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O Trabalho Atividade Individual

Por:   •  31/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.037 Palavras (13 Páginas)  •  140 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

        

Matriz Business analytics aplicado à SCM

Disciplina: Gestão da Cadeia de Suprimentos

Módulo: I

Aluno: Candida Almeida Confort

Turma: 0622-2_1

Tarefa: Atividade Individual – Caso SUV

Cite duas atividades logísticas importantes para a boa condução da venda de SUVs entre R$ 80 mil e R$ 110 mil.  

Ao falarmos da indústria automobilística estamos nos referindo a um produto que além de ter alto valor agregado, faz parte do sonho da maioria dos consumidores. Neste sentido deve-se buscar um Nível de Serviço que corresponda a este consumidor que além de exigente está cada vez mais conectado e para isso é preciso que as atividades logísticas estejam alinhadas para que além de maximizar o valor agregado do produto, vença a grande competitividade e atenda as exigências dos consumidores.

Nesta atividade podemos notar a enorme importância de uma cadeia de suprimentos bem planejada e conectada. Ballou (2006) dividiu Atividades Logísticas em Atividades Primárias que são consideradas atividadees mínimas, essenciais para o funcionamento da logística e que contribuem com uma enorme parcela dos custos totais, e Atividades de Apoio, que como o nome mesmo já diz, servem como subsídio para as Atividades Primárias, no entanto em alguns casos pode ter grande relevância em uma empresa. Por isso decidi ressaltar duas atividades logísticas, uma principal sendo primordial para atingir os objetivos e uma de apoio para pontuar a importância destas atividades.

Gerenciamento de Estoques: Por se tratar de uma das atividades mais custosas da logística, podendo comprometer de um a dois terços de todo custo, é de extrema importância definir bem as estratégias que serão utilizadas, regulando a relação de oferta e demanda para que se tenha a quantidade ótima de produto armazenado para que não haja excesso ou falta. Trabalhar com um estoque alto gera custo não só de espaço, mas de pessoal, insumos entre outras coisas.  Além disso um estoque mal gerenciado vai acarretar em um capital parado gerando custo quando poderia estar rendendo ou sendo aplicado de alguma outra forma.

Por outro lado, um estoque baixo pode parar a linha de produção causando atrasos na entrega do produto o que, principalmente em um setor de alto valor agregado como o autobilístico impacta diretamento no nível de serviço oferecido pela empresa.

No setor automobilístico, onde um produto finalizado ocupa um espaço considerável e que quanto maior a área armazenada maior será o custo, podemos enfatizar a importância de uma gestão integrada vizando um excelente nível de serviço e otimização de recursos gerindo estoques saudáveis com base em estudos e dados dos clientes, além de estratégias de Marketing alinhadas com as necessidades apuradas cuidadosamente com o apoio das novas tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Por ser um gerador de Valor de Tempo, é importante que produto leve o menor tempo possível para chegar ao consumidor final ficando menos tempo armazenado o que será determinante não só para a indústria que diminuirá seus custos, estará em vantagem em relação a concorrência, estará elevando a sua qualidade de atendimento, mas também para este consumidor que hoje deseja receber o seu produto cada vez mais rápido.

Manutenção de Informações: Apesar de ser uma atividade logística de apoio, neste caso do SUV notamos que manter uma base de dados com informações importantes, bem organizadas e definidas de maneira relevante pode ser o grande diferencial na hora do consumidor escolher um produto. Ter informação é essencial para a tomada de decisão e hoje na logística quem consegue integrar tecnologias de ponta com outros setores da cadeia conquista um diferencial importante.

Através de algorítimos é possível fazer suposições sobre um cliente (idade, localização, condição sócio econômica, histórico de compras, etc.) e cada vez mais vemos a possibilidade de que em horas, dias ou até semanas antes de um cliente entrar em um site para fazer uma compra, esta informação já tenha sido mapeada e o produto apresentado

 para ele. Como vimos no caso SUV através de buscas feitas e dados informados em outros sites um mapameamento do perfil do cliente foi feito e os dados foram utilizados para ofertar uma oportunidade. Além disso, essas informações já têm sido utilizadas por algumas empresas para que antes mesmo do cliente fazer a sua compra, seu armazém local já tenha garantido que seu estoque seja abastecido com as quantidades apropriadas de ítens que provavelmente o cliente já considerava comprar.

Uma manutenção de informações bem gerida pode ser vital para a logística e se tratando de um produto de alto valor agregado fazer bom uso dessas informações ajuda a reduzir distâncias, evitar desperdícios, diminuir o tempo e conseguentemente o custo com armazenagem e transporte.  Com isto podemos ver claramente o conceito “Just in Time” que em Português significa “Na hora exata”, conceito que funciona muito bem para as grandes montadoras e que além de otimizar as atividades citadas agrega ainda mais valor ao produto que será entregue ao cliente final.

 

Analise como o uso das tecnologias de ponta (big data, data mining, business intelligence, etc.) pode incrementar cada uma das atividades logísticas isoladamente.

Quando falamos de fluxo de informações na cadeia logística, estamos falando de um fluxo bidirecional que corre em todas as direções e é disparado no momento em que o cliente faz o seu pedido. Neste sentido é possível afirmar que cada vez mais o foco está no cliente pois é ele quem está no controle e por isso, é importante entender e atender suas necessidades da melhor forma e de maneira mais rápida. Hoje o cliente troca informações, estando cada dia mais social e móvel, fazendo com que as empresas busquem diferenciais competitivos se antecipando ao que o cliente precisa ou deseja.

A digitalização das empresas, que possibilita converter informações que antes eram perdidas em informações de melhor qualidade mostra a maturidade dessas empresas e a busca pela evolução da logística. Hoje quem consegue implementar tecnologia de ponta, alterar processos rapidamente e trazer um nível de qualidade cada vez maior para os seus clientes, está saindo na frente.

Vamos falar um pouco sobre as tecnologias de ponta da Logística 4.0, um assunto recente e muito promissor. Trata-se de uma forte evolução da logística contemporânea que acompanhou o movimento da Indústria 4.0, conceito nascido na Alemanha, uma transformação digital nas empresas também conhecida por quarta Revolução Industrial. Basicamente uma busca constante pelo aumento da eficiência nos processos logísticos, utilizando essas novas tecnologias que citaremos abaixo.

- Big Data: sabemos que são muitas as informações disponíveis, porém a tecnologia atual deixou de ser um gargalo, pois possibilita obtermos as informações disponíveis de foma que não fiquem mais soltas sendo processadas pelo Data mining que refina os dados e os disponibiliza de maneira mais profunda e abrangente. Apoia planejamentos, operações e tomada de decisão.

- Interligência Artificial (artificial intelligence – AI): Análise e inteligência de dados. Diminui as chances de erros oferecendo rapidez e precisão para todas as atividades da cadeia. Por se tratar de um sistema independente oferece métricas claras e objetivas.

- Internet das coisas (internet of things – IoT): Maneira como diferentes tipos de objetos se conectam através de sensores ou softwares, coletando e transmitindo dados. Reduz custos operacionais, melhora a produtividade e diminui erros.

- Computação em nuvem (cloud computing): Acesso, arquivamento e coleta de dados de forma ágil e segura, utilizando qualquer dispositivo em qualquer lugar que tenha acesso a internet.

- Digital Twin: Versão virtual de um produto real, tarefa ou serviço. Também chamado de “gêmeo digital”; simula mudanças, comportamentos e analisa resultados de forma rápida e segura.

- Aprendizado de máquina (machine leaning): Trata-se de um “braço” da AI que se baseia na ideia de que com o mínimo de intervenção humana, máquinas podem aprender por meio de associaçãoes de diferentes dados, identificar padrões e tomar decisões. Entre muitas outras facilidades, possibilita a conexão entre diferentes tarefas da cadeia de suprimentos, reduzindo erros e dando maior segurança para os CDs.

- Robótica: Robôs que substituem tarefas que antes eram realizadas exclusivamente por humanos. Trabalhos muitas vezes perigosos e que passam a ser executados de forma mais rápida e precisa. Deixam tarefas repetitivas mais ágeis, maximizam a precisão de processos e ajudam em tarefas mais pesadas, aumentando a produtividade da força de trabalho.

Como podemos perceber, não basta investir em novas tecnologias é necessário entender que informações são importantes, mas é preciso ter conhecimento das ferramentas para sabermos quais devem ser aplicadas à gestão da cadeia de suprimentos, de forma a reconhecer a TIC como uma importante aliada da logística.

Em gerenciamento de estoques os avanços são muitos com a utilização da Internet das Coisas - IoT e ainda há muito a explorar. Um dos muitos exemplos está em analisar, coletar e tomar decisões mesmo à distância através de etiquetas (RFID) que transmitem informações em tempo real. Ferramentas automatizadas de apoio à cadeia de suprimentos como IMS (Inventory Management System - plataforma de software modular que tem por finalidade facilitar o inventário de itens em um estoque, a entrada e saída de materiais e a movimentação entre diferentes estoques) apoiam a tomada de decisão no nível tático, definindo produtos e nível de estoque e no nível operacional auxilia na rotatividade, reposição e controle de inventário. Também é um software considerado flexível em termos de tecnologia e permite o uso de leitores ópticos ou de RFID, sistema que apesar do custo elevado seu tamanho reduzido permite ser adicionado em rótulos, etiquetas, cartões ou qualquer outro recurso que permita leitura eletrônica, além de suportar sua reprogramação (adicionando ou alterando dados), permitindo o escaneamento de vários itens ao mesmo tempo, além de ítens em movimento. Esses são apenas alguns exemplos dos muitos benefícios que as tecnologias podem oferecer para a cadeia logística e para o gerenciamento de estoque, tornando todo controle mais rápido e com custos reduzidos.

Com a possibilidade, através do Data Mining, de refinar dados que antes eram perdidos e os convertendo em informações de melhor qualidade, a Manutenção de Informação ganhou um papel ainda mais fundamental para toda cadeia de suprimentos, além disso com a Cloud Computing ficou mais fácil arquivar e acessar qualquer tipo de informação, sejam elas documentos profissionais, pessoais ou aplicações corporativas, revolucionando a forma de organizar informações.  

Um Sistema ERP é responsável pelo controle de toda gestão de processos e informação, permitindo a integração de todas as atividades de uma corporação estando presente em todos os níveis de decisão.

Ter uma base de informações que permita fazer análises atuais e futuras além de permitir que os elos da cadeia trabalhem de forma coordenada e integrada, possibilita que o gestor se antecipe a decisão do cliente, tendo acesso a uma enorme gama de informações que vai apoiálo na tomada de decisão e toda esta integração torna o uso de sistemas de TI cada vez mais indispensáveis em todos os níveis.

Explique se vale a pena implementar um modelo de negócio com business analytics ou tecnologia similar para produtos de baixo valor agregado.

Business Analytics são utilizados para subsidiar tomadas de decisão, fazendo análise de um grande volume de dados através de métodos quantitativos, simplificando e otimizando a operação, visando gerar informações que auxilie os gestores de forma a se anteciparem a decisão do cliente. São muitas as novas ferramentas que podem auxiliar na gestão, porém saber reconhecer quais devem ser utilizadas, de maneira a serem efetivas no apoio e operacionalização é um ponto crucial para toda cadeia.

Precisamos entender antes de tudo que valor agregado vai muito além do valor financeiro, mesmo que inconscientemente o cliente busque entre preço e benefício, no final toda a experiência será considerada e conseguentemente agregará valor ao serviço ou produto.

Sendo assim, é preciso fazer primeiramente um planejamento, saber quais passos devem ser dados para que os objetivos definidos sejam alcançados e a empresa se mantenha competitiva no mercado. Ter um suporte tecnológico de análise de dados vai ajudar a mapear onde é possível reduzir custos, entender melhor cada parte do processo, descobrir falhas, fazer análises de diferentes cenários no futuro ajudando a definir o que precisa ser corrigido de forma a agir o mais rapidamente possível e até mesmo se preparar antecipadamente, além de muitos outros benefícios.

Desse modo a forma como uma instituição valoriza e incorpora tecnologia nos seus processos, influencia diretamente no valor agregado e mostra seu entendimento entre a diferença investimento e custo. Essas tecnologias estão cada dia mais disseminadas, com custos mais acessíveis e tendo retorno deste investimento cada vez mais no menor prazo e sendo assim trata-se de um diferencial competitivo importantíssimo para qualquer empresa.

Discorra sobre os gargalos existentes na infraestrutra logística do País e a resistência em implantar tecnologias novas ou disruptivas nas organizações. Sugira ações para romper essas impedâncias.

Quando falamos de infraestrutura estamos falando de um conjunto de estruturas e atividades da economia que serve de suporte para o desenvolvimento de outras atividades e consequentemente de um país. O desenvolvimento de empresas e outras instituições depende diretamente da infraestrutura que é disponibilizada, como sistemas de telecomunicações, rodovias, aeroportos, portos, ferrovias, saneamento básico, etc. Em um país de dimensões continentais como o Brasil nos deparamos com uma infraestrutura totalmente deficiente e não condizente, que reflete anos de falta de investimento e que acarreta na perda de bilhões de dólares todos os anos.

Entendemos por gargalo logístico qualquer problema que resulte na queda de desempenho da cadeia logística e no Brasil o mais crítico está nos transportes a começar pela dependência que temos das rodovias pois apesar de termos uma das maiores malhas rodoviárias do mundo apenas um pouco mais de 12% é pavimentada e em média 65% do transporte de cargas é feito por elas quando deveria ser um modal utilizado para atuar nas pontas, utilizando veículos mais adequados para atender restrições como peso, dimensão e horário para circulação dentro das cidades. A dependência e as péssimas condições das estradas acarretam no aumento de avarias nas cargas, manutenção intensiva nas frotas, além do aumento de emissão de poluentes já que vias inadequadas aumentam em 5% o gasto com diesel, tornando o custo elevado e poluente.

Um bom planejamento de transporte deveria considerar modais de maior capacidade como o ferroviário e o aquaviário para enfrentar maiores distâncias, porém nossa malha ferroviária passou por um longo período de abandono e sucateamento e mesmo com o início das concessões para o setor privado nos anos 90, onde o transporte por ferrovia praticamente dobrou, ainda é muito pequena se olharmos nossa extensão territorial e compararmos com as de Países com proporções semelhantes. Em relação a modalidade aquaviária algumas de suas vantagens são a possibilidade de vencer longas distâncias e a capacidade de transportar uma carga elevada, no entanto acaba sendo explorada para produtos de baixo valor agregado além de esparrar na burocracia brasileira para liberação de mercadorias e no baixo investimento em terminais de carga que são essenciais em pontos iniciais ou finais de percursos, com equipamentos e instalações que possibilitem a transferência entre trechos. Nossa malha aeroviária é a segunda maior em número de aeroportos em todo mundo e apesar do crescimento nos últimos anos, o alto custo e a falta de investimento necessário na sua infraestrutura faz com que o setor aeroportuário siga enfrentando desafios como expandir e modernizar ativos já existentes, adquirir tecnologias, aumentar a frota, melhorar a governança corporativa, expandir a aviação regional, etc. Encontrando dificuldade em atrair investidores, pois segundo especialistas é necessário um planejamento de médio e longo prazo que considere todos os envolvidos, tornando-se uma governança bem sensível que deve ser definida com clareza.

São muitas as questões envolvendo o baixo investimento e tantos problemas em modais que comprovadamente ajudariam não só a termos processos logísticos mais simples como seria um grande avanço para nossa economia, pois grande parte do nosso baixo crescimento econômico está relacionado à deficiente infraestrutura logística brasileira.

É fato que com a pandemia ocorreu uma grande digitalização das empresas que entenderam, em boa parte, que com o auxílio das novas tecnologias podem otimizar custos, apoiar tomadas de decisão, elevar o nível de serviço e principalmente diminuir os gargalos. Negar os benefícios e a grande importância de se investir em tecnologia nos tempos atuais é aceitar a perda de espaço no mercado. Porém, ainda são muitas as ações para tornar a logística brasileira o mais eficiente possível. Precisamos de planejamento; investimento; parcerias público-privadas bem regulamentadas; concessões bem fiscalizadas; implantação, recuperação e conservação de malhas viárias; terminais que possibilitem a facilitem o fluxo de cargas e corredores logísticos (responsáveis pelo fluxo de exportação), isto citando apenas algumas recomendações de investimento até 2023 incluídas no portifólio do Relatório do PNLT (Ministério dos Transportes e Ministério da Defesa, 2009). Precisamos ainda de profissionais capacitados, bem treinados e que estejam preparados para lidar com as adversidades, utilizando tecnologia como suporte em tomadas de decisões assertivas pois ainda que uma empresa invista em software de qualidade, o treinamento e capacitação do capital humano sempre fará diferença para o sucesso na eficiência dos processos.

Por fim é preciso entender a necessidade do Brasil ser multimodal, caracterizada pelo termo “door to door” ou porta a porta, é o conceito que envolve a utilização de um ou mais modais para que a carga chegue ao destino estabelecido em contrato, utilizando um único documento emitido por um OTM (Operador Logístico Multimodal), integrando responsabilidades, conhecimento, programação, cobrança de frete entre outras despesas. No entanto os gargalos já citados, a falta de políticas públicas, conflitos de interesses entre governos e operadoras dificultam a implementação da multimodalidade pois para que seja possível é preciso uma matriz de transporte integrada e equilibrada, desburocratização de processos tributários e regulatórios, além da já falada melhoria na infraestrutura de transportes. Todo esse processo depende da cooperação entre agentes públicos e privados e pesados investimentos considerando estudos e projetos já existentes e executados por profissionais técnicos competentes. Tudo isso é possível, mesmo sabendo que o caminho é longo e levará anos o importante é que já se reconhece a necessidade e não só as vantagens para o mercado, mas também os muitos benefícios para toda população e a economia brasileira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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