OS LUGARES PARA A PRÁTICA DO COMÉRCIO
Por: Ronaldemonjane • 25/6/2022 • Trabalho acadêmico • 6.711 Palavras (27 Páginas) • 143 Visualizações
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PROPEDÊUTICA COMERCIAL
Ficha de Apoio
TEMA: LUGARES PARA A PRÁTICA DO COMÉRCIO
Lionde, 2022
1. ESTABELECIMENTO COMERCIAL, LOJA, SUPERMERCADOS, CENTROS COMERCIAIS, FILIAIS E RAMIFICAÇÕES
Dá-se o nome de estabelecimento comercial ao conjunto das instalações (prédios, infra-estruturas, equipamento) localizadas num certo sítio fixo onde se realizam as operações comerciais dos comerciantes, cooperativas, empresas estatais, empresas públicas e sociedades comerciais em geral.
A loja é um conceito mais restrito que designa o local aberto ao público onde se efectua a venda dos produtos. Em linguagem do vulgo usa-se o termo loja para designar uma casa comercial de dimensões reduzidas que vende a retalho produtos de uso corrente; devemos no entanto compreender que loja tem o significado técnico-comercial de local de venda ao público.
Supermercado é um estabelecimento moderno e complexo que se caracteriza por comercializar em geral produtos alimentares mas também uma gama muito vasta de bens e serviços não especializados como sejam: alfinetes, botões, roupas, canetas, bicicletas, cadernos, livros, flores, ferragens, artigos eléctricos, produtos farmacêuticos, artigos de higiene e limpeza doméstica e outros bens de uso doméstico corrente.
É sabido que alguns supermercados tendem a reduzir a amplitude dos produtos e mesmo a ganhar uma certa especialização por objectivos, ramos e produtos afins. Assim conhecemos designações diferentes de supermercados como por exemplo "Grandes Armazéns de Bebidas", "O Mundo da Criança", "O Mundo do Mobiliário", "Interfranca"[1] Supermercado da Luz, Ganha Pouco, Supermercado LM, ou nomes simplesmente sonantes e publicitários que nada tem a ver com o que se vende, exemplo "Jonh Orr's", "Bata", "Monteiro e Giro", e outros.
Os centros modernos ocupam quarteirões e/ou partes espaçosas de prédios e estão dotados de parque de estacionamento de veículos, motas e bicicletas. Entre nós pode-se destacar o Shoprite (Maputo e Beira), a Interfranca da Av. 24 de Julho em Maputo, o Centro Milénio na Av. Vladimir Lenine (baixa de Maputo), e o Shopping Centre sito na 24 de Julho em Maputo (Polana).
Qualquer estabelecimento comercial tem um domicílio comercial ou sede social obrigatória por lei e que deve constar dos estatutos a fim de se tornar conhecido publicamente e de se saber o principal local onde a unidade económica opera e responde pelos contratos e obrigações assumidas.
Paralelamente, mas já com carácter facultativo, as unidades económicas que estamos a estudar, podem ter ramificações espalhadas pelo país ou no estrangeiro.
Essas ramificações, têm designações várias consoante o nível de dependência, os objectivos pretendidos, e os locais onde se instalam. Em muitos casos as diferentes designações querem dizer a mesma coisa porque em boa verdade elas não têm diferenças muito profundas em conteúdo. Vejamos os seguintes casos e conceitos a eles associados:
Filiais são as ramificações que se instalam dentro do país, normalmente nas principais cidades; nada impede que se abra uma filial no estrangeiro embora nestes casos a tendência seja de não chamar filial mas um outro nome (v.g. agência).
Sucursal não tem nenhuma diferença prática em relação ao conceito de filial. Às vezes as empresas e sociedades preferem a designação sucursal porque a de filial normalmente traz implícita a ideia de dependência familiar.
Delegações são ramificações de importância menor do que as filiais e sucursais, no sentido de que em regra aquelas são simples escritórios com poucas pessoas que fazem o que se costuma dizer de caixa de correio, porque a execução efectiva das operações compete ao estabelecimento comercial principal ou à filial mais próxima. Nada impede na prática que se dê às delegações o estatuto e funções das filiais.
Agências são estabelecimentos comerciais que em regra são propriedade de outros comerciantes, empresas e sociedades que por simples acordos se comprometem a fazer negócios e operações comerciais e financeiras em nome e por conta do estabelecimento comercial principal.
Mais uma vez nada impede que as agências funcionem e tenham o conteúdo e significado de verdadeiras filiais (exemplo, as agências de automóveis muitas vezes têm ligações do tipo sucursal com os fabricantes). Por outro lado, na prática é frequente utilizar-se o nome de agências na acepção de casa comercial normal de venda de bens e serviços; por exemplo, Agência Mercantil em Maputo, uma empresa do ramo de artigos eléctricos que chegou a transformar-se em estabelecimento comercial principal. Hoje está extinta, tendo as suas instalações sido ocupadas pelo Banco Internacional de Moçambique (BIM) no prédio 1º de Janeiro, junto ao cinema Gil Vicente.
Note-se que na prática acontece que o termo agência é também usado para designar um estabelecimento normal de venda de bens e serviços. Os exemplos são vários: Agência de viagens; Agência de turismo; Agência funerária: Agência mobiliária.
Representantes e correspondentes. Vide a noção de correspondente no ponto 3.8. Convém notar que na prática comercial os representantes e correspondentes não se diferenciam dos delegados e agentes comerciais.
2. FEIRAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Feiras são locais onde em determinados dias de cada ano, e numa base regular, se concentram comerciantes, cooperativistas, representantes de empresas, sociedades comerciais e outras pessoas ou entidades para realizarem diversas operações relativas a mercadorias e serviços. Há feiras de carácter geral onde se realizam operações sobre todo o tipo de produtos e há feiras especializadas (de bens de consumo, de equipamento, de mobiliário, de gado, de artesanato, etc).
Este é o significado original de feira. No entanto hoje as feiras ganharam uma dimensão mais vasta e um conteúdo novo. Com efeito, podemo-nos reportar à nossa Feira Internacional do Maputo (FACIM) para verificar de imediato que hoje, na maioria das situações, não se vai a uma feira para comprar ou vender o que quer que seja.
As feiras hoje transformaram-se em centros de amostra e exposição das principais realizações no campo económico e dos principais produtos e serviços que os países podem fornecer nos mercados nacionais e internacionais. No entanto, praticamente em todas as feiras do mundo, os participantes com interesses comerciais aproveitam e reservam alguns períodos durante a realização dos certames para fazer contactos e mesmo acordos de transacções comerciais com países, empresas, organizações e sociedades presentes.
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