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O Que é Etnocentrismo?

Por:   •  12/3/2023  •  Resenha  •  498 Palavras (2 Páginas)  •  66 Visualizações

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ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo? - Pensando em partir, pág. 5-10.  5°.ed. São Paulo: Editora Brasiliense s.a, 1984.

  1. Pensando em Partir:

O Etnocentrismo é definido pelo autor como uma visão própria do mundo de cada indivíduo, definindo valores e modelos conforme o seu próprio modo. Portanto, indaga sobre um “fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais, quanto emocionais e afetivos”.

Pode ser definido também como um movimento unanime de um resultado gerado por um choque cultural, onde gostos, estilo de vida, pensamentos e modo de viver se tornam iguais. A divisão dos grupos definidos pelo etnocentrismo, se dá pelo “eu”, “outro” e “nosso”. O primeiro grupo do “eu”, faz sua visão como única, correta e possível de ser seguida, existindo sobre o saber, o progresso e o trabalho; o segundo grupo do “outro”, pode ser visto como engraçado, absurdo, anormal ou inteligível, caracterizado como atrasado e selvagem (vida animal); o terceiro grupo, “nosso”, é uma junção dos outros dois grupos definidos que o determinam como um conjunto a sociedade.

A atitude etnocêntrica, pode ser definida pela cultura do “outro” como funções desempenhadas por integrantes de diferentes culturas, como técnicas. Ao tentar fazer com que outra pessoa de outra comunidade exerça atividades de sua cultura, se decepcionam, pois a tradução de ações comuns para uns, podem ser taxadas como difíceis e peculiares para outros, por estarem fora dos seus contextos culturais. Portanto, “o etnocentrismo passa exatamente por um julgamento do valor da cultura do ‘outro’ nos termos do grupo do ‘eu’”.

Geralmente, o etnocentrismo é tratado pela apreensão do diferente/outro de forma bastante violenta, o tratando como errado e atrasado, “precisando ser destruído” por estar “atrapalhando” no desenvolvimento social e econômico. Um exemplo histórico dessa ação é o etnocídio, na matança dos índios. Ademais, a imagem do outro, sempre será manipulada pelo autoritário da forma que ele bem entender, retirando sua autonomia e o controlando, datando-o como errado e mal na sociedade, precisando ser controlado para não ocasionar problemas. Os livros de História do Brasil, carregam uma categoria de supostos donos da verdade, influenciado na sua forma de mostrar o passado através de um critério autoritário, fixando imagens totalmente etnocêntricas naqueles que o estudam.

O índio, é taxado como o “outro”, pela mera imagem sem voz e manipulado de acordo com os desejos ideológicos do patriarca, podendo ser encontrado nos livros de história pelos contextos: descobrimento do Brasil, sendo definidos, como selvagem e primitivo; processo da catequização, como inocente e necessitado de uma doutrinação; e por fim, a etnia brasileira, o destacando como corajoso e fundamental para a formação etnocêntrica do país.

Em síntese, pode-se concluir com as afirmações apresentadas pelo autor durante esse capítulo, as definições que realizamos sobre o “outro”, por ser diferente e pertencer a uma cultura e comunidade oposta do que consideramos “comum/normal” que se baseia primordialmente por uma formulação ideológica e perigosamente etnocêntrica. Precisando, portanto, uma alternativa que transforma a hostilidade que definimos do “outro”, a uma possibilidade de o trata-lo como “eu”.

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