PENSAMENTO SOCIAL E POLITÍCO NA EDUCAÇÃO
Por: Marcelo Lovato • 4/6/2017 • Monografia • 10.446 Palavras (42 Páginas) • 392 Visualizações
PENSAMENTO SOCIAL E POLITÍCO NA EDUCAÇÃO
Autor: Marcelo Lovato
Prof. Orientadora: Ana Claudia Alves
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Sociologia (Soc 0028) – Projeto de Ensino
10/11/2016
RESUMO
O presente artigo aqui apresentado foi realizado através de várias bibliografias e estudos de vários pensadores sobre o seguinte questionamento “Como o pensar político pode ser trabalhado no processo de ensino e aprendizagem na disciplina de Sociologia”. Foram selecionados vários livros e determinados capítulos. Assim como será abordado o pensamento social e político tratado durante os estágios nos quais foram ministrados para os alunos temas como sociedade contemporânea, indústria cultural e poder, política e estado. Os resultados das discussões, foram feitos ao final das regências com avaliações sobre os conteúdos abordados, na primeira regência foi pedido que fosse feita uma redação usando como tema um dos três assuntos estudados durante a regência, e na segunda regência uma prova com dez questões sobre os quatro conteúdos abordados.
Palavras-chave: Sociologia. Politica. Educação.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo aqui apresentado foi realizado através de várias bibliografias e estudos de vários pensadores sobre o seguinte questionamento “Como o pensar político pode ser trabalhado no processo de ensino e aprendizagem na disciplina de Sociologia”. Foram selecionados vários livros e determinados capítulos.
O ensino e aprendizagem na sociologia seguindo a ótica de Durkheim (1978) sobre a Educação podemos notar que o papel das atividades educativas é formar um cidadão que fará parte de um espaço público e não somente o desenvolvimento individual de cada aluno em específico.
A educação é ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão maduras para a vida social. Tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança determinados números de estados físicos, intelectuais e morais que dele reclamam, por um lado, a sociedade política em seu conjunto, e por outro, o meio específico ao qual está destinado [DURKHEIM, 1978, p.44]
Em termos gerais, a educação tem como objetivo suscitar e desenvolver, nos indivíduos, estados físicos, intelectuais e morais, nesse sentido que fazem parte da sociedade em que estes indivíduos fazem parte. Além disso, a ação educativa permite a integração do individuo e também desenvolverá uma forte identificação com a sociedade de que este faz parte.
A criança só pode conhecer o dever através de seus pais e mestres. É preciso que estes sejam para ela a encarnação e a personificação do dever. Isto é, que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador. A autoridade não violenta conssiste em ascendência moral. Liberdade e autoridade não são termos excludentes, eles se implicam. A liberdade é filha da autoridade bem compreendida. Pois ser livre não consiste em fazer aquilo que se tem vontade e em ser dono de si próprio, e saber agir segundo a razão e cumpriu com o dever. É justamente a autoridade de mestre que deve ser empregada em dotar a criança desse domínio sobre si mesma (DURKHEIM, 1978, p.47)
Durkheim (1978) diz que uma vez que a educação é uma função essencialmente social, o Estado não pode se desinteressar dela. Pelo contrário, tudo o que é educação deve ser, em certa medida, submetido à sua ação. Isto não significa, no entanto, que ele deva necessariamente monopolizar o ensino. Pode-se pensar que os progressos escolares são mais simples e rápidos, quando certa margem de manobra é concedida às iniciativas individuais, pois o indivíduo é mais facilmente inovador do que o Estado. Porém, o fato de o Estado dever, em prol do interesse público, autorizar o funcionamento de outras escolas além daquelas sob sua responsabilidade direta não implica que ele permaneça indiferente ao que acontece dentro dessas instituições. A Educação que elas fornecem deve, pelo contrário, ficar submetida ao seu controle. Não é nem mesmo admissível que a função de educador seja desempenhada por alguém que não apresente garantias específicas que somente o Estado pode julgar. Não há escola que possa reivindicar o direito de dar com toda liberdade uma Educação antissocial
2 PENSAMENTO SOCIAL E POLITÍCO NA EDUCAÇÃO
2.1 A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E A DESIGUALDADE SOCIAL
Paixão(2010) aborda que a desigualdade social é um dos grandes temas de investimentos da sociologia, desde o seu surgimento. A Revolução Industrial causou a divisão da sociedade em donos dos meios de produção e assalariados ou camponeses.
Desde então existem problemas de desigualdade no acesso às condições adequadas de sobrevivência, que são causadas por inúmeros fatores, relacionadas com as realidades locais.(PAIXÃO 2010 p. 115)
A sociologia busca estabelecer entendimentos para a existência das desigualdades, estudando os fenômenos sociais que as causam e explicando sua dinâmica de funcionamento. De acordo com Dias (2005, p. 153):
[...] a expressão ‘desigualdade social’ descreve uma condição na qual os membros de uma sociedade possuem quantias diferentes de riqueza, prestígio ou poder. Todas as sociedades são caracterizadas por algum grau de desigualdade social.
Quando a desigualdade social é combatida, a bandeira levantada é a da tentativa de se atingir uma sociedade que seja baseada na equidade social, na qual todas as pessoas têm o direito de participar da economia e da política, além de ter acesso às condições de subsistência e aos serviços necessários a ela (DIAS, 2005).
A persistência da desigualdade social é hoje um dos grandes problemas do processo de globalização; a mudança de paradigmas nos processos produtivos, a intensificação do uso de tecnologia avançada, entre outros fatores que caracterizam esse processo de mundialização, têm causado o desemprego e, consequentemente, o aumento da desigualdade. Por outro lado, o Estado, que durante um certo tempo cumpriu o relevante papel de amenizar a desigualdade inerente ao sistema capitalista (o Estado de Bem-Estar Social), vem sendo desmontado de maneira rápida, sem se discutir mais profundamente qual o papel que lhe caberá numa nova articulação do sistema social como um todo (DIAS, 2005, p. 154).
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