dê valor, leia e siga seus conselhos e recompense.

Descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: as monarquias e as repúblicas.

Escreve como um príncipe deve proceder ante seus súditos e amigos, que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para manter e garantir a segurança e o bem-estar.

É explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O melhor é ser visto como miserável, pois com este julgamento ele poderá ser generoso quando quizer e lhe convier, e o povo se acostumará com estas atitudes.Os príncipes que vão junto com seu exército atacar e saquear outras cidades deve ser generoso com seus soldados, para que estes continuem fieis e motivados.

Defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição fazem as pessoas pensarem duas vezes antes de trairem seus líderes. A morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou perdão faz mal a toda comunidade; o líder deve ser cruel às penas com as pessoas, mas nunca no caráter material, pois as pessoas esquecem mais fácil a morte do pai do que a perda da herança.

Argumenta-se no livro que o príncipe líder, o governante deve ser dissimulado quando necessário, porém nunca transparecer esta dissimulação. Um príncipe não precisa ter todas as qualidades, mas deve parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que as vezes é necessário agir contrário a estas virtudes, porém deve-se modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.

Maquiavel defende que o príncipe tome atitudes e faça coisas para não ser odiado, não demonstrar avidez ou desinteresse e também não consfiscar propriedades, evitando assim  de ser desposto.

O livro ensina como o príncipe deve agir para se manter no poder e como adaptar-se ao tempo e às situações que vivem. Maquiavel analisa as estruturas de um governo, oferecendo ao príncipe uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado pelo seu povo.