PLANEJANDO ADEQUADAMENTE E ELIMINANDO OS RISCOS DE FALÊNCIA
Por: Douglasper • 23/2/2016 • Tese • 3.003 Palavras (13 Páginas) • 254 Visualizações
PLANEJANDO ADEQUADAMENTE E ELIMINANDO RISCOS DE FALÊNCIA
Douglas Pereira Gonçalves – RA 0200026148
Thiago Dias Ribeiro – RA 0200098646
Ricardo Garcia de Aquino Andrade – RA 0200065493
Aguinaldo Lopes – RA 0200002082
Curso: Administração
Polo: Liberdade
Orientador: Prof. Me. Marcelo Elias dos Santos
RESUMO
Este trabalho aborda o tema sobre o risco e erros que geram os problemas as micro e pequenas empresas irem à falência, as técnicas utilizadas assim como o uso do planejamento, uma ferramenta indispensável para aqueles que desejam se solidificar e crescer no seu ramo de atuação, os principais erros e acertos dos empresários, discorrendo sobre as pesquisas de institutos, e com essas pesquisas, dar a oportunidade de esclarecimento sobre o quão é importante o uso das pesquisas e das ferramentas de gestão administrativas disponíveis e como o empresário deve se portar diante das adversidades que passará ao abrir o seu próprio negócio. A metodologia utilizada foi a de depoimentos de empresas especializadas do segmento de empreendedorismo. O resultado obtido neste trabalho demonstra que 47% das empresas abertas, fecham em menos de dois anos, o planejamento do empresário a fim de evitar a falência da empresa num curto espaço de tempo.
Palavras-chave: Falência; Planejamento; Solidificar.
INTRODUÇÃO
O maior pesadelo de um empreendedor é imaginar que o negócio que está se iniciando pode vir a falir. Muito se fala sobre falência, mas o que é de fato falência e quando a referida é decretada? Segundo a Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, no seu capítulo IV, Art. 94, inciso I a falência é decretada quando; sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
Além da grande frustração que há quando vemos um empreendimento falir existem complicadores e reflexos sobre o empreendedor até mesmo sobre os sócios no caso de sociedades, pois segundo lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, no seu capítulo IV, Art. 81, A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem.
Segundo Mansur (2012) nada, nem ninguém proporciona ao Brasil mais empregos do que as micro e pequenas empresas. Mas essas expendidas instituições estão seriamente ameaçadas dentro de seu cenário econômico. De acordo com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Ferreira, 2012), 98% das empresas do país são MPE e responsáveis por 20% do produto interno bruto (PIB), além de contribuir com aproximadamente 70% dos postos de trabalho no setor privado. Quando se considera a quantidade de empregos formais urbanos, verifica-se que no setor de comércio, as MPE respondem por 75,5% do emprego setorial. Nos serviços, essas empresas participam com 41,7% do emprego, seguindo-se a construção com 52% e a indústria com 42,9%.
Segundo Ferreira (2012) nacional a taxa de mortalidade de empresas nos primeiros dois anos de atividade é de 26,9% no país. Em alguns estados a situação se agrava, em Pernambuco que tem o maior índice de falência, 47% das empresas fecham as portas antes de completar dois anos. Para o economista Pedro Gonçalves, não existe uma causa única para justificar o fechamento de um negócio, mas sim um conjunto de fatores (FERREIRA, 2012). A falta de pesquisa sobre a concorrência, localização, Fornecedores e público-alvo são erros bastante comuns entre os empresários que não conseguem se mantes no mercado. “Quem busca informações sobre o ramo de atividade antecipadamente, tem maior chance de sucesso” (FERREIRA, 2012, s/p).
Ferreira (2012) também aponta como erros frequentes de gestão, o descontrole do fluxo de caixa e o distanciamento da rotina da empresa nos primeiros anos, o empresário deve estar presente na empresa e acompanhar de perto todos os seus processos.
Empreender é uma atividade de risco, é preciso cuidar do negócio durante todo o tempo em que ele estiver no mercado. Por isso não seria precipitado dizer que esses problemas se dão apenas pela má administração, controle e planejamento de suas finanças.
Porque as empresas fecham?
1. DESENVOLVIMENTO
1.1 Gestão empresarial e falência
A ideia de sucesso ou fracasso permeia as discussões sobre falência das empresas, porém segundo Kohler (2011) no caso da falência da Associação dos Produtores Alternativos de Ouro Preto (APA) isso é relativo, e depende de que ótica e perspectiva aquele que analisa conclui sua interpretação sobre o caso. Diversos fatores hão de ser estudados e considerados quando fazemos uma análise nesse sentido, pois quando falamos sobre um empreendimento devemos ter a real noção daquilo que ele representa e o que a sociedade e/ou público alvo espera dele. Temos de estar prontos para atender a demanda naquilo que é solicitado com eficiência e eficácia e isso só é possível se enxergarmos o negócio além das quatro paredes, devemos antever os reflexos de cada decisão tomada e de cada investimento realizado. A gestão empresarial não pode ser baseada apenas em números e resultados, claro que isso é importante porém uma empresa também e é feita daquilo que intangível como relacionamento com seus clientes, colaboradores e com a sociedade como um todo.
Segundo Kohler (2011) possivelmente, os produtores da APA estivessem interessados em aprender a manejar as SAFs (Sistemas Agroflorestais), no intuito de colocá-las a serviço da sua visão de mundo, mas não estavam preparados para tornarem-se uma vitrine do desenvolvimento sustentável da Amazônia, conforme planejado por algumas instituições.
Suas crenças e valores nos princípios de solidariedade e compartilhamento de responsabilidades, que visa, antes do sucesso econômico, à melhoria da qualidade de vida e o empowerment dos mais pobres, era o que os movia, porém as instituições relacionadas a eles esperavam algo mais, e é isso que temos que ter como exemplo, nossos clientes e parceiros sempre esperam algo mais de nós.
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