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Os Elementos constitutivos da concepção de supervisão em estágio

Por:   •  19/4/2018  •  Resenha  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  699 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SOCIOECONÔMICO

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

1. Identificação

Disciplina: DSS 7105 – Oficina Preparação ao Estágio  

Professora: Eliete Cibele Cipriano Vaz

Acadêmico(a): Paulo Henrique Vanzella

Matrícula: 16201379

2. Referências

LEWGOY, Alzira. Elementos constitutivos da concepção de supervisão em estágio. In: Supervisão de estágio em Serviço Social: desafios para a formação e exercício profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

3. Resumo

A supervisão de estágio é tida como um espaço afirmativo do processo de formação, seu objeto de trabalho é o estágio, onde o supervisor vai desenvolver o aprendizado com elementos como a intencionalidade, a orientação, acompanhamento sistemático e o ensino, permitindo que o aluno desenvolva capacidades de produzir conhecimentos e intervir na realidade, operando políticas sociais e outros serviços. Esta relação entre supervisor e aluno representa o espaço de ensino-aprendizagem, uma relação de reciprocidade inseparável entre ensinar e aprender. A supervisão de estágio está vinculada ao projeto ético-político-profissional, tendo objetivos de acabar com a visão endógena de apenas possuir um teor acadêmico-metodológico, apenas como de ensino, apresentar e refletir aos alunos sobre a realidade profissional nos campos de estágio, conhecer seus limites e possibilidades profissionais, situando sua posição no enfrentamento da Questão Social, provocada pelas reformas neoliberais, sendo assim necessário desenvolver sua crítica as praticas assistencialistas e trabalhar em propostas para minimizar a questão da pobreza por via do direito. Portanto o projeto-político-profissional do assistente social busca responder as necessidades de posicionamento da categoria diante das transformações econômicas, sociais, culturais e politicas no curso de desenvolvimento da sociedade capitalista. Durante o processo de trabalho podem haver contradições no seu desenvolvimento, como o processo de alienação, pois a lógica principal no espaço do campo de estágio é a prestação de serviço e suas finalidades, indo totalmente contra seu real motivo que é propiciar o desenvolvimento crítico e instigar a investigação no exercício do trabalho do assistente social com dias dimensões investigativa, propositiva e interventiva, não somente reprodutiva. Outro fator é a subutilização dos alunos como uma mão de obra de baixo custo, como alternativa para evitar a ampliação do quadro de profissionais do campo de atuação. Com este quadro defasado, no processo de estágio ocorre o “sobretrabalho”, sendo a jornada de trabalho do professor/supervisor de campo não computado como carga horário excedente no qual ele não é remunerado, caracterizando esta ação como a mais-valia. A supervisão de estagio é um processo complexo, ao qual o supervisor e o estagiário são beneficiados por um ambiente educacional repleto de significados que desenvolvem ainda mais o ensino-aprendizagem para ambos. Devido a isto, o supervisor precisa estar conectado e em sintonia com o projeto pedagógico da instituição educacional e o estagiário precisa ser ativo no seu processo de aprendizagem, visto que esta é resultado da ação de determinado sujeito sobre o seu objeto, interação de sujeito com objeto. No processo de supervisionar, ocorrerem frequentemente ações que desafiam a formação profissional, muitas vezes o aluno vai se capacitar, porém no meio deste processo acaba encontrando dificuldades e por muitas vezes não acha as respostas para suas perguntas. Destas complicações é possível tirar lições que permitem o amadurecimento tanto do aluno quanto do supervisor. Outro elemento que permite a melhor capacitação para os enfrentamentos é o reconhecimento da legislação que respalda o estagiário quanto às atividades no campo de estágio. Portanto, são estas realizações que dão concretude ao processo de enfrentamento. Sobre o estágio ser um ambiente de não-tutela do supervisor, é necessário para que o estagiário seja capaz de atuar e intervir na realidade com suas próprias mão, mesmo este sendo um processo cheio de dificuldades. O papel entre o supervisor e o aluno não assume uma posição de aceitação de vitimização quando este último se depara com dificuldades, pois a tarefa do supervisor é ensinar nos momentos de insegurança, esclarecendo dúvidas e lhe dando autonomia para buscar conhecimento para solucionar suas dúvidas, e não transferir conhecimento, este ultimo que é produto individual adquirido nos processos de trabalho.

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