Papel Estratégico de Operações e Logística
Por: eronildorogerio2 • 25/8/2021 • Artigo • 2.034 Palavras (9 Páginas) • 168 Visualizações
PÓS-GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL – UNINORTE – Manaus, AM, Brasil, julho/2008
- Papel Estratégico de Operações e Logística
Eronildo Rogério Corrêa de Freitas (UNINORTE): eronildorogerio@hotmail.com
Lenice Praia Lima, MSc. (UNINORTE): lenicepraia@yahoo.com.br
Resumo
Este artigo adentra a uma verificação da importância da estratégia nas operações empresariais, evidenciando a relevância desta nas operações logísticas. Assim, tendo como objetivo geral analisar o papel estratégico de operações e logística na empresa moderna, analisa-se a logística, suas operações, e a estratégia neste contexto. Para alcançar este objetivo foca-se o estudo na metodologia da pesquisa bibliográfica em livros, artigos e autores relevante ao tema. Conclui-se que sem estratégia uma empresa não consegue destaque na atual competitividade e que o papel estratégico de operações e logística é vital e atuante na atualidade, até mesmo para servir de diferencial competitivo, logo, através da adoção deste papel estratégico a logística e suas operações podem se tornar um ponto de sucesso nas empresas atuais.
Palavras chave: Estratégico; Operações; Logística
1. Introdução
O novo cenário organizacional, afetado profundamente por grandes transformações relacionadas com a acirrada competitividade, o acentuado processo de globalização e a intensa velocidade das inovações tecnológicas, tem levado as organizações a analisar e desenvolver competências determinantes na busca por uma vantagem competitiva sustentável em seus mercados de atuação.
Entre estas competências que podem ser usadas para o destaque de uma empresa em um mercado altamente competitivo esta a estratégia das operações e da logística.
Assim, este artigo mostra então que sua temática envolve o papel estratégico das operações e da logística, sendo que se destaca em primeiro plano que a importância da estratégia empresarial, o desenvolvimento de competências na área de logística, a estratégia na organização logística e operações.
Tem-se como objetivo principal destacar o papel estratégico das operações e da logística, buscando através de bibliografias base teórica para esta discussão.
2. A estratégia e sua importância
O conceito de estratégia empresarial é bastante complexo devido às constantes mudanças em seus conceitos ao longo do tempo e as diversas correntes teóricas sobre o assunto. Entretanto, para se formar uma teoria de base, foram levantados os conceitos dos principais autores da área.
Para uma mais fácil compreensão utilizou-se do critério cronológico, de forma que se inicie pelos conceitos mais antigos que influenciaram as empresas de uma forma geral, conforme a seqüência abaixo:
Na década de 60, Chandler (1962, p.13), autor clássico da linha mais formal do pensamento estratégico, desenvolveu o conceito de que a estratégia é “a determinação das metas e dos objetivos básicos de uma empresa para o longo prazo, assim como a adoção de cursos de ação e a alocação dos recursos necessários para atingir essas metas”.
O conceito de Chandler trata a estratégia como um processo de concepção, onde os objetivos e metas são os direcionadores para os cursos de ação que necessitam dos recursos alocados.
Outro autor clássico, Igor Ansoff (1983), ressalta que “a estratégia é um conjunto de regras de tomada de decisão em condições de desconhecimento parcial”. Este conceito dá uma característica formal à estratégia quando o autor a trata como um conjunto de regras e acrescenta a incerteza junto com a tomada de decisão. .
Na década de 80, um outro influente conceito surge com Porter (2001), em que, “estratégia é a criação de uma posição única e valiosa, envolvendo um conjunto diferente de atividades”.
O conceito de Porter estabelece uma relação de posicionamento, feito por uma análise diante da concorrência. Entretanto, Ohmae (1988, p.149-156) ressalta que para se constituir uma estratégia real, em primeiro lugar devem estar: a atenção total voltada às necessidades dos clientes, a análise completa de como a empresa pode responder a tais necessidades, a vontade de repensar o que os produtos são e o que eles fazem e a forma de organizar a unidade de negócios.
Dar uma resposta ao que os concorrentes fazem é simplesmente reação e deve, em grau de prioridade, vir após essa estratégia real. Assim, a criação de uma estratégia de valor agregado é feita a partir do melhor entendimento de como fornecer valor aos clientes.
Nesse contexto, voltar-se para a estratégia significa um profundo conhecimento do significado do produto. Dentro desse contexto de definição do conceito de estratégia, vale ressaltar as duas posições divergentes de Porter e Ohmae.
Enquanto Ohmae (1988) sustenta que a estratégia tem como finalidade essencial o foco nos clientes, não devendo colocar a competição em primeiro lugar, pois a estratégia deve objetivar evitar a competição sempre que possível, Porter apresenta uma visão contrastante ao afirmar que “a essência da formulação estratégica é lidar com a competição” (1998, p. 11).
Já para os autores Hamel e Prahalad (2002) que, numa abordagem menos racional e economicista, ressaltam que a competitividade empresarial é resultado da criação de competências distintivas e que a estratégia é fruto do pensamento coletivo.
Assim, os autores voltam-se para o ambiente interno da organização apostando na capacidade de pensar diferente acerca do futuro, conceituando a estratégia como um processo de aprendizagem coletiva. Hamel e Prahalad passam a se apoiar no conceito de estratégia emergente, explicado a seguir:
A estratégia deliberada focaliza o controle – certificando-se de que as intenções gerenciais são realizadas em ação – ao passo que a estratégia emergente focaliza o aprendizado – vir a entender através da execução de ações regidas pelas intenções (MINTZBERG et al., 2000, p.143).
Conforme transcrito acima, os estudos sobre estratégias emergentes têm entre seus principais defensores Henry Mintzberg. Este autor questiona severamente outros autores da escola do pensamento estratégico, por considerarem os processos de formulação e implementação como necessariamente separados e independentes.
Refuta, portanto, o entendimento do processo de formação da estratégia apenas por meio de mecanismos formais e planejados, como as reuniões anuais de planejamento estratégico. Mintzberg et al. (2000, p.17), entende estratégia como um “padrão, isto é, uma consistência em comportamento ao longo do tempo”.
E complementarmente a esse conceito que envolve o padrão de comportamento, Quinn (2001, p.20) ressalta que estratégia é “o padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e seqüências de ações de uma organização em um todo coerente”.
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